A China anunciou nesta terça-feira medidas para impulsionar o setor de serviços, comprometendo-se a abrir ainda mais em áreas como internet e cultura e a incentivar a realização de eventos esportivos internacionais, numa tentativa de apoiar a economia chinesa, que está em desaceleração.
O país promoverá a abertura dos setores de internet, cultura, telecomunicações, cuidados médicos e educação, ao mesmo tempo que relaxará o acesso ao mercado nas áreas de cuidados médicos de médio e alto padrão e turismo de lazer.
As medidas, divulgadas conjuntamente por nove órgãos governamentais, incluindo os ministérios do Comércio e das Finanças e o Banco Central, também prometeram atrair mais capital estrangeiro e privado para áreas como cuidados médicos de médio e alto padrão.
As autoridades também planejam introduzir mais eventos esportivos internacionais, apoiar governos locais na realização de atividades esportivas em massa, além de desenvolver eventos exclusivos de destaque, ligas profissionais e marcas esportivas.
A China buscará atrair mais visitantes estrangeiros por meio da ampliação da isenção de vistos e da melhoria das políticas de visto.
Segundo os órgãos, o país usará fundos do governo central e títulos especiais locais para apoiar a construção de instalações culturais, turísticas, de cuidados para idosos, creches e esportes.
Ferramentas de política monetária serão utilizadas para incentivar as instituições financeiras a expandirem a oferta de crédito ao consumo de serviços e aumentarem os empréstimos às empresas do setor.
A produção industrial e as vendas no varejo da China registraram seu crescimento mais fraco desde 2024 no mês de agosto.
Os dados do mês ampliaram a pressão sobre Pequim para lançar mais estímulos a fim de evitar uma desaceleração acentuada na segunda maior economia do mundo.
Economistas e assessores de políticas chineses têm defendido o aumento do apoio ao setor de serviços em expansão do país para impulsionar o consumo, que os principais líderes priorizaram este ano como forma de estimular o crescimento diante das disputas tarifárias com os Estados Unidos.
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Fonte: Valor Econômico