Uso indevido de cetamina faz agência EUA emitir alerta

A FDA (Administração de Alimentos e Medicamentos dos EUA) emitiu um alerta na terça-feira (10) sobre os perigos do tratamento de transtornos psiquiátricos com versões manipuladas de cetamina, um anestésico poderoso que se tornou cada vez mais popular entre aqueles que buscam terapias alternativas para depressão, ansiedade, transtorno de estresse pós-traumático e outros problemas de saúde mental de difícil tratamento.

Medicamentos compostos são aqueles que foram modificados ou adaptados em laboratório para atender às necessidades específicas de um paciente individual.

Câncer infantil: serviço do SUS ganha prêmio internacional

Graças a uma parceria entre a Tucca e o Santa Marcelina, que existe desde 2001, crianças e adolescentes com câncer atendidos pelo SUS têm tido acesso a mapeamento genético de tumores e a tratamentos mais personalizados.

Desenvolvido pelo laboratório de patologia e biologia molecular, mantido pela Tucca, esse trabalho acaba de receber um prêmio internacional (Bayer Popia 2023), voltado a iniciativas que enfrentem as desigualdades e melhorem o acesso a cuidados oncológicos de crianças com câncer em todo o mundo.

Patentes de medicamentos têm liderança da Suíça

As patentes de medicamentos têm duas farmacêuticas suíças como protagonistas, concentrando um terço dos registros. O primeiro lugar coube à Roche, com 524 patentes. Mais de 110 moléculas estão em desenvolvimento no pipeline, com foco em especialidades como oncologia, imunologia, doenças infecciosas e oftalmologia.

No ano passado, a farmacêutica suíça ganhou uma disputa judicial de US$ 775 milhões com a AstraZeneca envolvendo o Ultomiris, medicamento aplicado no tratamento de doenças raras que afetam a produção de hemoglobina.

A segunda colocação do ranking é da Novartis, também com foco em medicamentos de prescrição para doenças de alta complexidade, mas com quase metade do volume da Roche. Entre os 289 fármacos estão o Cosentyx e o Kesimpta, para o tratamento da psoríase e da esclerose múltipla, respectivamente.

O terceiro posto é da Johnson & Johnson (288 patentes), por meio de sua divisão farmacêutica Janssen. A companhia vem ampliando seus esforços em terapias contra diferentes tipos de câncer, a exemplo do Teclistamab – para combate ao mieloma múltiplo.

Delegação visita indústria farmacêutica que se instalará no Brasil

A indústria farmacêutica da China, Tonghua Dongbaou Pharmaceutical, recebeu uma delegação brasileira em suas instalações na província de Jilin, no nordeste do país asiático. As informações são do Paraíba Online.

A multinacional “seguirá” no Nordeste, só que do Brasil. A empresa inaugurará uma planta na Paraíba e recebeu o vice-governador do estado, Lucas Ribeiro, e outros membros do governo paraibano.

A delegação pôde conhecer os bastidores da fabricante, como seus laboratórios, linhas de produção e espaços destinados a pesquisa e estudo de novos fármacos.
O parque industrial da Tonghua Dongbao Pharmaceutical, que lidera o mercado na China, emprega mais de 3,2 mil colaboradores. Seu principal foco é na fabricação de insulina e biofarmacêuticos.

Biotecnologia deve receber US$ 100 mi de farmacêutica

À medida que a doença de Parkinson evolui, cerca de 90% dos pacientes sofrem paralisia facial. Exercícios tornam essa progressão mais lenta, diz Martha Penna, vice-presidente de inovação da farmacêutica Eurofarma. Para estimular esses movimentos, a empresa criou, com a agência de marketing Dentsu, um programa de inteligência artificial (IA) que incentiva os usuários a mexerem os músculos faciais ao navegar nas redes sociais (os movimentos se tornam “curtidas”). Lançado em abril, o programa já tem por volta de 5.000 usuários na América Latina.

É assim, tateando áreas correlatas ao negócio principal, por meio de parcerias, que a empresa busca ultrapassar a definição das atividades de uma farmacêutica. A ideia é criar negócios com potencial de aumentar receita e reputação. “Nascemos como uma empresa de medicamentos genéricos e nos transformamos em uma que descobre suas próprias moléculas e desenvolve seus produtos. A inovação é como oxigênio para nós: 30% do que criamos é fruto de inovação incremental”, diz Penna.

As iniciativas devem se multiplicar com um fundo corporativo de venture capital para investir US$ 100 milhões em negócios inovadores de biotecnologia, com ênfase em medicina de precisão, edição genética e IA aplicada à descoberta de moléculas. Já há três projetos em andamento, um deles com a americana Abcuro, que desenvolve imunoterapias para o tratamento de doenças autoimunes e câncer.

“Queremos que isso se torne uma linha de receita no médio prazo”, diz Rodrigo Fernandes Pereira, diretor de empreendedorismo digital da Eurofarma.

IA pode ajudar médico na tomada de decisão e humanizar consultas

“Médicos radiologistas se tornaram mais produtivos e melhores; é a segunda especialidade que mais cresce nos Estados Unidos”, conta Chiavegatto Filho. “Hoje se fala muito sobre inteligência artificial em congressos médicos. Antes, ficavam com o pé atrás. Agora, as perguntas são técnicas, empolgadas, querem saber como colocar em prática”, completa.

OLHO NO OLHO. Uma solução simples (para os padrões tecnológicos atuais) que é oferecida pela máquina acaba por humanizar o atendimento. Por exemplo, ao gravar a consulta e usar uma ferramenta de transcrição do diálogo, o médico deixa de se ocupar com as anotações no computador e dedica o olhar exclusivamente ao paciente. “Preencher prontuário é coisa do passado, um péssimo uso do tempo. Burocracias

desnecessárias serão limadas pela inteligência artificial”, avisa o professor da USP.

Para vencer crise, planos de saúde precisam rever seu modelo

Em 2022, as operadoras de plano de saúde registraram os piores índices de sua série histórica – um prejuízo operacional de R$ 11,5 bilhões e taxa de sinistralidade (relação entre despesas com serviços médicos e receita das mensalidades) de 89,2%. Números que já não são alarmantes, mas um diagnóstico de que o modelo de negócios é insustentável. Aumentar preços e investir as reservas em aplicações financeiras são só tratamentos paliativos. A cura exige estratégias para enfrentar as consequências do envelhecimento da população, de tecnologias e medicamentos cada vez mais caros e altas despesas com processos judiciais.

Pandemia evidenciou a falta de investimento em saúde

Para reduzir riscos, um dos caminhos para o Brasil é estimular a expansão do setor, equivalente a 10% do PIB, sendo um grande empregador e respondendo por um terço das pesquisas científicas do país. No fim de setembro, o governo lançou a nova Estratégia Nacional para o Desenvolvimento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (Ceis), levando em conta esse cenário. O plano é investir R$ 42 bilhões no setor até 2026, sendo R$ 23 bilhões da iniciativa privada, R$ 9 bilhões do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), R$ 6 bilhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e R$ 4 bilhões da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). O objetivo é fabricar localmente cerca de 70% dos insumos e produtos do setor.

Entre os objetivos do programa estão ampliar a produção nacional de insumos prioritários para o SUS, reduzindo a dependência de fornecedores estrangeiros de itens básicos, medicamentos, vacinas e outros produtos, além de reforçar a fabricação de produtos que auxiliem a prevenção, o diagnóstico e o tratamento de doenças como tuberculose, doença de Chagas, hepatites virais e HIV.

Para gerar resultados positivos, a iniciativa requer acompanhamento detalhado dos gastos. É fundamental verificar se o volume expressivo de investimentos previstos com recursos públicos será bem direcionado e se as despesas são realmente necessárias. A maior fatia para o projeto será de responsabilidade do setor privado, mas os recursos do setor público previstos para desenvolver o complexo da saúde estão longe de serem inexpressivos. Quanto às importações, um risco a ser evitado é a concentração excessiva em poucos fornecedores, mas as compras externas não devem ser estigmatizadas como negativas.

Casos de ansiedade têm alta acelerada entre os jovens após pandemia

Problemas de saúde mental, entre os quais ansiedade e depressão, ganharam foco no Brasil nos últimos seis anos, indica pesquisa da Ipsos (“Global Health Service Monitor 2023”) realizada em meados deste ano. O tema é apontado como o principal problema no que diz respeito ao bem-estar para metade dos (52%) entrevistados. Ultrapassou câncer (38%) e lidera o ranking. Em 2018, era preocupação mencionada por apenas 18%.