Ex-Aché é CTO da Datum

A Datum TI, empresa porto-alegrense especializada em desenvolvimento de software sob demanda, contratou Tiago Scala como seu novo Chief Technology Officer (CTO).

Com mais de 20 anos de experiência, Scala vem da Aché Laboratórios Farmacêuticos, onde atuava como gerente sênior de sistemas desde 2021.

JustForYou demite, reduz operações e atrasa entrega de produtos

A JustForYou, beautytech que fabrica cosméticos personalizados para cabelos, vinha em uma trajetória de crescimento – pelo menos, era o que parecia para quem olhava de fora. Há pouco mais de um ano, a empresa recebeu um aporte da Eurofarma, por meio do fundo Neuron Ventures. Embora o valor do cheque não tenha sido divulgado, a companhia foi avaliada em mais de R$ 100 milhões – uma das maiores startups do setor na América Latina.
Agora, o cenário é outro. Segundo apurou o Startups, a empresa demitiu sua equipe de aproximadamente 60 a 70 pessoas e reduziu significativamente a produção, atrasando a entrega de produtos adquiridos há pelo menos quatro meses.
A startup foi fundada em 2019 por Caio de Santi, Alex Eduardo Domingos e Rodrigo Stoqui e, em dois anos, chegou a R$ 20 milhões em faturamento. A proposta da JustForYou é fabricar shampoos, condicionadores e máscaras hidratantes de forma personalizada, por meio de uma plataforma de inteligência artificial que identifica as principais dores e necessidades para cada perfil de consumidor.

Pessoas com familiaridade no assunto afirmam que houve um problema com os fornecedores, o que levou à falta de matéria-prima para a produção dos pedidos. “Ficávamos dias esperando a chegada dos insumos e embalagens. Os pedidos atrasavam e as reclamações dos clientes eram constantes”, afirmou um ex-funcionário. Embora a operação não tenha parado por completo, o ritmo está bem mais devagar.

“Fomos dispensados com a promessa que ficaríamos uma semana em casa até a chegada das matérias-primas, e ninguém seria demitido. Ficamos fora um mês, alguns em home office, sem receber. Enquanto isso, as vendas do site não pararam. Tudo isso sabendo que não era possível entregar os pedidos”, completa.

Ex-colaboradores alegam que a companhia estava em busca de um aporte financeiro para recuperar as operações, porém não conseguiu o investimento. A empresa ainda não teria pago os direitos trabalhistas de rescisão e atraso dos salários.

Novas velhas armas da guerra

Uma evolução particularmente preocupante mencionada pela delegação brasileira é a crescente popularização e a redução dos custos de determinadas técnicas na área de microbiologia e manipulação genética. Nas mãos erradas, seu enorme potencial é motivo de preocupação.

Com a explosão do número de laboratórios biológicos privados e estatais através do mundo, a passagem do uso civil a um emprego militar de agentes biológicos é mais difícil a controlar. Além disso, o custo de fazer pesquisa biológica caiu mais do que o custo na informática. Significa que esses materiais são mais acessíveis para o cidadão comum. Pode ser uma boa noticia para a biologia. Mas, ao mesmo tempo, algumas aplicações que eram vistas como uso pacífico já começam a ser vistas como possíveis armas de guerra, com impacto gigantesco.

Indicador projeta varejo estagnado em 2023

Na evolução do indicador por setores, todos os segmentos tiveram queda de vendas em junho, ante igual mês do ano passado. “O único setor que se manteve relativamente bem ao longo do ano foi artigos farmacêuticos” acrescentou. Ele frisou que as famílias, de maneira geral, não podem deixar de comprar medicamentos. “Mas móveis, eletrodomésticos, esses produtos mais caros sofreram nas vendas”, acrescentou.

No caso do desempenho do comércio no semestre, o especialista explicou que as vendas do varejo, de janeiro a junho, foram influenciadas por um “cenário macroeconômico muito negativo” no país. “Estamos com taxas de inadimplência muito altas e renda das famílias comprometida com [pagamento de] serviço de dívida”, lembrou ele. No entendimento do pesquisador, esse contexto acabou sendo desfavorável ao varejo, pois inibe novas compras – o que se refletiu na queda semestral do indicador da Stone.

Medicamentos no espaço são foco de startup

A startup americana Varda Space Industries enxerga o desenvolvimento de medicamentos no espaço como a aposta do futuro da indústria farmacêutica. A empresa, espécie de plataforma de fabricação orbital que entrega produtos de volta à Terra, acaba de anunciar o sucesso da cristalização do medicamento ritonavir feita no interior do satélite W-Series 1.

O ritonavir é tradicionalmente utilizado para o tratamento do HIV e, mais recentemente, foi incluído no medicamento antiviral Paxlovid, da Pfizer, para combater a Covid-19. O dispositivo estava acoplado à plataforma Photon, da empresa Rocket Lab.

O satélite foi lançado ao espaço no início de junho por um foguete Falcon 9, da SpaceX, de Elon Musk. Após algumas semanas de testes, a Varda iniciou o experimento de produção do medicamento, com 27 horas de duração. O procedimento foi concluído no dia 30 de junho.

Se o ritonavir fosse produzido na Terra, a gravidade poderia afetar a formação dos cristais em sua estrutura. Já na microgravidade, as estruturas cristalizadas se formam mais rapidamente e com maior qualidade. Agora, a empresa está se preparando para a reentrada da cápsula com os medicamentos, que deve acontecer a partir do dia 17 de julho.

Ozempic: O que se sabe sobre risco de pensamento suicida (na Europa e no Brasil)

Em nota enviada ao Valor, a Novo Nordisk Brasil, fabricante do Ozempic, afirmou que as bulas brasileiras seguem as exigências da Anvisa e da legislação do país.

“As reações adversas que tiveram relação causal com o medicamento sustentada pelos estudos aplicáveis ou por evidências pós-comercialização são descritas nas bulas dos nossos medicamentos, as quais seguem o conteúdo das bulas originais, aprovado pelo EMA na Europa”, complementa a nota da Novo Nordisk.

A empresa ainda afirma que, nos Estados Unidos, por questões regulatórias, as bulas dos remédios descrevem “informações adicionais, mesmo que não haja relação causal sustentada por estudos ou dados pós-comercialização – como é o caso das bulas de Wegovy e Saxenda, especificamente, em que a ideação suicida não é descrita com relação causal definida para os medicamentos citados”.

A Novo Nordisk ainda reafirmou em nota que permanece coletando informações de segurança sobre os seus medicamentos para tomar qualquer decisão sobre eles.

Chagas: Droga contra leucemia pode combater parasita

Artigo publicado no Journal of Biological Chemistry descreve uma molécula capaz de inibir in vitro a proliferação do parasita causador da doença de Chagas.

O estudo foi conduzido por pesquisadores da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e do CQMED-Unicamp (Centro de Química Medicinal da Universidade Estadual de Campinas), um Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) apoiado pela Fapesp.

Segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde, a dificuldade de diagnóstico e de tratamento tornou a doença de Chagas uma das quatro maiores causas de mortes por doenças infecciosas e parasitárias no país, com média de 4 mil casos por ano nos últimos dez anos.

Cannabis medicinal: Governo Lula defende plantio no Brasil

O governo Lula (PT) pretende regular o plantio de Cannabis para fins medicinais no Brasil em substituição às importações dos produtos, afirma a secretária nacional de Políticas Sobre Drogas e Gestão de Ativos do Ministério da Justiça, Marta Machado.

Atualmente, a plantação é permitida somente em caso de obtenção de decisão judicial favorável. Em março, o ministério já havia defendido em um processo que o STJ (Superior Tribunal de Justiça) autorize a plantação aqui no Brasil.

Na manifestação, a pasta diz considerar conveniente uma ampla e adequada regulação da importação e cultivo da cânabis com baixa concentração de THC (componente que gera efeitos psicoativos), para fins industriais, farmacêuticos e medicinais.

Farmacêutica europeia estreia operações no Brasil

Para trazer seus produtos para o país, a farmacêutica europeia Neuraxpharm comprou a brasileira Libber Pharma. O laboratório, que atua em tratamentos do sistema nervoso central (SNC), adquiriu recentemente também parte do portfólio da Sanofi na área, o que solidificará a criação de uma filial no país.

Com a compra, a Libber passará agora a ser chamada Neuraxpharm Brasil. A farmacêutica desenvolve e comercializa marcas estabelecidas, medicamentos de valor agregado, genéricos, cannabis medicinal, soluções além dos medicamentos convencionais (saúde digital e dispositivos médicos) e medicamentos órfãos (indicados para pacientes com doenças raras).

Para a multinacional, o Brasil surge como um mercado atraente por ser o maior na América Latina e o décimo a nível global. “Nossa presença direta no Brasil contará com uma plataforma para distribuição dos produtos da Neuraxpharm para profissionais de saúde e pacientes”, comenta o CEO, Jörg-Thomas Dierks.