Guia da transformação digital: desafios

Na visão do diretor, a conversão digital é um processo sem prazo para ser concluído. “Já implementamos ações transformadoras, como a construção de um hub digital na Polônia, e logo teremos [um similar] na América Latina, além de novas plataformas que dão suporte a negócios nas áreas de agro, consumer health e farma”, diz. “Ainda estamos no meio da jornada.”

FarmaBrasil passa a integrar conselho do governo

O Grupo FarmaBrasil foi convidado para integrar o conselho que será responsável pela elaboração da nova política industrial brasileira. O convite partiu do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin.

Agora, a entidade passa a integrar o Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI).

“A oportunidade de estar no CNDI, além de ser uma grande responsabilidade, é um grande desafio para consolidarmos, em nosso País, um complexo econômico e industrial de saúde que garanta a toda a população brasileira a ampliação do acesso a medicamentos e o adensamento tecnológico e produtivo local em áreas estratégicas para o futuro da economia no Brasil”, afirma o presidente, Reginaldo Arcuri.

O Grupo FarmaBrasil também foi indicado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) para representar o setor privado no Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT/CT Saúde).

Segundo Arcuri, com o fim do contingenciamento do FNDCT, o orçamento destinado para pesquisa, desenvolvimento tecnológico e inovação em 2023 será da ordem de R$ 10 bilhões.

Prati-Donaduzzi prevê R$ 1,2 bi em expansão

Para iniciar um novo ciclo de avanço, a empresa irá realizar um aporte de R$ 1,2 bilhão. A publicação adiantou o anúncio, que será feito oficialmente durante a inauguração da planta no complexo industrial de Toledo, a 500 km de Curitiba, no Paraná.

Ainda em 2020, a Prati-Donaduzzi já havia anunciado investimentos de R$ 650 milhões, que financiaram a construção da nova fábrica e de um centro distribuição, além da modernização de outras estruturas.

Valor das ações da RD é o maior do varejo nacional

O valor das ações da RD – Raia Drogasil totaliza R$ 48,9 bilhões e garante a liderança folgada da rede entre as varejistas listadas na Bolsa de Valores (B3). A título de comparação, as avaliações da Magalu e do Carrefour, 2ª e 3ª colocadas nesse quesito, são ligeiramente superiores a R$ 25 bilhões e R$ 19 bi, respectivamente.

A projeção tem como base as expectativas do mercado financeiro em relação ao futuro das corporações. E em busca de explicações para esses indicadores, o Panorama Farmacêutico captou insights direto da fonte, em encontro exclusivo com um dos líderes desse movimento.

Atual diretor de relações institucionais e com investidores, Flavio Correia chegou à RD em fevereiro de 2020 para liderar a área de omnichannel e e-commerce, respaldado pela experiência de duas décadas em varejistas como Carrefour, Grupo Pão de Açúcar e Walmart. Sua missão era ajudar a resgatar a rentabilidade da rede, abalada após erros na gestão interna e uma crise de confiança no setor por conta da falência da Brasil Pharma, no ano anterior.

Brasil avança para minar dependência de IFAs

Três anos após a pandemia evidenciar a dependência global de IFAs (insumos farmacêuticos ativos), o Brasil vem avançando nos esforços para diminuir o problema. Em entrevista exclusiva ao Panorama Farmacêutico durante a FCE Pharma 2023, o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Insumos Farmacêuticos (Abiquifi), Norberto Prestes, falou das ações da entidade e das parcerias governamentais para a produção de insumos nacionais.

Segundo o executivo, as tratativas avançaram bastante nos últimos 12 meses por meio de um intenso trabalho de articulação entre os vários players do segmento. O objetivo foi entender quais eram os anseios das farmoquímicas e as expectativas das farmacêuticas nacionais para que ambas possam casar com as necessidades do governo federal.

“Estamos trabalhando junto ao Ministério da Saúde com a meta de produzir um estudo para identificar as moléculas prioritárias para a saúde pública. A Abiquifi já fez algo semelhante no ano passado, mas com dados do setor privado, assim como a Fiocruz e a Abifina. Com base nessas informações conseguiremos elencar quais moléculas somos capazes de produzir por aqui, reduzindo nossa dependência externa”, explica.