Numa transação que parecia quase certa, dado o patamar avançado das tratativas, a Cimed acabou saindo da mesa de negociação pela Jequiti, apurou o Pipeline. Hoje, não há mais conversa em curso entre as partes, garantiram duas fontes com conhecimento do assunto.
A paralisação não tem relação com a morte do empresário Silvio Santos, cujo grupo é dono da Jequiti. Não se trata de potencial atraso em relação a sucessão ou espólio para a venda da empresa de cosméticos. Foi antes disso que, com a papelada adiantada, João Adibe Marques e seus executivos que participavam do M&A partiram para o tudo ou nada num ajuste final de valuation – e o grupo Silvio Santos não topou renegociar.
A Jequiti pedia R$ 450 milhões para a venda total. O grupo Silvio Santos deve manter o mandato de venda na rua, já que outra farmacêutica manifestou interesse em negociar.
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O Grupo Silvio Santos enviou posicionamento confirmando o fim das negociações com a Cimed, conforme apurado pelo Pipeline.
“O Grupo Silvio Santos comunica que as tratativas para a venda da Jequiti à Cimed foram encerradas. Após um período de negociações e diálogo construtivo entre as partes, não foi possível alinhar todos os interesses envolvidos para concretizar o acordo”, informou, emendando que as companhias podem ser parceiras em projetos futuros que tragam resultados a ambas.
“A Jequiti continuará no seu projeto de transformação iniciado há dois anos, impulsionada por uma estratégia voltada ao crescimento sustentável. No ano em que completamos 18 anos de existência, estamos confiantes de que os projetos e as ações em andamento demonstram a nossa maturidade e foco na rentabilidade dos negócios, e continuarão a pavimentar o caminho para um futuro ainda mais próspero para a companhia e para o grupo”, disse ainda em nota o Grupo Silvio Santos.
*Atualização às 15h52 para incluir posicionamento do Grupo Silvio Santos
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Fonte: Valor Econômico