Por Lucianne Carneiro, Valor — Rio
29/07/2022 09h25 Atualizado há 3 minutos
A taxa de desemprego no país atingiu 9,3% no segundo trimestre, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua divulgada nesta sexta-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
É a menor taxa para um segundo trimestre desde 2015, quando tinha ficado em 8,4%. O resultado ficou abaixo do primeiro trimestre de 2022 (11,1%) e também abaixo do trimestre móvel encerrado em maio (9,8%). No segundo trimestre de 2021, a taxa tinha sido de 14,2%.
O número veio em linha com a mediana das expectativas de 30 consultorias e instituições financeiras ouvidas pelo Valor Data, de exatos 9,3%. O intervalo das projeções ia de 9% a 9,8%.
No segundo trimestre de 2022, o país tinha 10,1 milhões de desempregados – pessoas de 14 anos ou mais que buscaram emprego, sem encontrá-lo. O número aponta retração de 15,6% frente ao primeiro trimestre (1,9 milhão de pessoas a menos). Frente a igual período de 2021, houve recuo de 32% (4,8 milhões de pessoas a menos).
No período, a população ocupada (empregados, empregadores, funcionários públicos) era de 98,3 milhões de pessoas, recorde para a série histórica da pesquisa, iniciada em 2012. Isso representa alta de 3,1% em relação ao primeiro trimestre (3 milhões de pessoas ocupadas a mais). Frente ao segundo trimestre de 2021, o aumento é de 9,9%, ou 8,9 milhões de pessoas a mais.
Já a força de trabalho – que soma pessoas ocupadas ou em busca de empregos com 14 anos ou mais de idade – estava em 108,3 milhões no segundo trimestre de 2022, 1% acima de igual período de 2021 (1,1 milhão de pessoas a mais).
Mão de obra desperdiçada
O país tinha 24,7 milhões de trabalhadores subutilizados no segundo trimestre, de acordo com a Pnad, que mostra que houve queda de 7,7% (2,1 milhões de pessoas) frente ao primeiro trimestre. Em relação a igual trimestre de 2021, houve queda de 24,1% (7,9 milhões de pessoas).
O contingente de trabalhadores subutilizados, também chamada de “mão de obra desperdiçada”, compreende desempregados, pessoas que trabalham menos horas do que gostariam e os trabalhadores que não buscam emprego, mas gostariam de trabalhar.
Com o movimento, o contingente correspondia a 21,2% da força de trabalho ampliada do país (que soma a força de trabalho com a força de trabalho potencial), a chamada taxa de subutilização, no segundo trimestre. É a menor taxa para o período desde 2016, quando ficou em 20,9%. O indicador era de 23,2% no primeiro trimestre e de 28,5% no segundo trimestre de 2021.
Fonte: Valor Econômico
