18 Sep 2023 E.C. e L.A.
A utilização de biocombustíveis renováveis também entrou na rota das empresas de transporte marítimo. Como não emitem óxido de enxofre, esses combustíveis alternativos conseguem uma redução de 80% a 90% nas emissões de CO2 em relação aos seus congêneres fósseis. Além disso, não requerem modificações prévias nos motores ou de infraestrutura dos navios em operação.
A dinamarquesa Maersk está criando uma estrutura avançada para o uso de metanol verde (produzido com madeira ou resíduos agrícolas, como a canade-açúcar) como combustível naval. Para aumentar a capacidade de produção mundial, a armadora firmou parcerias com seis empresas líderes do setor . Com isso, espera garantir o fornecimento de pelo menos 730 mil toneladas/ano até o fim de 2025. A empresa também anunciou a construção na Dinamarca do seu primeiro “armazém de logística verde” com baixa emissão de gases de efeito estufa.
Já a alemã Hapag-Lloyd lançou o “Ship Green”, uma solução para transportes baseada em biocombustíveis para reduzir emissões de CO2. Os clientes podem escolher entre três opções, que representam diferentes níveis de prevenção das emissões de dióxido de carbono equivalente: 100%, 50% ou 25%. A multinacional vem testando biocombustíveis avançados desde 2020, utilizando misturas de produtos em vez do tradicional óleo combustível marinho fóssil (MFO).
Na companhia japonesa One, os testes com biocombustíveis vêm sendo realizados em parceria com a Mitsui O.S.K. Lines e com GoodFuels, empresa pioneira na pesquisa de biocombustíveis sustentáveis.
A empresa também recebeu em junho um navio com capacidade para até 24.136 TEUs. A embarcação ajudará a reduzir as emissões de carbono por meio de um projeto de casco de última geração que, segundo a empresa, amplia a área ocupada sem aumentar o consumo de combustível. •
Investimento A Maersk usa madeira ou resíduos agrícolas, como cana-de-açúçar, para produzir o metanol verde
Fonte: O Estado de S. Paulo

