Exclusivo: Farmacêutica brasileira anuncia reestruturação

A nova estrutura do laboratório levará em conta dois eixos: reorganização de áreas corporativas e que dão suporte a todos os países e unidade de negócios (UNEG’s) e o agrupamento das áreas que atuam em geografias específicas.

Um dos principais pontos dessa nova estrutura diz respeito a Maurizio Billi. Apesar de seguir como presidente do conselho de administração, o executivo agora ocupará o cargo de CEO em nível global.

Além dessas posições, outros executivos de destaque nesta nova fase da Eurofarma são Marco Billi (CEO Internacional), Roberta Rezende (vice-presidência global de operações e estratégia), Maira Billi (diretora executiva).

Fiocruz amplia as opções de tratamento da Hepatite C no Brasil

O Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz) realiza, nesta quarta-feira (8/11), a primeira entrega dos medicamentos Sofosbuvir e Daclatasvir ao Ministério da Saúde (MS). Destinados ao tratamento da hepatite C, serão fornecidas 800.800 unidades farmacêuticas. Essa primeira entrega é o resultado da parceria assinada com a Blanver S.A.

Com alto percentual de cura, a combinação Sofosbuvir e Daclatasvir representará uma economia de cerca de R$ 40 milhões ao ano ao Sistema Único de Saúde (SUS) para o tratamento da hepatite C. Com a transferência de tecnologia, Farmanguinhos/Fiocruz será o primeiro laboratório público no país a produzir medicamentos associados ao Sofosbuvir, com perfil pangenotípico, ou seja, efetivo contra diferentes tipos de vírus causadores da hepatite.

Mercado brasileiro tem maior ‘seca’ de IPOs em 25 anos

Nesse período, houve vários motivos locais e externos para o congelamento de ofertas. Agora, as incertezas são pautadas pelo movimento dos juros americanos e, no Brasil, por qual será a queda contratada para a taxa Selic até o fim de 2024, afirmam gestores e bancos de investimentos ouvidos pelo Valor. Com a volatilidade adicional trazida pela a guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas, muitas conversas esfriaram, devendo ser retomadas apenas no ano que vem.

A questão é quando, em 2024, isso poderá acontecer. Para que uma oferta saia ainda no primeiro trimestre, no entanto, o protocolo de documentos precisa ser entregue à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) até meados de dezembro, o que já faz com que bancos de investimento comecem a postergar a estimativa de retomada para abril.

Negócio global do bem-estar teve receita de US 5,6 trilhões, segundo Global Wellness Institute

O bem-estar é um grande negócio global que teve uma receita de US$ 5,6 trilhões (R$ 27 trilhões) em 2022, de acordo com um novo relatório do Global Wellness Institute, um grupo líder na indústria. Até 2027, é esperado um crescimento adicional de 57%, atingindo US 8,5 trilhões (R$ 41,7 trilhões), cerca de duas vezes o Produto Interno Bruto da Alemanha.

Pesquisas da organização indicaram que, em 2013, esse faturamento era de apenas US 3,4 trilhões (R$ 16,8 trilhões). “Estamos surpresos com a resiliência da economia global do bem-estar e com o quão rapidamente ela se recuperou da pandemia”, disse Katherine Johnston, pesquisadora sênior do GWI, em um comunicado à imprensa.

Há várias estimativas sobre o verdadeiro tamanho da indústria do bem-estar. Por exemplo, um número frequentemente citado é de US$ 1,5 trilhão (R$ 7,36 trilhões), publicado pela consultoria McKinsey, em 2021. O bem-estar pode ser um rótulo genérico para uma grande variedade de negócios. Para seu relatório, o GWI definiu a indústria como “a busca ativa de atividades, escolhas e estilos de vida que levem a um estado de saúde holística.

Reforma tributária: o que ainda falta definir e como isso pode influenciar a alíquota do novo IVA

Após mais de 30 anos de impasse e muitas concessões, areforma tributária caminha para a reta final no Congresso. Com a aprovação no Senado, resta uma segunda análise na Câmara, com possibilidade de promulgação fatiada dos trechos comuns às duas Casas. Mas a discussão continua longe do fim.

Isso porque o governo empurrou uma série de definições para as leis complementares, que devem ser analisadas a partir de 2024.

No hall de pendências estão o valor de parte dos fundos que serão abastecidos pela União e direcionados aos Estados; a composição da cesta básica isenta; as regras do Imposto Seletivo; o funcionamento dosdiversos regimes específicos de tributação; e a operacionalização do cashback,sistema de devolução de tributos. Ou seja, uma nova guerra de lobbies e pressões já está contratada para os próximos anos.

“A PEC dispõe apenas sobre as normas gerais e empurra o restante para a lei complementar”, afirma o tributarista Gustavo Brigagão, sócio do Brigagão Duque Estrada Advogados.’A PEC dispõe apenas sobre as normas gerais e empurra o restante para a lei complementar’, diz o tributarista Gustavo Brigagão Foto: Divulgação

Conheça um dos maiores vendedores de genéricos

Um dos maiores vendedores de genéricos para exportação no mundo, a Índia detém a nona maior indústria farmacêutica do globo e a segunda maior entre as nações emergentes. É o dobro do tamanho do mercado brasileiro.

Análise do portal Outra Saúde mostra que a indústria indiana se fortaleceu por meio de uma estratégia que priorizou a produção nacional dos remédios, com foco claro nos medicamentos genéricos.

Um importante primeiro passo tomado pelo governo indiano foi a promulgação do Essential Commodities Act (ou Lei dos Produtos Essenciais) em 1955. A legislação definiu que o Estado estaria no controle da “produção, suprimento e distribuição” dos medicamentos “para assegurar a distribuição equitativa e o acesso a preços justos”.

As estruturas do tímido parque industrial deixado pela colonização britânica foram reaproveitadas para a criação das primeiras farmacêuticas indianas. Mas na sequência, no início dos anos 1960, a Índia também criou cinco empresas estatais no setor, entre elas a Indian Drugs and Pharmaceuticals (IDPL).

As fábricas da IDPL, futuramente, produziriam fármacos como a tetraciclina, a doxiciclina e a cloroquina, decisivos, respectivamente, para o enfrentamento de emergências sanitárias como o surto de peste bubônica em 1994, o surto de leptospirose em 2005 e o combate de décadas contra a malária. Mas a grande marca do país são as grandes indústrias privadas trabalhando em cooperação com o governo.

Medicamentos em supermercados voltam à pauta

Os medicamentos em supermercados voltam à pauta após movimentações do varejo alimentar e também no Congresso Nacional. O Projeto de Lei 1774/19 transformaria remédios em mercadoria ao permitir a venda não apenas no setor supermercadista, como também em quitandas.

De autoria do deputado federal Glaustin da Fokus (PSC-GO), a proposta aguarda designação de relator na Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados. O texto não prevê nenhuma farmácia dentro do estabelecimento ou a presença obrigatória de um farmacêutico para assistência ao consumidor.

No dia 19 de abril deste ano, se encerrou o prazo de cinco sessões para apresentação de emendas ao projeto. E após recentes decisões em Manaus (AM) e no estado de Sergipe, que visam a proibir de vez os MIPs nesses estabelecimentos, o assunto parecia acabado.

Mas no fim de outubro, o deputado Vinicius Coelho (Republicanos-SP) apresentou um requerimento, no qual solicita a inclusão das comissões de Defesa do Consumidor, Desenvolvimento Econômico e Indústria, Comércio e Serviços no rol de comissões permanentes para avaliar o mérito do projeto.