TCU analisa representação sobre possíveis irregularidades em contratações de medicamento para tratamento da Aids

O Tribunal de Contas da União (TCU) analisou, na sessão plenária da última quarta-feira (31/1), representação a respeito de possíveis irregularidades, nos anos de 2023 e 2024, em contratações do Antirretroviral Dolutegravir 50 mg, medicamento utilizado no tratamento da Síndrome de Imunodeficiência Adquirida (Aids).

O relator do processo, ministro Jorge Oliveira, considerou o mérito da representação parcialmente procedente. Em sua decisão, indeferiu os pedidos de medidas cautelares formulados pela empresa representante Blanver Farmoquímica e Farmacêutica S.A.

A empresa alegava o descumprimento do termo de compromisso assinado pelo Ministério da Saúde (MS) que obrigaria a pasta a adquirir 50% do quantitativo do Dolutegravir 50 mg por meio de uma Parceria para o Desenvolvimento Produtivo (PDP). No entanto, o TCU verificou que o MS deixou de adquirir o medicamento por meio da PDP em razão da existência de processos judiciais relativos à concessão de patente havida no período e que, para o exercício 2023, realizou a compra por meio de Acordo de Cooperação Técnica firmado com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Indústria farmacêutica quer faturar R$ 100 milhões com OTC

A indústria farmacêutica brasileira EMS reforça suas fichas no mercado de OTC. Com faturamento de R$ 6,7 bilhões no ano passado, o laboratório prevê movimentar R$ 100 milhões com um único produto. As informações são do O Estado de S. Paulo.

Essa é a meta ousada da companhia para as vendas do Dermacyd, que tiveram início neste mês. O valor equivaleria a 27% do valor de compra da marca de sabonetes íntimos. Em maio de 2022, a EMS pagou R$ 366 milhões à Sanofi para deter os direitos de comercialização da linha.

A expectativa é elevar em três pontos percentuais o market share no segmento de OTC. O mercado de sabonetes íntimos movimenta em torno de R$ 300 milhões ao ano, sendo que o Dermacyd responde por 24% dessa receita.

Hypera (HYPE3): ação pode subir 41% nos próximos meses, segundo Safra

O banco Safra espera que o EBITDA do quarto trimestre de 2023 da Hypera (HYPE3) recue 13% na comparação anual, a R$ 639 milhões.

Já o lucro líquido deve atingir R$ 335 milhões no período entre outubro e dezembro do ano passado, uma queda anual de 22%. A companhia vai reportar seus resultados no dia 13 de março.

Os analistas afirmaram que a companhia ainda deve ser pressionada pela maior alavancagem e taxas de juros, além de um desempenho operacional pior.

O Safra recomenda compra na ação, com preço-alvo de R$ 44,00 nos próximos doze meses, uma potencial alta de 41% se considerado o preço atual (R$ 31,30).

Com IPO nos planos, Cimed aumenta conselho de administração e troca CFO

Depois de cinco anos, José Roberto Lettiere deixa o cargo de CFO para ocupar integralmente uma cadeira do conselho de administração e ser líder dos comitês de Finanças, Fusões e Aquisições — reforçando essa agenda. Lettiere foi responsável por toda a reestruturação societária da empresa que, em 2021, se tornou uma sociedade anônima e passou a divulgar resultados anualmente.

Para substituí-lo, a empresa escolheu Fausto Neto, com 20 anos de experiência em finanças e operações de fusões e aquisições. O executivo fez carreira na fabricante de cervejas AB InBev, contoladora da Ambev, e nos bancos Goldman Sachs e Merrill Lynch.

“Se o setor cresce 10% ao ano, a Cimed tem o compromisso de crescer 20%. Nosso compromisso é sempre crescer o dobro da indústria e fazer aquisições agrega ao crescimento”, diz João Adibe Marques, CEO da Cimed.

Mesmo sendo uma empresa de dono, o conselho administrativo externo forte é um recado positivo para a abertura de capital, segundo o executivo – embora esse não seja um plano em que a companhia tenha pressa. “Só vai acontecer se tiver um momento estratégico de valor grande. Com inflação e taxa de juros ainda onde estão, não”, diz.

Presidido por Nicola Calicchio, ex-CEO da McKinsey, há dois anos, o conselho ganha musculatura, com mandatos de finanças e aquisições e de sustentabilidade. Uma nova posição mais voltada para marketing também deve ser preenchida ainda este ano. No total, serão nove cadeiras.

Novo integrante do conselho de administração, Joaquim Leite, que foi ministro do Meio Ambiente no governo de Jair Bolsonaro, será conselheiro no Comitê de Sustentabilidade da companhia, uma nova posição dentro do board.