Renato Porto, ex-diretor da Anvisa, assume presidência da Interfarma

A Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma), que reúne laboratórios nacionais e estrangeiros com presença no mercado brasileiro, tem novo presidente-executivo a partir de hoje.

Renato Porto, ex-diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), sucedeu Eduardo Calderari, que ocupava interinamente a posição desde outubro, quando Elizabeth de Carvalhaes deixou o cargo.

Segundo a entidade, a contratação de Porto, que também tem passagens pela iniciativa privada, “atende ao compromisso da Interfarma e suas associadas de melhorar o acesso dos brasileiros à saúde e tecnologia, por meio de medicamentos e tratamentos inovadores”.

Saúde compra R$ 392 mi em remédios sem registro da Anvisa

Segundo integrantes da indústria, o processo de registro e o compromisso de monitorar o produto no mercado podem elevar o preço das vendas.

“Tanto no caso da imunoglobulina como no da insulina temos produtores no Brasil”, afirmou o presidente-executivo do Sindusfarma (Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos), Nelson Mussolini.

“Entendemos que, para o fortalecimento do complexo industrial da Saúde, as regras regulatórias da Anvisa devem ser seguidas. Importar produtos sem registro põe em risco a população brasileira”, declarou ainda Mussolini.

A compra sem registro, de imunoglobulina, foi dividida entre duas empresas.

Uma delas, a Auramedi, tem poucos negócios com a União. Segundo dados do portal da transparência, a empresa recebeu cerca de R$ 21 mil em todos os contratos já firmados com a gestão federal.

Agora, a empresa com sede em Aparecida de Goiânia, Goiás, vai entregar lotes de imunoglobulina comprados pelo governo por R$ 285,8 milhões.

De acordo com a empresa, o produto é fabricado pela farmacêutica chinesa Nanjing Pharmacare, a mesma que forneceu a maior parte da imunoglobulina comprada pelo SUS nos últimos anos, também em contratos emergenciais.

Além disso, a empresa diz que conta com serviço de atendimento por telefone a pacientes com dúvidas sobre o produto ou reações adversas.

Outra parcela da imunoglobulina, de R$ 87,63 milhões, será entregue pela Prime Pharma LLC, representada no Brasil pela empresa Farma Medical, de Manaus, Amazonas.

Em nota, a empresa brasileira afirma que vendeu cerca de R$ 70 milhões em imunoglobulina a hospitais federais, estados e municípios em 2022. O produto comprado pelo Ministério da Saúde, ainda segundo a empresa, é fabricado pelo laboratório chinês Harbin Pacific, certificado pela agência sanitária local.

Comprimido de semaglutida atinge resultado comparável à Wegovy injetável, diz empresa

A Novo Nordisk divulgou nesta segunda-feira (22) que os dados de um estudo em estágio final mostraram que uma versão oral de seu medicamento semaglutida para perda de peso ajudou adultos com sobrepeso ou obesos a perder em média entre 15% a 17% de seu peso corporal, comparável a seu remédio injetável Wegovy.

A farmacêutica dinamarquesa disse em um comunicado que os resultados principais foram estatisticamente significativos e mostraram perda de peso superior quando comparados a um placebo.

A empresa espera registrar um pedido para aprovação regulatória nos Estados Unidos e na União Europeia em 2023. O lançamento global do medicamento oral de semaglutida de 50 miligramas depende de prioridades de portfólio e capacidade de fabricação, acrescentou a empresa sem dar mais detalhes.

Remédio da Pfizer resulta em níveis de perda de peso semelhantes aos do Ozempic

O medicamento para diabetes da Pfizer resultou em perda de peso semelhante à do Ozempic, da Novo Nordisk, em um estudo de fase intermediária realizado em pacientes com diabetes tipo 2, segundo dados publicados em uma revista médica.

As ações da Pfizer subiam cerca de 4,5% após a notícia, em um momento de maior interesse por parte dos investidores no mercado de tratamentos para perda de peso, que deve chegar a US$ 100 bilhões (quase R$ 500 bilhões) até o final da década.

O danuglipron da Pfizer, quando administrado duas vezes ao dia, reduziu os níveis de açúcar no sangue em pacientes em todas as doses e reduziu o peso corporal na dose mais alta após 16 semanas em comparação com o placebo, de acordo com dados de fase intermediária publicados no ano passado pela farmacêutica norte-americana.

Porto Seco quer ser hub logístico líder no canal farma

Com a meta de ser o principal hub logístico do canal farma brasileiro, a Porto Seco Sul de Minas está em um vigoroso projeto de expansão estrutural, na contramão do atual cenário do mercado de galpões.

O grupo com know-how de 50 anos, estrutura de ponta e localização estratégica em Varginha, no Sul de Minas, já atraiu dezenas de empresas do setor, devem movimentar mais de R$ 15 bilhões no local em 2024.

O complexo, que já disponibilizava uma área de 120 mil m², inaugurou neste mês um novo galpão logístico de 84 mil m². O espaço tem como foco a indústria farmacêutica e de higiene e beleza, fornecedores de matéria-prima, além de distribuidoras de medicamentos. Além disso, o condomínio conta com o diferencial de ter um recinto alfandegado, proporcionando um ecossistema completo para o canal farma.

A primeira fase do empreendimento de 120 mil m² foi concluída em 2017, ano em que a Eurofarma e a Momenta se tornaram as primeiras indústrias farmacêuticas a se fixarem no local. A partir de então, instalaram-se no condomínio laboratórios como Libbs, Cellera e Arese, além do Grupo Boticário e das distribuidoras Panpharma e SantaCruz.

Teuto lança Valsartana

O Laboratório Teuto expande a categoria de genéricos com o Valsartana na apresentação de 160 mg, em embalagem com 30 comprimidos. A novidade é parte da estratégia da farmacêutica de lançar 220 medicamentos nos próximos anos.

O Valsartana é destinado para o tratamento da pressão alta, insuficiência cardíaca e infarto do miocárdio, auxiliando na redução da pressão arterial para níveis normais. A dosagem de 160 mg completa a versão de 80 mg, comercializada pela empresa desde 2020 e que já lidera o mercado de genéricos.

Experiência médica na Mantecorp

Lidiane Indiani é a nova gerente médica da Mantecorp, respaldada pelos 15 anos de trajetória na medicina, com foco em pediatria, endocrinologia e diabetes.

Seu currículo inclui passagem pela GSK. Os últimos cinco anos foram dedicados à Torrent, onde liderou a unidade de negócios cardiometabólica.

Com formação em medicina pela Universidade de Marília, fez pós-graduação em diabetes e endocrinologia pela USP. Tem MBA em marketing e em gestão de pessoas com ênfase em liderança organizacional, ambos pela FGV. Em 2022, certificou-se em gestão de negócios no mercado farmacêutico na ESPM.

Montes Claros atrai R$ 2,5 bi de farmacêuticas

Com a previsão de gerar 600 empregos diretos e outros 1,5 mil indiretos, a nova fábrica da Eurofarma já é vista como a principal para o município. A multinacional soma investimentos totais de R$ 1,8 bi.

Quando finalizada, a planta será uma das maiores do país para a indústria farmacêutica, com uma área de 280 mil metros quadrados, quase dois Maracanãs inteiros.

As obras tiveram início em 2019 e há previsão de iniciar as operações no fim de 2024. A farmacêutica afirma que serão produzidos na nova fábrica antibióticos, medicamentos sólidos e hormonais.

O fruto da produção em Montes Claros abastecerá o mercado interno e também os países da América Latina nos quais a Eurofarma atua.

Biomm cresce 34,8% no primeiro trimestre de 2023

Crescimento das vendas de insulina e de biomedicamento oncológico contribuiu para o incremento dos resultados financeiros

A biofarmacêutica brasileira Biomm, pioneira em medicamentos biotecnológicos no país, apresentou receita líquida de R$ 34,3 milhões no 1T23, crescimento de 34,8% em relação ao mesmo período de 2022 (R$ 25,4 milhões). Esta variação deve-se, principalmente, ao aumento do volume de vendas de biomedicamentos nos segmentos de oncologia e diabetes.

As vendas de Herzuma, medicamento para tratamento do câncer de mama, cresceram 52% e as do Glargilin, da franquia de diabetes, tiveram incremento de 437% na comparação anual em razão das entregas feitas neste trimestre no segmento público.

“A Biomm continua ampliando a participação no mercado e, desta forma, expandindo o acesso a tratamentos de saúde no país por meio de medicamentos inovadores, seguros e eficazes. No primeiro trimestre deste ano, Herzuma atingiu 19,2% de market share, crescimento expressivo ao compararmos com primeiro trimestre de 2022, quando a participação de mercado era de 13%”, explica Heraldo Marchezini, CEO da Biomm.

Já no segmento de diabetes, Glargilin passou a representar 23,6% do mercado de insulina glargina no período, contra 5,1% na comparação anual. Este salto se deve principalmente à participação deste biomedicamento no setor público de saúde, segundo o executivo.