Pesquisa indica que 24% dos brasileiros já usaram substâncias para emagrecer

Menos de 5% das pessoas que compram produtos emagrecedores na internet apontam, como fator de escolha, o registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Para a maioria (54%), pesa a oferta de resultado rápido, o que é proibido pelas normas da agência sobre propaganda de produtos com propriedades terapêuticas. E 24% dos consumidores, na hora de escolher, se guiam pelos comentários de quem já usou. No ato da compra, a checagem da regularidade do fabricante é desconsiderada por 48%, e a do produto, por mais da metade (51%). Cerca 70% sequer verifica se existe número de registro na embalagem.

Desabastecimento: buscador ajuda o consumidor a encontrar remédios fazendo economia de até 70%

A plataforma, que reúne redes de farmácias e farmácias avulsas em todas as regiões do Brasil, permite que as pessoas façam a busca por qualquer produto farmacêutico em diferentes categorias sem a necessidade de cadastro. Para os usuários cadastrados é possível criar uma lista de medicamentos de uso recorrente e pesquisar por remédios a partir de uma foto da receita. Em todos os casos é possível verificar os preços nas farmácias que tenham a medicação disponível e a economia gerada.

‘Quase 90% dos brasileiros acima de 16 anos se medicam sem orientação’, alerta psiquiatra

O uso indiscriminado de medicamentos é um problema galopante. Uma recente pesquisa do Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade (ICTQ), em parceria com o Datafolha, apontou que quase 90% dos brasileiros acima de 16 anos fazem uso de substâncias sem qualquer orientação ou prescrição médica.

A pesquisa mostrou que a automedicação é maior entre os jovens. Na faixa entre 16 e 34 anos, 95% consomem remédios sem consultar um profissional de saúde. Já as pessoas com 60 anos ou mais se automedicam menos.

Medicamento em spray usado para depressão exige cautela

Como explica a farmacêutica Walleri Reis, membro do Grupo de Trabalho de Educação Permanente do Conselho Federal de Farmácia, a cetamina ou escetamina já era utilizada como anestésico, mas estudos recentes identificaram o potencial desse fármaco para ação em pacientes com quadro de depressão grave. ‘É uma inovação terapêutica importante visto que nós não tínhamos medicamentos que tivessem uma ação tão rápida (efeito em horas). Esse medicamento tem efeito antidepressivo por um mecanismo diferente dos demais antidepressivos registados e é muito rápido. Visto seus benefícios em depressão refratária, em especial nos casos graves, pós tentativa de suicídio, a formulação nasal, que é o Spravato foi aprovada. Só que ele não substitui os antidepressivos pra uso crônico porque o efeito dele não e duradouro’, ressalta Walleri.

Antibióticos líquidos estão em falta nas farmácias

‘Os antibióticos em líquido estão em falta. Estamos recebendo o genérico do metronidazol, o original não está vindo. O azitromicina líquido nós recebemos dez caixas recentemente, mas acabou rápido. A falta desse remédio líquido é no Brasil inteiro. A matéria prima deste remédio vem da China, que é a maior produtora desses princípios ativos, presentes nesse tipo de medicamento. Por conta da Covid eles estão com dificuldade na produção, está complicado conseguir a exportação da matéria prima. Por este motivo, alguns antibióticos em líquido estão em falta’, declarou.