As pesquisas de novos antibióticos ainda são insuficientes quando comparadas à crescente propagação da resistência antibacteriana. Isso porque a maioria dos antibióticos do mercado são variações de drogas dos anos 1980.
O relatório da OMS esclarece que “Apenas 77 novos tratamentos estão em desenvolvimento clínico, sendo a maioria derivada das classes de antibióticos já existentes, e é improvável que cheguem ao mercado.”
“Não existe mercado viável para novos antibióticos. O retorno financeiro não cobre os custos do seu desenvolvimento, produção e distribuição. Então, as maiores farmacêuticas (do setor privado) recuaram no desenvolvimento de antibióticos”, diz o relatório.
A oncologia, por exemplo, é uma área muito mais lucrativa para as gigantes do setor. Esta gerou US$ 26,5 bilhões, enquanto a outra apenas US$ 1,6 bilhão.
No Brasil, o Sindusfarma deixa claro que o investimento estatal é mais do que necessário para frear as superbactérias. O presidente executivo, Nelson Mussolini, comemorou o relançamento do Geceis (Complexo Econômico e Industrial da Saúde).