A Gen-t Science, ou simplesmente gen-t, startup brasileira que está construindo o que pretende ser o maior banco genético da América Latina, acaba de levantar mais US$ 1,3 milhão para investir no ambicioso projeto lançado pela geneticista Lygia da Veiga Pereira, professora titular da Universidade de São Paulo (USP).
Como na primeira rodada, a startup, que chegou a um total de R$ 16 milhões (US$ 3,3 milhões) em recursos captados, chamou a atenção de pesos pesados em investimentos de impacto e inovação radical, agora atraiu a Eurofarma, uma das maiores e mais conceituadas farmacêuticas brasileiras.
Por meio de seu fundo de venture capital, Eurofarma Ventures, a companhia se tornou a primeira do setor, no país, a apostar no projeto. O fundo foi lançado neste ano e terá investimentos de até US$ 100 milhões da farmacêutica, com foco em empresas que estejam em fases iniciais de descoberta e desenvolvimento de medicamentos e terapias com inovação radical.
Até 2026, a gen-t pretende ter sequenciado o genoma de 200 mil brasileiros, montando um banco de dados genéticos e de saúde diverso e de valor inestimável para a evolução da medicina de precisão. Hoje, conta com 7 mil participantes recrutados e deve chegar a 10 mil até o fim do ano. Para 2024, o plano é alcançar a marca de 25 mil, no caminho para cumprir a meta de 2026.
“Entendemos a Eurofarma como um investidor estratégico, por trazer a visão do cliente”, disse Lygia ao Valor. Investidores que haviam entrado na primeira etapa da captação, que movimentou US$ 2 milhões no fim de 2021, acompanharam os novos.