Startups testam soluções e melhoram processos em fase piloto do Linna

Depois de 221 startups inscritas e 15 selecionadas para o Pitch Day, duas foram as escolhidas para a fase de pilotos do Linna, programa de inovação criado pela farmacêutica brasileira Libbs. Nos últimos meses, as startups Diwe e Nanobiocell estiveram imersas no dia a dia da Libbs, desenvolvendo e implementando soluções com o apoio do time interno da farmacêutica.

Após definir em conjunto o escopo de cada piloto, as duas empresas estão tendo a oportunidade de testar e co-executar suas soluções e tecnologias em colaboração com a Libbs.

A Diwe propôs uma solução que utiliza inteligência artificial para abordar o desafio de gestão de estoque dos produtos da Libbs nas farmácias. Já a Nanobiocell apresentou uma proposta de solução que tem o objetivo de aprimorar a adesão ao tratamento e o conforto dos pacientes, fazendo uso de uma tecnologia que simplifica a administração dos fármacos.

A Nanobiocell, por sua vez, desenvolveu em parceria com a equipe de Desenvolvimento Galênico da Libbs uma série de experimentos para investigar a eficácia e a aplicabilidade de novos modelos de administração dos medicamentos. Segundo a empresa, o foco é enriquecer a experiência de uso, trazendo soluções não apenas eficazes, mas também mais convenientes aos pacientes.

Segundo Katiusca Miranda, engenheira química que fundou a Nanobiocell ao lado da colega Janaina Howarth, a vontade de desenvolver novos formatos de medicamentos veio de dentro de casa. “A gente tinha uma dor com nossos filhos que sempre tiveram dificuldade em tomar medicamento. A Jana passava pelo mesmo perrengue. Quando começamos a trabalhar com nanotecnologia, começamos a fazer alguns testes em filmes bem finos, primeiro com dipirona e deu certo. A gente precisava adaptar a solução para uma escala grande, e isso foi um desafio”, explica.

Finalmente, a insulina da BIOMM vai sair do papel

A fábrica de R$ 800 milhões que a BIOMM construiu em Nova Lima, ao lado de Belo Horizonte — e que estava pronta desde 2020 — finalmente vai começar a operar.

Em meados do ano passado, a companhia conseguiu da Anvisa as certificações que faltavam. Agora, acaba de concluir um follow-on que vai lhe dar o capital de giro necessário para começar a produção de insulina glargina, que o diabético pode tomar uma vez por dia, sem horário fixo, e que tem uma duração maior que a insulina humana.

A ideia é que, já neste ano, a fábrica de Nova Lima produza mais de 10 milhões de frascos e carpules (seringas) do biomedicamento, feito por meio da técnica de DNA recombinante. Mas a capacidade da fábrica é muito maior, de 40 milhões de frascos e carpules — o suficiente para cobrir mais de 80% da demanda nacional.

Biomm (BIOM3): BTG Pactual reduz participação para 8,76%

A Biomm BBIOM3 comunicou que o BTG Pactual informou, na última segunda-feira (19), uma redução de participação acionária relevante na companhia pelos fundos de investimento sob sua gestão, passando a deter 8,76% do total das ações ordinárias de emissão da Biomm.

A gestora disse ainda que as participações societárias não têm objetivo de alterar a composição de controle ou estrutura administrativa da Biomm.

Hypera (HYPE3) aprova distribuição de JCP no montante de R$ 61,6 milhões

A Hypera (HYPE3) aprovou nesta segunda-feira (19) a distribuição de juros sobre capital próprio, de R$ 0,09725 por ação ordinária, equivalente ao montante total bruto de R$ 61,6 milhões.

O pagamento dos juros sobre capital próprio será realizado até o final do exercício social de 2025, em data a ser oportunamente definida pela Hypera, com base na posição acionária constante dos registros da Companhia ao final de 22 de fevereiro de 2024.

As ações de emissão da companhia serão negociadas “ex-juros sobre capital próprio” a partir de 23 de fevereiro de 2024.

Executivo lucra com aposta em empresa rival e é acusado de insider trading

Executivo de biotecnologia Matthew Panuwat comprou opções sobre ações de outra empresa farmacêutica – e ganhou um lucro inesperado de US$ 120 mil. A Securities and Exchange Commission (SEC, a comissão de valores mobiliários dos EUA) afirma agora que ele cometeu abuso de informação privilegiada, embora não tenha comprado ações do seu empregador e não tivesse informações privilegiadas sobre a empresa em que apostou.

O caso, que será julgado no próximo mês, tornou-se o mais recente teste da lei sobre abuso de informação privilegiada. O Congresso americano nunca definiu o que significa, deixando aos reguladores e tribunais de todo o país decidir o que se qualifica, um processo volátil que por vezes leva os tribunais de recurso a controlarem o que consideram excessos.

Os advogados de defesa apelidaram o caso de Panuwat de o primeiro envolvendo “shadow insider trading”, ou negociação de informações privilegiadas na sombra, um rótulo que descreve executivos que fazem apostas oportunas em ações de outras empresas. A SEC alega que Panuwat comprou opções vinculadas às ações da Incyte, uma farmacêutica rival, porque sabia que elas dariam retorno quando o mercado soubesse que a Pfizer estava comprando sua empresa, a Medivation, em 2016.