Depois de 221 startups inscritas e 15 selecionadas para o Pitch Day, duas foram as escolhidas para a fase de pilotos do Linna, programa de inovação criado pela farmacêutica brasileira Libbs. Nos últimos meses, as startups Diwe e Nanobiocell estiveram imersas no dia a dia da Libbs, desenvolvendo e implementando soluções com o apoio do time interno da farmacêutica.
Após definir em conjunto o escopo de cada piloto, as duas empresas estão tendo a oportunidade de testar e co-executar suas soluções e tecnologias em colaboração com a Libbs.
A Diwe propôs uma solução que utiliza inteligência artificial para abordar o desafio de gestão de estoque dos produtos da Libbs nas farmácias. Já a Nanobiocell apresentou uma proposta de solução que tem o objetivo de aprimorar a adesão ao tratamento e o conforto dos pacientes, fazendo uso de uma tecnologia que simplifica a administração dos fármacos.
A Nanobiocell, por sua vez, desenvolveu em parceria com a equipe de Desenvolvimento Galênico da Libbs uma série de experimentos para investigar a eficácia e a aplicabilidade de novos modelos de administração dos medicamentos. Segundo a empresa, o foco é enriquecer a experiência de uso, trazendo soluções não apenas eficazes, mas também mais convenientes aos pacientes.
Segundo Katiusca Miranda, engenheira química que fundou a Nanobiocell ao lado da colega Janaina Howarth, a vontade de desenvolver novos formatos de medicamentos veio de dentro de casa. “A gente tinha uma dor com nossos filhos que sempre tiveram dificuldade em tomar medicamento. A Jana passava pelo mesmo perrengue. Quando começamos a trabalhar com nanotecnologia, começamos a fazer alguns testes em filmes bem finos, primeiro com dipirona e deu certo. A gente precisava adaptar a solução para uma escala grande, e isso foi um desafio”, explica.