Cade aprova venda de participação do Grupo Omega para a Eurofarma

A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (SG/Cade) aprovou a compra, pela Eurofarma, de participação societária de até 14% do capital social de sociedades de propósito específico (SPEs) da Omega Desenvolvimento. As SPEs produzirão energia elétrica na matriz eólica em Xique-Xique (BA) e Gentio do Ouro (BA). O despacho da SG que aprova a operação, sem restrições, foi assinado na terça-feira.

Se o Tribunal do Cade não avocar os atos de concentração para análise ou não houver interposição de recurso de terceiros interessados, no prazo de 15 dias, as decisões da Superintendência-Geral terão caráter terminativo e as operações estarão aprovadas em definitivo pelo órgão antitruste.

Biofarmacêuticas globais perdem valor de mercado

Das 20 principais empresas biofarmacêuticas, 16 relataram queda na capitalização de mercado no terceiro trimestre, na qual tiveram um declínio superior a 10%. A Johnson & Johnson continuou seu domínio mantendo sua posição de liderança, embora sofrendo uma perda de valor de 8%, seguida pela Eli Lilly, Roche e Pfizer.

Os preços das ações da GSK e da Sanofi caíram acentuadamente em 46,4% e 24,2%, respectivamente, devido ao número crescente de ações judiciais relacionada ao medicamento Zantac, com a GSK caindo quatro posições para o 17º lugar. “No entanto, essa recuperação é esperada, pois a companhia aguarda a aprovação da FDA para maio de 2023, após receber a revisão prioritária de sua vacina contra o vírus sincicial respiratório (VSR)”, acrescenta a executiva.

Herbarium dobra de tamanho com lançamentos inovadores

A farmacêutica paranaense registrou um crescimento de 35% nas vendas dos medicamentos no primeiro semestre, em comparação com o ano anterior. “Um grande resultado para a Herbarium, mas também para todo o segmento de fitoterapia. Temos uma estratégia sólida de longo prazo, levada adiante por um time que acredita no nosso propósito de levar bem-estar para as pessoas e inspirá-las a ter uma vida mais saudável”, destaca o gerente de produtos Luiz Nahar.

E como reforço dessa estratégia, a fabricante acaba de incorporar um medicamento inovador ao seu portfólio de produtos para o sistema respiratório, que já inclui produtos consagrados como Kaloba, Imunoflan e Rinospray. O Hipersinus chegou às farmácias no mês de agosto, sendo o primeiro hipertônico composto por cloreto de sódio 3%, na apresentação de jato contínuo.

Os prejuízos de excluir mulheres de ensaios clínicos

As mulheres foram excluídas ou sub-representadas nos ensaios clínicos durante décadas, com consequências históricas e prejuízos que ainda persistem. A talidomida, lançada por um laboratório alemão em 1956, tinha diversas indicações — podia atuar como sonífero, calmante e antimiético, ou seja, para controlar vômitos. Vendida sem prescrição médica e propagandeada como “sem riscos”, acabou sendo adotada por gestantes, para aliviar os enjoos típicos. Naquela época, as regulamentações sobre a aprovação de um medicamento eram bem menos rigorosas que as atuais, e os testes de toxicidade dessa nova medicação visaram apenas descobrir a dose letal em camundongos. A talidomida logo se tornou muito popular em 49 países, mas só depois de cinco anos se provou que ela provocava malformações fetais. Cerca de 10 mil bebês foram afetados, e metade não sobreviveu.Cientistas lutam contra pseudociências que têm mulheres como alvo

Apsen Farmacêutica contrata profissionais com deficiência intelectual

A Apsen Farmacêutica também inova na construção de uma sociedade mais diversa e inclusiva. Em parceria com o Instituto Jô Clemente (IJC), a empresa contratou 10 profissionais com deficiência intelectual para reforçar o time de colaboradores das áreas de Pesquisa Clínicas, Assuntos Regulatórios, Tecnologia da Informação, Meio Ambiente, Garantia da Qualidade, Farmacotécnico, Recursos Humanos, Desenvolvimento Analítico, Central de Cópias e no Ambulatório.

As 15 ações brasileiras preferidas do Credit Suisse – e seus possíveis catalisadores de curto prazo

O Credit vê a Hypera como uma tese defensiva com cerca de 18% de potencial de valorização para o seu preço-alvo de R$ 52. A ação da empresa negocia a uma relação de preço sobre o lucro de 15 a 16 vezes o esperado para 2023, abaixo ou em linha
com outros pares do setor e é uma gerador estável de fluxo de caixa, apesar do ambiente macroeconômico pressionado. A empresa tem uma rentabilidade confortável (margem Ebitda de 35-36%) com crescimento consistente, mais estável
do que outros serviços de saúde (por exemplo, hospitais e empresas de diagnóstico), avaliam os analistas.
A empresa atua com alta diversificação no segmento de varejo farmacêutico e conseguiu superar o mercado nos últimos 2 anos e também pode se beneficiar do novo fluxo de receita não varejista fluxo, que no modelo do Credit representa cerca de R$ 3 a R$ 4 de nosso preço-alvo.
“Acreditamos que o desempenho consistente, guidance para 2022 (receita líquida de R$ 7,4 bilhões) e a resolução de questões passadas, explica o forte desempenho positivo da ação este ano, que está estreitando progressivamente o potencial de valorização. “Mesmo assim, vemos a estabilidade da tese como um diferencial do setor”, avaliam.

Aporte de R$ 35 bi em Suape vai gerar mais de 17 mil empregos

Com a retomada da economia, os números saltaram dos R$ 18,8 milhões em 2020, para R$ 69,9 milhões, em 2021. Entre 2014 e 2022, o maior investimento atraído para o complexo foi a fábrica da Aché, que teve sua pedra fundamental lançada em 2018. A unidade foi erguida numa área de 25 hectares (250 mil m2), no Cabo de Santo Agostinho, com investimento de R$ 500 milhões e a geração de 3.000 empregos diretos e indiretos.

Após finalizar o seu centro de distribuição em 2019, a Aché teve que adiar a entrega do seu parque fabril previsto para 2021. As obras da segunda fase, que será destinada à fabricação de medicamento, estão em ritmo acelerado. Quando estiver completa, a planta vai produzir, embalar e distribuir remédios para todo o Nordeste. Com a segunda etapa, a instalação vai produzir os medicamentos sólidos. Com investimento de R$ 292 milhões, a nova operação será iniciada no primeiro semestre de 2022 e vai gerar 3 mil novos empregos.

Farmacêuticas brasileiras acirram disputa pela liderança

O mercado de prescrição e especialidades vem sendo o principal motor da companhia e das farmacêuticas brasileiras no canal farma. “Somos a quarta maior do país nesse segmento, sendo que há três anos sequer ocupávamos o top 10”, observa o CEO da Hypera, Breno Oliveira. Entre as marcas que mais puxaram esse incremento estão Alivium, Dramin e Rinosoro. O pipeline de inovação reúne 90 produtos voltados à cardiologia e ao sistema nervoso central.

Entre as dez indústrias com melhor desempenho nos PDVs, a Eurofarma é a que mais evoluiu percentualmente – 19,1% frente aos 12 meses anteriores, o que perfaz R$ 6,69 bilhões de faturamento. O laboratório investe suas fichas em categorias como a de medicamentos biossimilares, com foco na oncologia.

Em 2021, os investimentos da Eurofarma em pesquisa e desenvolvimento somaram R$ 363 milhões, o equivalente a 5,1% da receita líquida. “Já temos 26 pedidos de patentes oficializados, incluindo três moléculas inovadoras”, acrescenta o presidente Maurizio Billi.

O Aché, por sua vez, planeja um agressivo investimento em inovação, na casa dos R$ 200 milhões – valor equivalente a 15% do Ebitda. A farmacêutica mira segmentos com poucas opções terapêuticas disponíveis, como é o caso da puberdade precoce e do vitiligo. “Esse remédio será feito com base em uma molécula extraída da flora brasileira”, afirma a presidente Vânia Alcântara Machado, que viu a receita do laboratório crescer 18,2% nos últimos 12 meses até setembro.