A Novo Nordisk reforça a atenção para o mercado de doenças graves. A farmacêutica apresentou sua estratégia de expansão em evento com a imprensa na terça-feira, dia 20, na qual também celebrou 100 anos de operações. Terceira indústria farmacêutica multinacional no Brasil e sétima no ranking mundial, a companhia mira inclusive a cura de patologias como a hemofilia.
Segundo Isabella Wanderley, vice-presidente corporativa e gerente geral da Novo Nordisk Brasil, o pipeline da Novo Nordisk contempla as áreas terapêuticas de cuidados com diabetes, obesidade, doenças raras, endocrinológicas e hematológicas e outras doenças crônicas graves, como Alzheimer, Nash (esteatose hepática ou gordura no fígado) e doenças cardiovasculares.
Dentro desse portfólio, três medicamentos são destaques. A insulina semanal Icodec, que foi submetida à aprovação na Anvisa em abril deste ano; o CagriSema, para obesidade; e o medicamento para doença cardiovascular Ziltivekimab. Os dois últimos ainda estão em estudo fase 3.
Já o tão aguardado medicamento para obesidade Wegovy, aprovado no Brasil em janeiro, está em processo de precificação e ajustes na produção na fábrica na Dinamarca antes de chegar às farmácias. O objetivo é evitar a ruptura do produto nas gôndolas como o ocorrido nos Estados Unidos.
Atualmente 13 estudos clínicos estão em andamento no Brasil, com 2.000 pacientes, em sete áreas (diabetes, obesidade, deficiência do hormônio do crescimento, Nash, Alzheimer, doenças cardiovasculares e doença renal crônica). “Para isso a companhia investe cerca de R$ 200 milhões. Em 2022, mais de 3,5 milhões de pessoas fizeram uso de algum produto na empresa no Brasil, incluindo os mercados público (SUS) e privado”, afirma a diretora médica Priscilla Mattar.