Depois de problemas, banco cria governança para projetos de crédito de carbono

Ainda que sejam poucas as empresas que se envolvem nos projetos, o mercado voluntário de crédito de carbono anda de vento em popa. Empresas de praticamente todos os setores já compensam emissões que não conseguiram, ainda, reduzir. A farmacêutica Eurofarma, por exemplo, neutraliza 100% das emissões diretas, equivalente a 18.802 toneladas. Em sua primeira ação nesse sentido, em 2021, o laboratório investiu em dois projetos voltados à proteção na Amazônica Legal, em uma área que sofre com desmatamento ilegal. Já em 2022, a neutralização beneficiou um projeto em Salvador (BA) para captação de gás metano gerado pela decomposição de resíduos urbanos em aterros sanitários, e posterior aproveitamento na geração de energia elétrica renovável.

Faturamento da Eurofarma chega a R$ 8 bilhões

O faturamento da Eurofarma atingiu recorde de R$ 8 bilhões em 2022, com ganho de mercado em todas as unidades de negócios e avanço percentual de 13,3% em relação ao ano anterior. Os dados constam do balanço anual da farmacêutica, que a área de relações com investidores divulgou nesta terça-feira, dia 28.

As operações no Exterior vêm sendo uma das alavancas desse crescimento e já respondem por 16% da receita líquida. A companhia atua em 22 países e iniciou em 2022 incursão em novos continentes, como África e América do Norte. Foi, inclusive, o primeiro laboratório brasileiro e estrear operações nos Estados Unidos.

Neste primeiro trimestre, a farmacêutica deu mais um passo para crescer no Exterior, com a compra da Genfar, fabricante colombiana de genéricos que pertencia à Sanofi.

Remédios ficarão até 5,6% mais caros a partir de abril no país

O preço dos remédios comercializados no Brasil subirá até 5,6% a partir de abril, acompanhando a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), pelos cálculos do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma).

A resolução da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed) que trará o reajuste oficial de 2023 deve ser publicada nesta sexta-feira (31) e vale para cerca 13 mil apresentações de remédios de prescrição médica.

Cimed abona débitos e repõe estoque de farmácias de Rio Branco atingidas pelas chuvas devastadoras

A Cimed anunciou, neste sábado, 25, que irá cancelar todos os títulos a vencer e vencidos referentes aos contratos firmados até essa data, além de repor os estoques de farmácias do Rio Branco, no Acre, que foram gravemente atingidas por fortes chuvas. Muitas delas foram inundadas, com perda total de produtos e medicamentos,

“As farmácias independentes, que são os pequenos negócios de bairro, são muito mais do que clientes, são nossos parceiros. Os empresários brasileiros precisam se unir para ajudar a população a se reerguer e continuar com seu negócio de pé, explica João Adibe Marques, presidente da Cimed.

A companhia está presente em 90% das farmácias brasileiras e tem em seu portfólio mais de 600 produtos, entre medicamentos, vitaminas, suplementos e produtos de higiene e beleza. As farmácias de Rio Branco devem procurar os representantes comerciais da Cimed para quitação dos débitos e reposição dos produtos.

‘É preciso que se saiba o que há no produto’ diz psiquiatra

Médicos que receitam tratamentos de cannabis destacam diferenças entre remédios industrializados e os não industrializados.

“Cada médico tem sua autonomia, mas a recomendação é que prescrevam de preferência produtos que tenham certificado de análise que comprove as concentrações dos canabinoides e a segurança dos processos. Normalmente, esse tipo de certificação é obtido por produtos industrializados”, diz o pisquiatra Vinicius Barbosa, membro do corpo clínico do Hospital Sírio-Libânes, de São Paulo, e atual coordenador do Núcleo de Cannabis Medicinal da instituição.

De modo geral, a dificuldade em relação aos produtos das associações, diz Barbosa, é que eles não passam pelo mesmo critério e análises dos industrializados e isso pode deixar dúvidas sobre os teores e os canabinoides presentes em cada frasco de remédios produzidos por associações de pacientes.

“Não significa que o produto de uma associação não possa fazer bem. Minha questão é que, como médico, preciso ter garantia do que há naquele produto. É uma questão de segurança”, diz. Ele cita como exemplo casos de crianças que não podem ser expostas a teores de THC elevados.

Rede D’Or estuda pôr imóveis como garantia para SulAmérica e transformar seguradora em medicina de grupo

A Rede D’Or está estudando colocar alguns de seus imóveis como ativos garantidores para a SulAmérica. Com isso, a seguradora de saúde libera parte dos R$ 4 bilhões que, atualmente, estão bloqueados como reservas exigidas pelos órgãos reguladores. Além disso, o grupo hospitalar está analisando transformar a seguradora em uma operadora de medicina de grupo, que tem uma tributação menor.

“Estamos estudando todas as possibilidades e nos próximos trimestres deveremos ter mais novidades”, disse Paulo Moll, presidente da Rede D’Or. A companhia realizou, ontem, sua primeira teleconferência de resultados a analistas e investidores em conjunto com a SulAmérica — a fusão dos negócios foi aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) em dezembro.

Uma seguradora, que se enquadra como instituição financeira, paga 40% de IR e Contribuição Social, além de IOF. Já nas medicinas de grupo, a tributação é de 34%, uma vez que é calculada sobre o ISS.

Novo tratamento para obesidade simula efeitos da bariátrica sem cirurgia

Um novo tratamento para obesidade promete perda de peso sem a necessidade de fazer uma cirurgia bariátrica e sem os efeitos colaterais associados a outras drogas para emagrecimento, como enjoos e náuseas.

Além disso, a droga levou à redução de cerca de 80% do apetite em ratos testados em laboratório e diminuiu, em média, 12% do peso em 16 dias de tratamento. Com isso, a descoberta pode ser um potencial tratamento para obesidade e redução do peso sem as restrições de outros procedimentos atualmente disponíveis.

O experimento com a molécula, batizada de GEP44, foi feito em ratos obesos em laboratório e ainda precisa ser realizado e aprovado em humanos. Os resultados da pesquisa foram apresentados no encontro da Sociedade de Química Americana (ACS, na sigla em inglês) nesta quarta-feira (29).

Novo Nordisk se torna 2ª maior empresa da Europa

O Wegovy, primeiro medicamento injetável semanal indicado para perda de peso, alçou a Novo Nordisk ao posto de segunda maior empresa da Europa, segundo reportagem do O Globo. Juntamente com o Ozempic, indicado para tratamento do diabetes tipo 2, o Wegovy responde por 43% da receita da companhia, cujas vendas mais do que dobraram desde 2022.

Nesta quinta-feira, dia 23, o valor de mercado da Novo Norsdisk chegou ao recorde de 2,3 trilhões de coroas dinamarquesas (o equivalente a US$ 336 bilhões) e ela se tornou a segunda empresa mais valiosa da Europa, superando a Nestlé, que caiu assim para a terceira posição.

A farmacêutica dinamarquesa ainda está um pouco atrás do grupo francês LVMH, a maior empresa da Europa em valor de mercado (US$ 448 bilhões).

Ultrafarma ganha concorrente de peso. O próprio dono

Depois de anunciar sua entrada no clube das farmácias bilionárias e acelerar a expansão de lojas por meio do modelo de franquias, a rede pisou no freio e parece estar ganhando um concorrente bem familiar – o próprio dono. É o que indicam fontes ouvidas com exclusividade pelo Panorama Farmacêutico.

Reconhecido pelo mercado por seus rompantes na tomada de decisões, o empresário Sidney Oliveira estaria tirando recursos da Ultrafarma Popular – rede que iniciou operações há apenas quatro anos – para priorizar a abertura de PDVs da Farmácia Sidney Oliveira.

Com mais de 500 SKUs de suplementos e vitaminas, a linha de marcas próprias se tornaria uma bandeira. Inclusive, a companhia agendou para a manhã desta terça-feira (dia 28) uma apresentação desse plano, em evento voltado a proprietários de farmácias.