A EMS planeja ampliar de 8% para 25% a participação do segmento hospitalar privado na sua divisão institucional de negócios com a compra dos ativos da Fresenius Kabi. A farmacêutica concluiu, no fim de novembro, a compra da operação de medicamentos injetáveis da holding alemã Fresenius, que inclui uma fábrica de medicamentos injetáveis em Anápolis (GO), centro de pesquisa e um centro de distribuição em Goiânia (GO). A compra, que não teve valor revelado, foi financiada a partir do caixa da companhia brasileira.
“Desde 2020, nós crescemos muito no mercado institucional e com essa aquisição teremos a cesta de medicamentos mais completa, com os medicamentos mais antigos, e não só os inovadores”, afirma Thiago Tavares, CEO do Grupo NC, controlador da EMS.
O portfólio inclui anestésicos, antibióticos, analgésicos e relaxante muscular, dentre outros medicamentos utilizados em hospitais. Além das novas unidades, a estrutura fabril da EMS já conta com fábricas em Jaguariúna (SP), Hortolândia (SP), Brasília (DF), Manaus (AM) e São Jerônimo (RS).
Ao fim de 2024, a divisão de negócios institucional (“non-retail”) da EMS somava receitas de R$ 1,15 bilhão. Para 2026, a expectativa é de que o montante cresça 11%, para R$ 1,35 bilhão. As estimativas consideram receita bruta de R$ 300 milhões dos ativos da Fresenius Kabi, o dobro do faturamento do negócio antes da aquisição pela farmacêutica brasileira.
De acordo com Thiago Tavares, o portfólio para transplantes é um dos destaques do negócio de medicamentos da EMS, com seis das sete moléculas existentes no mercado. “É um segmento que vem crescendo muito, temos empresas importantes e a gente vem ganhando muita relevância, trazendo drogas bastante inovadoras”, diz o executivo.
Além da divisão institucional, a líder de mercado em genéricos no Brasil busca crescimento inorgânico na divisão de negócios de varejo. A EMS é uma das interessadas na Medley, marca de genéricos adquirida pela Sanofi em 2009 e que está novamente disponível no mercado. A Medley é avaliada em US$ 500 milhões.
Fonte: Valor Econômico