Por Álvaro Campos
Valor — São Paulo
25/03/2024 18h06 Atualizado há 9 horas
O Itaú Unibanco convocou assembleia geral ordinária e extraordinária para 23 de abril. Entre os pontos a serem votados está a criação de um limite de idade para o cargo de presidente e copresidente do conselho de administração. A proposta estabelece que não poderá ser eleito para esses cargos quem já tiver completado 73 anos na data da eleição.
Até então, o estatuto do banco dizia que não pode ser eleito conselheiro que já tiver completado 70 anos na data da eleição. Ou seja, com o novo limite para o cargo de presidente, o ocupante desse posto ganha uma margem de três anos, já que antes estava sujeito à regra geral de 70 anos para todos os conselheiros.
O atual copresidente do conselho de administração do Itaú, Roberto Egydio Setubal, completa 70 anos em 13 de outubro. O outro copresidente, Pedro Moreira Salles, tem 64 anos.
A família Egydio de Souza Aranha é dona de 33,55% da Itaúsa, que por sua vez tem uma fatia de 19,84% no Itaú Unibanco. A Itaúsa também tem uma participação de 66,53% na IUPAR, que por sua vez tem uma parcela de 26,15% no Itaú.
Alfredo Egydio de Souza Aranha criou o Banco Central de Crédito em 1943, que se fundiu com o Itaú em 1964 e com o Unibanco em 2008. Seu sobrinho, Olavo Egydio Setubal, é pai de Roberto e de Alfredo Egydio Setubal.
Na mesma assembleia devem ser eleitos dois novos integrantes para o conselho de administração do Itaú: Fabricio Bloisi, CEO do iFood e um dos fundadores da Movile, e Paulo Veras, co-fundador da 99, ambos indicados pelos acionistas controladores por suas experiências bem-sucedidas na gestão de dois dos mais relevantes unicórnios da América Latina. “Fabricio e Paulo se juntam ao conselho para fortalecer a acelerada transformação cultural e digital do banco”, diz o banco.
Fonte: Valor Econômico

