Parceria com grandes marcas e entrada em novos mercados: os segredos de inovação de Karla Marques Felmanas, VP da Cimed

Karla Marques Felmanas, vice-presidente da Cimed, descobriu há tempos o poder do TikTok para os negócios. Com cerca de 655 mil seguidoresna rede social chinesa (e 1,1 milhão no Instagram),fez das redes sociais uma espécie de segunda casa online, onde compartilha os bastidores da empresa – hoje a terceira maior farmacêutica em volume de vendas no país.

“As pessoas tem que parar de ter preconceito com o TikTok”, diz a executiva. “É uma plataforma muito inteligente, sou hard user e adoro. O algoritmo entrega assuntos do mundo inteiro de forma orgânica. E, se você tiver expertise, traz resultados para os negócios de maneira muito rápida”, avalia Karla, em entrevista exclusiva à Época NEGÓCIOS.

A vice-presidente mantinha os perfis fechados até 2021, quando resolveu torná-los públicos a conselho de uma amiga. “Não sou influencer, minha presença online vem crescendo organicamente”, relata. “A Karla nas redes é a Karla do dia a dia, e o público que me acompanha sabe disso”, diz.

O poder da rede criada pela chinesa Byte Dance é inegável — 41% dos usuários brasileiros gostam de utilizar o TikTok para acompanhar os vídeos de marcas e empresas que gostam, segundo pesquisa da consultoria OpinionBox. Além disso, 53% dos usuários gostariam que as marcas utilizassem mais o TikTok, e 75% concordaram que a rede é capaz de aproximar pessoas e empresas.

O amarelo, cor característica da Cimed, está presente em boa parte dos posts de Karla, que compartilha idas ao complexo fabril em Pouso Alegre (MG), testes de novos produtos e conteúdos mais descontraídos, alguns deles com os filhos — são três, que também trabalham na empresa. “Não tenho medo da exposição, mas sempre tive e continuo tendo cuidado com a minha família. Se eles ficarem desconfortáveis com algo, apago na hora”, conta.

Bala ou hidratante labial? Carmed Fini bomba nas redes e faturamento dispara mais de 1.500%

Linha de produtos vendeu R$ 400 milhões em 2023; conheça outras marcas que também aderiram às chamadas collabs

Quem acompanha o mundo dos cosméticos, com certeza já ouviu falar do Carmed Fini. O hidratante labial da Cimed em parceria com a marca de doces virou febre nas redes sociais, e traz à luz o sucesso das chamadas collabs (colaboração, em tradução livre) entre empresas do setor de alimentos e de beleza.

A parceria foi anunciada em 24 de maio do ano passado, mas o produto se tornou um sucesso no TikTok antes mesmo de chegar às prateleiras — e isso aconteceu após a vice-presidente da Cimed, Karla Felmanas, postar um vídeo na rede social mostrando os hidratantes sabor Beijo sendo produzidos. A publicação viralizou e acumula 4,3 milhões de visualizações.

Para o lançamento do Carmed Fini, a Cimed preparou um estoque equivalente à previsão de vendas para até quatro meses. Mas após 15 dias de vendas, o produto esgotou.

“Foi uma correria gigantesca para a gente consegui ir atrás de fornecedores de bisnaga que conseguissem nos atender. O próprio aroma quem nos fornecia era Fini. Então, eles também não tinham o aroma disponível para a gente conseguir fabricar o volume de vendas que estava acontecendo. Acho que só deu certo porque foi um uma turma de gente que entrou junto para fazer dar certo”, relembra Karla.

E o resultado surpreendeu: em 2023, a Cimed faturou R$ 400 milhões somente com os produtos Carmed — alta de 1.566% em relação aos R$ 24 milhões registrados no ano anterior.

‘O que é engraçado é que de fato virei uma pessoa famosa’

Karla Marques Felmanas poderia ser facilmente confundida como uma influencer. Com 1,2 milhões de seguidores no Instagram, ela costuma aparecer em suas postagens bem-vestida em locais deslumbrantes. Mas engana-se quem pensa que Karla ganha a vida só mostrando seu dia a dia. A executiva é vice-presidente do grupo farmacêutico Cimed, que comanda ao lado do irmão, João Adibe. Na empresa familiar desde os 17 anos, Karla enxergou nas redes sociais uma forma de dar uma cara à Cimed e a estratégia, segundo ela, deu certo. “A entrada mais forte no Instagram acabou impulsionando um grande case de sucesso da Cimed, que é o Carmed Fini. Eu acabei sendo meio que uma garota propaganda do próprio produto”, diz à repórter Marcela Paes. Agora, Karla mostra ainda mais no livro Oi, Tchurma, que lança ainda este mês. Nele, a empresária reúne os pensamentos e as experiências mais definitivas de sua vida. Leia abaixo a entrevista.

Caixa recusa proposta ‘inviável’ do Corinthians para quitar o financiamento da arena

A proposta apresentada era baseada em duas fontes de receitas. Primeiro, o clube pretendia repassar para o banco o dinheiro recebido da Hypera Pharma no contrato de naming rights da arena. Além disso, a oferta previa, ainda, créditos que seriam adquiridos em contratos de FCVS (Fundo de Compensação de Variações Salariais), que são como títulos de dívidas do Governo que a própria Caixa, gestora do Tesouro Nacional.

A ideia do clube era comprar esses títulos junto a empresas e repassar para o banco, na teoria, anulando o valor que era devido.

Na resposta enviada ao Corinthians, o banco explicou que não poderia aceitar o dinheiro do contrato com a Hypera porque o crédito não pertence formalmente ao clube, mas sim ao Arena Fundo de Investimentos, que atualmente é de propriedade do clube, e responsável pelo pagamento do financiamento.

De acordo com a Caixa, o dinheiro deste contrato não poderia ser usado para esse fim com base em um entendimento prévio da CVM (Comissão de Valores Mobiliários).

Citi reduz preço-alvo da Hypera, após revisão das projeções de lucro e receita para os anos de 2024 e 2025

O Citi revisou para baixo o preço-alvo da Hypera de R$ 36 para R$ 33, mantendo sua recomendação neutra. Essa decisão foi tomada após uma revisão das projeções de lucro e receita para os anos de 2024 e 2025.

Os analistas explicaram: “Estamos reduzindo nossas projeções de receita para 2024 e 2025 em 3% e 4%, respectivamente. Isso reflete os desafios persistentes na geração de receita, os quais naturalmente impactariam negativamente as margens. Ademais, nossas estimativas de lucro ajustado para 2024/2025 estão sendo reduzidas em 10% e 12%.”

Para o último trimestre de 2023, o Citi prevê que a empresa não alcançará sua orientação revisada de 95% das vendas esperadas inicialmente para o ano. Esse cenário é influenciado pelas tendências de receita, que devem ser afetadas pela contínua fraqueza nas vendas. Como resultado, espera-se que as margens de Ebitda ajustado diminuam 270 pontos base em relação ao ano anterior, devido a uma diluição mais fraca dos custos fixos. Isso, somado às despesas financeiras ainda elevadas, deve impactar negativamente as estimativas de lucro.

Inovação brasileira em destaque: CEO da Cimed divide palco com líderes globais na Harvard&MIT

A 10ª edição do Brazil Conference at Harvard&MIT, que acontecerá nos próximos dias 6 e 7 de abril, promete ser um marco no diálogo sobre o desenvolvimento do Brasil. Dentre os ilustres palestrantes, João Adibe Marques, presidente da Cimed, terceira maior farmacêutica do Brasil, se destaca ao levar a história de sucesso da empresa e sua própria jornada de empreendedorismo ao público internacional.

A conferência, uma iniciativa anual organizada pela comunidade de estudantes brasileiros de Harvard e MIT, tem como tema deste ano “O Encontro dos Vários Brasis”. O evento busca promover a desconstrução de ideias para possibilitar a reconstrução de um país mais unido e inovador. Marques, ao lado de personalidades como Vera Lúcia Araújo, Sonia Guimarães, e artistas renomados como Ivete Sangalo e Seu Jorge, compartilhará sua visão sobre como a inovação e o empreendedorismo podem ser motores para o desenvolvimento nacional.