Por Ricardo Bomfim e Eulina Oliveira, Valor — São Paulo
27/05/2022 09h51 Atualizado 27/05/2022
A Eletrobras publicou há pouco o aviso da oferta pública de ações para a privatização da companhia. Conforme o documento enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a oferta primária (de novos papéis) será de, inicialmente, 627,7 milhões de ações. A oferta secundária (papéis já existentes) será de 69,8 milhões de ações do BNDESPar. A operação poderá ter lote suplementar de até 15% das ações da oferta inicial.
O início do período de reserva será de 3 a 8 de junho (7 de junho para a reserva prioritária). O processo de coleta de intenções de investimento (“bookbuilding”) será em 9 de junho, quando será definido o preço por ação. O início das negociações das ações da oferta será em 13 de junho.
Na manhã desta sexta-feira, a companhia elétrica republicou o seu balanço relativo ao primeiro trimestre para incluir, no parecer do auditor independente, um parágrafo que enfatiza as incertezas decorrentes da decisão de Furnas, subsidiária da Eletrobras, de assumir a dívida arbitral de R$ 1,58 bilhão da usina de Santo Antônio Energia (Saesa). A discussão sobre a usina acabou atrasando o lançamento da oferta.
Se não houver autorização dos debenturistas para a subscrição do aumento de capital da Saesa, a Eletrobras pode ficar inadimplente. Furnas possuía uma dívida de R$ 7 bilhões no fim de março, enquanto a dívida consolidada da Eletrobras é de R$ 41,64 bilhões.
A fonte negou também os rumores de que a queda das ações da Eletrobras na véspera havia sido em função de uma reprecificação na oferta. “É um ‘follow-on’. O preço do mercado vai variar até o dia 9 de junho [quando ocorre a precificação da oferta]. Não tem faixa como em um IPO [oferta pública inicial de ações, na sigla em inglês]. Vai ser definido pelo valor em que as ações estiverem operando mais perto do dia.”
Fonte: Valor Econômico
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