Em termos regionais, as estimativas do PLDO 2024 revelam que 65% dos subsídios tributários beneficiam as regiões Sudeste e Sul, ao passo que 25% são direcionados às regiões Norte e Nordeste e 10% ao Centro-Oeste. Quanto às funções orçamentárias favorecidas, ganha destaque “Comércio e Serviços” com R$ 128 bilhões (26,3%). Nesta, se encontram destinações como o Simples Nacional e a Zona Franca de Manaus. Na sequência, vêm os subsídios à Saúde, com R$ 77,6 bilhões (16%), englobando despesas médicas, entidades filantrópicas, medicamentos, produtos químicos e farmacêuticos, dentre outros. A função orçamentária Agricultura, por sua vez, se destaca com R$ 64,2 bilhões (13,2%), destinados à exportação da produção rural, desoneração da cesta básica etc. Para a indústria, a estimativa é de R$ 53 bilhões (10,9%), abrangendo o Simples Nacional, Zona Franca de Manaus, setor automotivo e outros.
Visando à alocação eficiente desses subsídios, é de se avaliar o direcionamento a setores estratégicos, como a ciência e tecnologia, cuja previsão é de R$ 19,4 bilhões (4%), sem indicação, por exemplo, de subsídios tributários a investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação. Aqui faz-se oportuno lembrar que o Senado, recentemente, excluiu os investimentos em ciência e tecnologia do teto de gastos, no âmbito da tramitação do Projeto de Lei Complementar (PLP) 93, de 2023, que trata do arcabouço fiscal.