A coalizão de direita do governo de Israel teve brigas internas nos últimos dias sobre o plano apoiado pelos Estados Unidos de um cessar-fogo para encerrar a guerra contra o Hamas na Faixa de Gaza. Hoje, o ministro das Finanças ultranacionalista Bezalel Smotrich ameaçou expulsar Benjamin Netanyahu “com toda a força e agressividade” se o primeiro-ministro aceitasse a proposta.
Smotrich, que lidera um dos dois grupos de extrema direita na coalizão de cinco partidos de Netanyahu, disse que a proposta apresentada pelo presidente dos EUA, Joe Biden, na semana passada, era “perigosa” e “não vinculativa para o governo israelense”.
“Se, Deus nos livre, o governo decidir adotar esta oferta de rendição, não faremos parte dela e trabalharemos para substituir a liderança falida por uma nova”, disse Smotrich, segundo o “Financial Times”(FT).
A ofensiva foi a mais recente demonstração de desaprovação dos aliados de extrema direita de Netanyahu sobre um possível acordo, e veio depois que o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, acusou Netanyahu de esconder detalhes dele, e também ameaçou dissolver o governo se fosse promulgado.
Netanyahu, que já afirmou que não concordará com um cessar-fogo permanente antes que o Hamas seja derrotado e os reféns israelenses libertados, tem se esquivado de rejeitar uma proposta completamente em meio a pressões concorrentes de membros de seu governo de coalizão que apoiam um acordo.
Yitzhak Goldknopf, líder do United Torah Judaism, um dos dois grupos ultraortodoxos na coalizão de Netanyahu, disse hoje que seu partido “apoiaria qualquer proposta que levasse à libertação dos reféns”, afirmando que não há “nada maior do que o valor da vida”.
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Fonte: Valor Econômico

