Por Ryo Nakamura — Nikkei, de Washington
07/11/2022 05h01 Atualizado
Com a aproximação das eleições para o Congresso, os EUA alertam para possíveis tentativas da Rússia e da China de minar a confiança dos eleitores e ampliar as divisões na sociedade americana.
A Rússia teria reativado trolls e robôs usados para tentar interferir nas eleições de 2016 e de 2020, segundo o grupo de cibersegurança Recorded Future, de acordo com o jornal “New York Times”.
O FBI (a polícia federal americana) e a Agência de Segurança Cibernética e Infraestrutura dos EUA emitiram no fim de outubro um alerta sobre a ameaça de desinformação espalhada por “canais de mídia da dark web, diários online, aplicativos de mensagens, sites falsos, e-mails, mensagens de texto e personas online falsas”. A desinformação, segundo o alerta, pode incluir alegações de que dados ou resultados de votação foram hackeados ou comprometidos.
Moscou e Pequim negam essas acusações, mas o governo do presidente Joe Biden tornou a prevenção de interferência estrangeira nas eleições uma prioridade. Existe a suspeita de que em 2016 a Rússia tenha feito uma campanha de desinformação destinada a influenciar o resultado das eleições presidenciais nos EUA.
Várias tentativas suspeitas de espalhar a desconfiança entre os eleitores já vieram à tona, segundo informaram empresas de segurança cibernética e tecnologia.
A empresa americana de segurança cibernética Mandiant avisou em outubro que estava em andamento uma campanha de influência para sustentar os interesses políticos chineses. A suposta campanha, chamada Dragonbridge, segundo a Mandiant, faz “tentativas agressivas de desacreditar o processo democrático dos EUA, inclusive tentativas de desestimular os americanos a votarem nas eleições de meio de mandato de 2022”.
Fonte: Valor Econômico

