Um dos maiores vendedores de genéricos para exportação no mundo, a Índia detém a nona maior indústria farmacêutica do globo e a segunda maior entre as nações emergentes. É o dobro do tamanho do mercado brasileiro.
Análise do portal Outra Saúde mostra que a indústria indiana se fortaleceu por meio de uma estratégia que priorizou a produção nacional dos remédios, com foco claro nos medicamentos genéricos.
Um importante primeiro passo tomado pelo governo indiano foi a promulgação do Essential Commodities Act (ou Lei dos Produtos Essenciais) em 1955. A legislação definiu que o Estado estaria no controle da “produção, suprimento e distribuição” dos medicamentos “para assegurar a distribuição equitativa e o acesso a preços justos”.
As estruturas do tímido parque industrial deixado pela colonização britânica foram reaproveitadas para a criação das primeiras farmacêuticas indianas. Mas na sequência, no início dos anos 1960, a Índia também criou cinco empresas estatais no setor, entre elas a Indian Drugs and Pharmaceuticals (IDPL).
As fábricas da IDPL, futuramente, produziriam fármacos como a tetraciclina, a doxiciclina e a cloroquina, decisivos, respectivamente, para o enfrentamento de emergências sanitárias como o surto de peste bubônica em 1994, o surto de leptospirose em 2005 e o combate de décadas contra a malária. Mas a grande marca do país são as grandes indústrias privadas trabalhando em cooperação com o governo.