Por Bloomberg
06/05/2022 05h05 Atualizado há 3 horas
As empresas europeias avaliam que a estratégia “covid-zero” da China está prejudicando suas cadeias de suprimentos, forçando-as a cortar funcionários e reduzir suas operações no país.
Quase 60% dos entrevistados em uma pesquisa recente disseram que reduziram as projeções de receita para 2022 – a maioria delas de 6% a 15% -, segundo divulgou ontem a Câmara de Comércio da União Europeia (UE).
Quase um terço das empresas declarou ter reduzido pessoal, principalmente nos setores de educação, jurídico, varejo e cosméticos. E 92% dos 372 entrevistados na pesquisa, feita de 21 a 27 de abril, disseram que as medidas da covid-zero prejudicaram as cadeias de suprimentos, com 85% relatando dificuldades para obter peças e matérias-primas.
“Para restaurar a confiança no mercado chinês, as empresas europeias precisam de mais previsibilidade”, concluiu a câmara em seu relatório. “Uma das melhores maneiras de fazer isso seria introduzir medidas que permitiriam à China retomar atividades, mantendo a resposta aos riscos da covid-19.”
A câmara informou que pediu a Pequim que vacine pessoas com mais de 60 anos, mantenha isolados infectados assintomáticos e usem um coquetel maior de vacinas, e não só as chinesas.
Representantes de empresas estrangeiras se reuniram em abril com autoridades chinesas para discutir o impacto de medidas como o lockdown de cidades, testes em massa e as restrições nas fronteiras. Mas a China não mostrou sinais de afrouxamento, com lockdows em Xangai entrando no segundo mês e Pequim se fechando para evitar um surto da doença.
Fonte: Valor Econômico

