Supermercados não têm ‘ambiente’ para vender remédio, diz Raia Drogasil

O comando da Raia Drogasil (RD) disse hoje, em teleconferência com analistas, que a discussão sobre venda de medicamentos sem prescrição médica nos supermercados é antiga e que, em outros momentos em que supermercados buscaram comercializar esses itens, “não aconteceu nada” porque eles não têm estrutura para isso.

“Estamos falando em probabilidade [de mudança regulatória] e não vamos entrar nisso, isso está com a Abrafarma. Agora, vem de tempo já essa discussão. Quando os mercados entraram não aconteceu nada. Eles não têm ambiente para venda e farmácia de ‘super’ vende menos que as associadas da Abrafarma. Isso não nos tira o sono”, disse Eugenio De Zagottis, vice-presidente de planejamento corporativo.

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A receita líquida da companhia somou R$ 2,07 bilhões entre abril e junho, crescimento de 9,1% ante um ano antes. A companhia diz que a dinâmica de vendas em abril foi mais fraca, em meio à antecipação da demanda em março antes do reajuste nos preços de medicamentos. A partir de maio, porém, o crescimento em vendas (excluindo os testes de covid-19) se intensificaram corroborando com o desempenho das receitas.

Falta de insumos para exames preocupa hospitais no país

Além disso, a instituição citou descontinuidade do abastecimento de contrastes e a escassez no abastecimento de soro hospitalar e de soluções parenterais.
“O aumento da demanda neste momento, reprimida por pedidos de exames de imagem durante a pandemia da covid-19, é apontada como uma das causas. A CNSaúde entende que tal fator já deveria estar na previsão de todos os atores do setor”, afirmou a entidade. A confederação representa os estabelecimentos de serviços de saúde do país, como hospitais, clínicas, casas de saúde e laboratórios de análises clínicas.

Hypera (HYPE3): os pontos do balanço que reforçam a visão positiva para a ação após alta de 50% no ano

“Reconhecemos uma gama de novos produtos muito forte, agregando oportunidades em terapias no rejuvenescimento de marcas e moléculas adquiridas. As aquisições recentes também parecem acima do planejado, e apontamos a consolidação como uma oportunidade contínua de criar valor para a Hypera. O aumento do teto de preço do Brasil em 2022 de 10,9% também parece ter boa aderência e permitir que o Hypera recupere a margem”, avaliam. Os analistas têm recomendação de compra para as ações, com preço-alvo de R$ 51 (upside de 26%).