A crise da obesidade: novas promessas e riscos

Novos medicamentos para diabetes e redução de peso, com efeitos incomparáveis com o que existia até aqui, farão com que 2023 entre para a história como o ano que mudou o debate público global sobre obesidade. As consequências são, ao mesmo tempo, promissoras e perigosas.

Quem lidera este movimento, até o momento, é a farmacêutica dinamarquesa Novo Nordisk, fabricante da semaglutida (vendida como Ozempic e Wegovy). O PIB da Dinamarca cresceu 1,9% no último trimestre —90% do avanço atribuído à Novo Nordisk, que recentemente se tornou a empresa mais valiosa da Europa.

O fenômeno tem origem clara: a demanda global por esses medicamentos explodiu, superando a capacidade de fornecimento da empresa. No Brasil, o Ozempic, para diabetes, deve ter disponibilidade intermitente até o final do ano e o Wegovy, para obesidade, só chegará em 2024.

Renascimento, diz mulher que trata depressão com cetamina

Anestésico hospitalar usado em diferentes países, a cetamina foi aprovada em novembro de 2020 pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) como tratamento para depressão resistente. Para isso, a droga deve ser utilizada exclusivamente em um hospital ou clínica especializada e na presença de profissionais da saúde.

De acordo com a pesquisa Datafolha, cerca de 10% da população brasileira já fez uso de psicodélicos, sendo que 2% já experimentaram a cetamina.

Vendas de antigripais disparam no outono de 2023

Dados da Linx mostram que as vendas de medicamentos durante o período foram 53% maiores do que no verão

Segundo a base de clientes farmacêuticos da Linx, empresa do grupo StoneCo. e especialista em tecnologia para o varejo, as vendas de antigripais durante o outono de 2023 foram 53% maiores do que no verão. Já no inverno, época em que seria mais comum esse pico, as vendas tiveram uma queda de 8%, o que impactou diretamente no valor transacionado no período (-3%).

Comparando as vendas do inverno com o verão, nota-se um crescimento de 40% no número de vendas e 52% em valor transacionado. Para Luis Fischpan, diretor executivo da Linx Farma, “o setor farmacêutico, assim como qualquer outro, vem observando variações nos hábitos de consumo dos seus clientes. Entender essas mudanças de comportamento é um diferencial que os varejistas do setor devem priorizar”.

Hypera (HYPE3) pagará R$ 194,8 milhões em JCP aos acionistas

O Conselho de Administração da Hypera (HYPE3) aprovou a distribuição de juros sobre capital próprio (JCP), de R$ 0,30786 por ação ordinária, com retenção de imposto de renda na fonte, equivalente ao montante total bruto de R$ 194,769 milhões.

O pagamento está sujeito à retenção de imposto de renda retido na fonte, exceto para os acionistas que sejam comprovadamente imunes ou isentos.

O pagamento dos juros sobre capital próprio será realizado até o final do exercício social de 2024, em data a ser definida pela empresa, com base na posição acionária ao final de 27 de setembro de 2023.

Assim, as ações serão negociadas “ex-juros sobre capital próprio” a partir de 28 de setembro de 2023, inclusive.

O montante líquido a ser distribuído na forma de juros sobre capital próprio será imputado ao montante total de dividendos que vier a ser declarado pelos acionistas da companhia para o exercício social de 2023, na forma da legislação e da regulamentação aplicáveis.

Brasileiras dominam venda de novos medicamentos

Os novos medicamentos que registram maior volume de vendas nas farmácias reforçam o domínio dos laboratórios brasileiros. É o que indica o mais recente levantamento da IQ VIA, referente ao período de setembro do ano passado a agosto de 2023.

O estudo considera como novos os produtos que passaram a integrar o portfólio das indústrias farmacêuticas nos últimos 12 meses, sejam remédios inovadores ou versões similares e genéricas.

Cinco fabricantes ocupam o top 10, sendo todas de capital nacional. A Cimed detém quatro remédios no ranking e a União Química, três. Eurofarma, Medley e Hypera Pharma completam a lista.

Eurofarma usa tecnologia para aumentar acessibilidade

O projeto de inovação #EuroJunto, da Eurofarma, tem o objetivo de incluir e desenvolver pessoas com deficiência, otimizar custos de TI e aumentar a capacidade tecnológica, bem como o market share da companhia. Foi desta maneira que a inclusão, o fácil acesso a ferramentas digitais por parte dos funcionários e o trabalho remoto e colaborativo passaram a ser um mote para a empresa.

A empresa possui mais de três mil profissionais na força de vendas, atuando de maneira presencial. Entretanto, com o aumento do número de profissionais formados na área de saúde, o modelo tradicional de visitas não era capaz de alcançar todas as regiões relevantes para o negócio.

Somado a isso, a pandemia da Covid-19 acelerou a transformação no setor, com novas plataformas tecnológicas como a telemedicina e a prescrição eletrônica gerando mudanças na entrega dos serviços e na relação entre médico e paciente. Constatou-se, portanto, a necessidade de uma mudança nesse formato.

Portanto, o #EuroJunto foi criado para ampliar a capilaridade da empresa e estar mais próximo dos profissionais da saúde de forma digital, fornecendo conteúdo personalizado, estudos científicos, novidades sobre medicamentos e produtos da marca por meio de um atendimento personalizado, contando com pessoas com deficiência para operacionalizar o projeto.

“O projeto contou com diversos pilotos simultâneos para que pudéssemos testar diferentes cenários. Deste modo, foi possível avaliar desde a questão do home office, por exemplo, quanto as tecnologias e os formatos, analisando os modelos mais adequados para o negócio”, afirma Laís Gurgel, Gerente de Marketing Digital da Eurofarma.

Cimed fecha com Netflix e tenta repetir sucesso do Carmed Fini

João Adibe Marques, presidente da Cimed, diz que a parceria com o streaming servirá de laboratório para a empresa, tanto para novas parcerias já em negociação, quanto para ganhar e melhorar o espaço do bem-estar sexual nas farmácias.

Nos planos da Cimed estão a divulgação dos novos produtos por meio das redes sociais e de influenciadores. João Adibe diz que a empresa também quer abrir uma conversa respeitosa sobre o assunto e tornar os sex toys mais acessíveis (eles serão vendidos por cerca de R$ 150).

Com Sex Education, Cimed ingressa na categoria de bem-estar sexual

Nesta quinta-feira, 21, a Netflix disponibiliza os seus assinantes a temporada final de Sex Education. Além de aguardada pelos fãs da história, a obra também marca o ingresso da Cimed na categoria de bem-estar sexual.
Por conta de uma parceria firmada com a plataforma de streaming, a marca de medicamentos e produtos de saúde desenvolveu uma linha de produtos licenciados que vão de lubrificantes a sex toys, passando por preservativos.

A nova linha K-Med Sex Education demandou um investimento de R$ 2 milhões por parte da marca e um longo tempo de trabalho, que envolveu diversas frentes de atuação e o objetivo de se posicionar em um território ainda inédito nas farmácias, de acordo com João Adibe Marques, presidente da Cimed.