Top Medicamento Genérico traz empate entre Cimed, EMS, Medley e Neo Química

Na pesquisa Folha Top of Mind 2023, uma parcela de 43% dos ouvidos não soube informar o nome de uma marca —esse índice é mais alto na faixa de 16 a 24 anos (55%) e na região Norte (54%).

“O conhecimento de marca [awareness] é baixo porque é uma categoria de consumo nova. Por isso, patrocinar times e esportes, por exemplo, agrega awareness, que é a base de construção de qualquer marca”, explica Luciano Deos, especialista em branding e CEO da consultoria Gad.

Outro ponto importante é estar presente e bem representada nos diversos canais de venda. Nas farmácias, o segmento já responde por 36,6% das vendas da indústria farmacêutica. “Tamanho de portfólio é gôndola. Presença maior nas lojas, com muitos produtos, cria para a marca institucional a imagem de inovadora”, diz Deos.

O empate quádruplo inédito nesta edição do Top of Mind mostra que as empresas vêm seguindo a cartilha, desenvolvendo novidades e disputando a atenção do consumidor com ações inovadoras.

É o caso da Cimed, estreante no topo do ranking, com 2% das menções dos entrevistados. As outras campeãs da categoria são Medley (5%), EMS (3%) e Neo Química (2%). O empate ocorreu devido à margem de erro da pesquisa, de dois pontos percentuais para mais ou para menos, e se repetiu no critério de desempate, o awareness. Nele, Medley alcançou 6%; EMS, 3%; Neo Química, 3%; e Cimed, 3%.

Cimed é uma das vencedoras do Prêmio Top of Mind na categoria Medicamentos Genéricos

A Cimed, terceira maior farmacêutica do Brasil em volume de vendas, recebeu, na última terça-feira, 31, o Prêmio Top of Mind como uma das marcas mais lembradas do país na categoria Medicamentos Genéricos, com base em pesquisa nacional realizada pelo Datafolha.

A Cimed também tem investido em novas categorias e parcerias, gerando buzz nas redes sociais. Alguns exemplos são o perfume íntimo Puzzy by Anitta e a collab com a Fini, que rendeu o hidratante labial com fragrância de bala Carmed.

“Gosto de falar que a Cimed é uma ‘máquina de lançamentos. Só em 2023, serão mais de 110”, diz o presidente da empresa, João Adibe Marques. Na prateleira dos genéricos, essa lista tem 20 novidades.

Na Eurofarma, quase um terço dos novos produtos são resultados de inovação aberta

Praticamente um terço dos desenvolvimentos da farmacêutica Eurofarma advém de inovação aberta. A parceria com outras empresas para alavancar as receitas está no centro da estratégia da companhia — que pretende desembolsar US$ 100 milhões para isso — e já foi responsável por iniciativas que vão desde a criação de um aplicativo para ajudar pacientes com Parkinson até um banco de dados com informações de fenótipos da população brasileira para prevenção de doenças (com uma empresa ainda mantida em sigilo).

“Inovação é oxigênio. Na Eurofarma, ela está diretamente ligada à ideia de perenidade, pois somos uma empresa que pensa a longo prazo. A verdade é que não dá para ser diferente em um setor com ciclos longos”, diz Martha Penna, vice-presidente de Inovação da Eurofarma, que comanda uma equipe de 700 pessoas focadas em achar novas oportunidades dentro e fora da farmacêutica.

Segundo a executiva, a obsessão por inovar faz parte da história do negócio, que nasceu como um fabricante de medicamentos genéricos e se transformou em uma companhia que descobre moléculas e desenvolve os próprios produtos. Boa parte do portfólio é reconhecido por tratar distúrbios no sistema central. Foi essa busca por ajudar os pacientes que motivou a parceria com a agência criativa Dentsu no último ano. Juntas, as companhias desenvolveram uma inteligência artificial para auxiliar pessoas com Parkinson.
A aposta da companhia pela inovação está estampada nos números. Anualmente, a Eurofarma aporta R$ 600 milhões em pesquisa e desenvolvimento. E tem consciência que é fundamental ir além das fronteiras corporativas para ampliar os ganhos. Outros exemplos recentes de colaboração são uma parceria com a Ledcorp, que desenvolveu o banco de leite Lactare com IA para monitoramento dos processos de pasteurização, e com a Nexup Health, com quem a Eurofarma trabalhou para fazer um sistema de prescrição e prontuário para médicos no Uruguai.

As iniciativas devem se multiplicar, pois recentemente a companhia criou um fundo corporativo de venture capital para investir US$ 100 milhões em empresas inovadoras de biotecnologia, as startups conhecidas como biotechs. A ideia é achar parceiros para desenvolver soluções com ênfase em medicina de precisão, edição genética e inteligência artificial aplicada à descoberta de moléculas. Três empresas já estão trabalhando com a Eurofarma. Uma delas é a americana Abcuro, que desenvolve imunoterapias pioneiras para o tratamento de doenças autoimunes e câncer.

RD tem lucro líquido ajustado de R$268,4 mi no 3º tri; reitera guidance de abertura de lojas

A rede de farmácias RD reportou nesta terça-feira lucro líquido ajustado de 268,4 milhões de reais, com alta de 33,1% em relação ao mesmo período do ano anterior, além de expansão da receita bruta e abertura de 64 novas lojas no período.

A dona das marcas Drogasil e Raia encerrou setembro com 2.868 unidades em operação e reiterou guidance de 260 aberturas brutas por ano para o período de 2023 a 2025, totalizando 780 novas farmácias a serem abertas.

Após comprar estatal Galenika, EMS faz nova aquisição no Leste Europeu

Este ano, a Galenika deverá faturar cerca de 120 milhões de euros, com crescimento de 12% sobre o ano anterior. A aquisição da Lifemedic não entra nessa conta. A companhia importa e distribui produtos naturais da farmacêutica italiana Pharmalife Research nos mercados da Sérvia, Bósnia e Herzegovina, Macedônia do Norte e Montenegro. No ano passado, a Lifemedic faturou quase R$ 30 milhões, chega a 5 mil farmácias e a 6 mil médicos nesses países.

“Para se tornar a primeira do mercado, a Galenika precisa de produtos e teremos uma grande alavancagem com a Lifemedic”, afirma Marques. Segundo ele, a empresa, que ocupava a terceira posição do mercado, já se tornou a segunda e caminha rapidamente para se tornar maior empresa do país. “O valor da companhia mudou completamente”, afirma.

GSK eleva previsão de lucro, impulsionada pelo sucesso de vacina contra vírus respiratório

A empresa farmacêutica do Reino Unido espera agora que as vendas subam até 13% e que os lucros ajustados por ação avancem até 20% neste ano fiscal
Tudo isso é reflexo do lançamento bem-sucedido da Arexvy, a nova vacina contra vírus respiratório para idosos (RSV). Arexvy foi lançado nos EUA em agosto e está disponível em alguns outros mercados.

A demanda tem sido alta, e as vendas do terceiro trimestre, de 700 milhões de libras (US$ 850 milhões), foram o dobro do que os analistas esperavam. A GSK disse que sua vacina, que pode fornecer proteção durante duas temporadas de inverno, deve agora atingir até 1 bilhão de libras neste ano.

Na terça-feira, a Pfizer Inc., disse que a Abrysvo, sua vacina contra RSV para adultos, que fornece proteção por uma temporada, registrou US$ 375 milhões em vendas no trimestre, seus primeiros três meses completos no mercado.

O lançamento bem-sucedido do Arexvy ocorre num momento que a GSK procura construir a sua linha de novos tratamentos, depois de separar no ano passado o seu negócio farmacêutico da unidade de produtos de consumo, que fabrica as vitaminas Centrum.