Venture capital Mergus investe em startup que faz ‘bioimpressão’ em 3D de órgão para transplante

A gestora Mergus pretende investir R$ 60 milhões em startups até 2025. Desde 2021, a casa fez 18 aportes em empresas iniciantes com alto potencial de crescimento em um total de cerca de R$ 40 milhões.

A gestora levantou recursos por meio de dois fundos de venture capital para apostas em empresas iniciantes e inovadoras em mercados como mobilidade, saúde e bem-estar, relação homem-máquina, experiência virtual, “full life cicle design” e novo mercado financeiro.

O primeiro fundo concentrou-se em startups voltadas para “deeptech” e “hard sciences”, termos em inglês que, segundo a gestora, compreendem inteligência artificial pura e aplicada, biotecnologia, nanotecnologia e internet das coisas (IoT, na sigla em inglês).

Análise/FT: Há muitas razões para otimismo com a economia global em 2024

A economia mundial, contudo, terá várias batalhas pela frente neste novo ano, desde eleições cruciais até a dívida soberana crescente.
Por último, 2023 ficou longe de ser um ano tedioso para a tecnologia que alguns esperavam. O ChatGPT tornou-se o aplicativo de crescimento mais rápido de todos os tempos, e o alvoroço sobre a inteligência artificial generativa ajudou a impulsionar o mercado de ações. A adoção da IA generativa por empresas em 2024 pode ajudar a sustentar o crescimento da produtividade, que deu sinais de decolar nos EUA em 2023. Outras inovações recentes também são promissoras. A aprovação das agências reguladoras a medicamentos para perda de peso — como o Wegovy da Novo Nordisk — pode ajudar a reduzir os encargos com serviços de saúde. E o avanço da Toyota nas baterias sólidas pode ser um divisor de águas para o setor dos veículos elétricos.

Nova droga dá esperança contra superbactérias

As superbactérias emergiram como uma grande ameaça à saúde, depois que antibióticos e outros tratamentos começaram a ficar ineficazes em razão de seu uso descuidado ou em excesso. Embora o medicamento em desenvolvimento pelo laboratório farmacêutico suíço Roche tenha sido testado em apenas um tipo de bactéria, a maneira como funciona sinaliza que poderia ser eficaz contra outros micróbios – e encorajar os tão necessários investimentos em pesquisa na área.

“Descobrimos uma nova maneira de matar bactérias. É possível imaginar ajustes químicos para lidar com outros alvos”, disse Michael Lobritz, chefe global de doenças infecciosas na Roche Pharma Research & Early Development. Lobritz é coautor, ao lado de especialistas da Universidade de Harvard, dos dois artigos publicados sobre o assunto na revista “Nature” nesta quarta-feira.

A Roche está na fase 1 dos ensaios clínicos em humanos a nova droga, cujo alvo é uma bactéria conhecida como Acinetobacter baumannii resistente a carbapenêmicos (Crab, na sigla em inglês). O agente patogênico, que causa sepse (infeçção generalizada) e pneumonia, prolifera em hospitais, em razão da facilidade de transmissão entre pacientes debilitados por outras doenças.

Fusões e aquisições ensaiam retomada após queda em 2023

No ano passado, o volume de operações anunciadas até 27 de dezembro chegou a R$ 234 bilhões, o que representa uma queda de 17% na comparação com 2022, quando o segmento movimentou R$ 283,04 bilhões. Os dados são da consultoria Dealogic e já consideram o anúncio da venda da Amil para o empresário José Seripieri Junior, por R$ 11 bilhões. O negócio, acertado logo antes do Natal, foi um dos maiores de 2023 e ajudou a atenuar a queda, mas não impediu que o desempenho do ano passado fosse o pior dos últimos seis.

Com os sinais de melhora que entraram em cena principalmente a partir do segundo semestre de 2023, os bancos de investimento que atuam no Brasil voltaram a ganhar mandatos. Assim, a expectativa é que as operações ganhem tração.

Entre as transações aguardadas para ter um desfecho em 2024, há negócios multibilionários, com potencial de alavancar o volume anual. Dentre eles, as expectativas recaem sobre a eventual fusão entre Eneva e Vibra e a venda da Braskem, processo que se arrasta há anos.

“O ano [passado] começou muito adverso, mas depois de março os diálogos foram retomados e na metade do ano essas conversas viraram mandatos. E a expectativa é que esses mandatos virem transações em 2024”, diz o responsável pela área de fusões e aquisições do Bank of America, Diogo Aragão.

Os estrangeiros voltaram a olhar Brasil com mais força. O interesse ainda está muito forte”

Fator X no reajuste de medicamentos impactará negativamente setor, considera Citi; veja ações afetadas

2024 promete vendas mais fracas de medicamentos devido ao menor reajuste esperado, de acordo com o Citi. O movimento deverá impactar ações de nomes do setor como Blau Farmacêutica (BLAU3), Hypera (HYPE3), Viveo (VVEO3) e RaiaDrogasil (RADL3).

Além disso, nomes como Oncoclínicas (ONCO3) deverão ser afetados, considerando que possuem contratos atrelados ao índice do Comitê Técnico-Executivo da de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED).

As ações das companhias mencionadas na análise do banco estão em queda na tarde desta terça-feira (2), às 16h20 (horário de Brasília), em um dia de forte baixa do Ibovespa. Os papéis da Blau caem 4,01%, a R$ 15,75; Hypera desce 1,87%, a R$ 35,08, Viveo recua 3,08%, a R$ 13,52, RaiaDrogasil desce 1,32%, a R$ 29,01 e Oncoclínicas perde 3,3%, a R$ 12,57.

O Citi considera que as tendências de receitas para as companhias serão negativamente afetadas, assim como é possível esperar uma “expansão mais suave da margem bruta para RaiaDrogasil no segundo trimestre”, afirma. A análise leva em consideração a deliberação do CMED sobre o cálculo que será realizado para índice que reajusta medicamentos.

“De acordo com o IPCA reportado em novembro de 2023 (que não deve diferir significativamente da inflação acumulada nos últimos 12 meses esperada para fevereiro de 2024) e um provável baixo fator de contribuição Y, agora estimamos o limite de precificação para 2024 em cerca de 4,7%, ou ligeiramente abaixo da linha de base de 5,6% em 2023”, considera o Citi.

Eurofarma contrata o BTG Pactual para venda de participação, segundo fontes

A Eurofarma “está sempre atenta a oportunidades estratégicas com foco, principalmente, nos seus planos de crescimento sustentável e internacionalização”, disse a companhia, adicionando que “não tem nenhum comentário a fazer em relação ao tema em questão”. O BTG não comentou.

A Eurofarma, fundada em 1972 pelo casal de imigrantes italianos Galliano e Maria Teresa Billi e comandada há mais de duas décadas pelo filho Maurizio Billi, atua em segmentos de medicamentos como os de prescrição médica, genéricos e oncologia.

A companhia oferece mais de 700 produtos no Brasil, atendendo 42 especialidades médicas. Opera em 22 países e registrou vendas líquidas de R$ 8 bilhões em 2022, segundo seu site.

No começo da semana, a Eurofarma anunciou uma oferta para emissão de R$ 500 milhões em debêntures, em uma operação que tem o UBS BB como coordenador líder.