A empresa pediu aos tribunais que impeçam os spas e clínicas de afirmar que seus produtos contêm o principal ingrediente do popular medicamento
Por Dow Jones — Nova York
20/06/2023 13h15 Atualizado há 3 horas
A farmacêutica Novo Nordisk processou vários spas médicos, clínicas de perda de peso e de bem-estar, alegando venda ilegal de versões manipuladas do Ozempic e outros medicamentos da empresa para pessoas que tentavam perder peso.
Em ações movidas em tribunais federais nos Estados Unidos nesta terça-feira (20), a Novo Nordisk acusou os spas e clínicas de propaganda enganosa, violação de marca registrada e concorrência desleal.
A empresa pediu aos tribunais que impeçam os spas e clínicas de afirmar que seus medicamentos contêm o principal ingrediente do Ozempic e medicamentos relacionados. Também pediu que a Justiça exija que divulguem que seus produtos não são afiliados à Novo Nordisk e que não são medicamentos aprovados.
As ações legais são um novo sinal de quão popular o Ozempic — e dois outros medicamentos da Novo Nordisk chamados Wegovy e Rybelsus — se tornou depois que os pesquisadores descobriram que seu ingrediente principal poderia ajudar certas pessoas com sobrepeso a emagrecer e as celebridades começaram a divulgar seus benefícios.
Ozempic e Rybelsus foram aprovados pela Food and Drug Administration (FDA, a agência reguladora americana para medicamentos e alimentos) para tratar diabetes, enquanto o Wegovy foi liberado para controle de peso crônico em pessoas com sobrepeso e com uma condição relacionada, como pressão alta.
Todos os três medicamentos contêm como ingrediente principal a semaglutida. Seu uso decolou, mesmo entre pessoas que não atendem aos critérios do FDA, desde que a notícia de suas propriedades de perda de peso se espalhou no TikTok e em outras mídias sociais.
A demanda aumentou tanto, que a Novo Nordisk não conseguiu acompanhá-la. Para obter os medicamentos, muitos possíveis clientes recorreram a spas, clínicas e farmácias que diziam vender versões genéricas de semaglutida.
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Caixa do medicamento Ozempic, da Novo Nordisk — Foto: Reprodução
Fonte: Valor Econômico