Comissão de Assuntos Sociais aprovou uma proposta, na quarta-feira, que autoriza a venda de remédios em supermercados, desde que haja um ambiente específico e exclusivo para a operação de uma farmácia
O vice-presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Marcio Milan, disse que o debate sobre a venda de medicamentos em supermercados no Senado foi “produtivo e respeitoso”. Inicialmente, a proposta gerou bastante estresse entre a entidade supermercadista e representantes de farmácias, a ponto de executivos dos dois segmentos se desentenderem nas redes sociais.
Na quarta-feira (17), a Comissão de Assuntos Sociais do Senado aprovou uma proposta que autoriza a venda de remédios em supermercados, desde que haja um ambiente específico e exclusivo para a operação de uma farmácia.
Para funcionar, o espaço precisará seguir todas as normas de vigilância sanitária e ter um farmacêutico em tempo integral.
“Todos os elos da cadeia tiveram a oportunidade de discutir e debater, cada um com as suas argumentações. A audiência ontem foi produtiva, técnica e muito respeitosa”, disse Marcio Milan, vice-presidente da Abras, em coletiva de imprensa, na manhã desta quinta-feira (18).
Se não houver recurso para votação no plenário do Senado, a proposta poderá ser enviada diretamente para a Câmara dos Deputados. Para se tornar lei, a medida precisa ainda ser sancionada pelo Presidente da República.
Esse assunto começou a ganhar força no começo deste ano, desde que se tomou conhecimento que a Abras, a associação nacional de supermercados, e outras entidades, apresentaram ao governo, em novembro no ano passado, sugestões para melhoria da eficiência do setor.
A proposta inicial previa vender os itens em gôndolas livremente, mas o Valor apurou que os supermercados desistiram da ideia após perceberem dificuldades em avançar com o tema junto aos parlamentares. Os supermercadistas afirmam que essa ideia de venda nas prateleiras das lojas nunca existiu.
Fonte: Valor Econômico