Wegovy será coberto pelo Medicare dos EUA para pacientes com doenças cardíacas

Agência que administra cobertura de planos de saúde não aceita tratamentos para perda de peso, mas outras causas secundárias podem ser incluídas

Analistas previram que o mercado de medicamentos para perda de peso poderia atingir pelo menos US$ 100 bilhões por ano até o final da década, com a produção de Wegovy e os medicamentos Zepbound e Mounjaro da Eli Lilly não conseguindo acompanhar a demanda surpreendente.

Um porta-voz da Novo disse que a empresa ficou encorajada ao ver a orientação, mas mais trabalho era necessário porque o Medicare ainda não cobre medicamentos para obesidade para o gerenciamento crônico do peso.

A cobertura do Wegovy pelo Medicare abre o medicamento para negociações de preços do governo sob o Ato de Redução da Inflação do Presidente Joe Biden.

Venda de açõe pode garantir R$ 21 bilhões aos cofres de farmacêutica

A venda de ações na Haleon possibilitará que a Pfizer some US$ 4,27 bilhões (cerca de R$ 21,3 bilhões) aos seus cofres. Segundo a empresa de saúde do consumidor, a gigante farmacêutica reduzirá sua participação no negócio. As informações são do Valor Econômico.

Os norte-americanos possuíam 32% dos papéis da companhia e, após a transação, ainda manterão 22,6%, além da disposição de mais de 790 milhões de ações do grupo.

Os papéis comercializados pelo laboratório tiveram um valor 7% menor do que o de fechamento do mercado na última sexta-feira, dia 15, sendo vendidos por 308 pence cada (cerca de R$ 19,59).
Em 2019, a GSK se fundiu com a área de saúde do consumidor da Pfizer, dando origem a uma joint venture que, em 2022, se tornaria uma empresa a parte, com listagem própria na bolsa de valores londrina.

Diferente da farmacêutica britânica, que já vinha diminuindo sua participação, os norte-americanos venderam suas ações apenas agora, com o objetivo de maximizar os ganhos para seus acionistas.

Bolsa de valores dos EUA está no radar da Blau

Descontente com seus resultados na Ibovespa, a Blau Farmacêutica coloca sua mira na Nasdaq, a bolsa de valores dos EUA. Quem revelou esse ousado plano foi Marcelo Hahn, CEO e controlador da indústria, em entrevista ao Brazil Journal.

Em abril de 2021, quando registrou seu IPO, a farmacêutica negociava os papéis por um valor 70% superior ao atual. Para o executivo, o “imediatismo” dos investidores nacionais explica a desvalorização.

“No Exterior, as gestoras que investem em biotechs têm uma avaliação muito diferente da forma como a avaliação é feita aqui. No Brasil, é muito em cima do resultado de curto prazo. Os analistas não conseguem colocar nossa visão de longo prazo na tese de investimento”, afirma.

BRCann quer mais prazo para estudos sobre eficácia de canabinoides

A BRCann quer ampliar o prazo para apresentar os estudos sobre eficácia de canabinoides junto à Anvisa, segundo reportagem do JOTA. A associação – que reúne empresas especializadas no desenvolvimento, produção e distribuição de insumos e produtos à base de cannabis – afirma que pandemia trouxe dificuldades para cumprimento de cronograma.

“Com as dificuldades provocadas pela pandemia, muitas das atividades tiveram o planejamento prejudicado e, diante das dificuldades, muitos dos trabalhos de pesquisa estão em atraso”, explica Bruna Rocha, diretora executiva da entidade.

Caso nenhuma alteração seja realizada, um produto já teria a autorização sanitária em 2025.

De acordo com dados da associação, até dezembro de 2023, 26 apresentações de produtos haviam recebido autorização sanitária da Anvisa. Ainda de acordo com a entidade, o mercado movimentou em 2023 cerca de R$ 150 milhões em vendas de farmácias, um aumento de 119% em comparação com 2022. Ano passado, foram comercializadas 356,6 mil unidades do produto.

Governo usa BNDES em busca de medicamentos inovadores

O BNDES será o propulsor de financiamentos que fortalecerão a indústria farmacêutica na busca por medicamentos inovadores. Essa será a estratégia utilizada pelo governo Lula, já em execução. As informações são da Folha de S. Paulo.

A Althaia, por exemplo, recebeu nesta semana R$ 141 milhões do banco de desenvolvimento, o segundo crédito liberado à indústria em 2024. Tais aportes visam evitar um possível desabastecimento de remédios, como ocorrido durante a pandemia.

“São R$ 5 bilhões destinados à inovação”, explica o diretor de desenvolvimento produtivo, inovação e comércio exterior, José Luis Gordon. Também segundo ele, essa mudança de comportamento se deve a nova política industrial do poder público federal.

Indústria farmacêutica investe milhões em viagens, presentes e jantares para médicos no Brasil

A indústria farmacêutica gasta milhões de reais todo mês para bancar viagens, palestras e jantares de médicos no Brasil. Em alguns casos, paga até presentes para consultórios, como cadeiras, televisores e aparelhos de ar condicionado.

Em Minas Gerais, a indústria da saúde desembolsou cerca de R$ 200 milhões com médicos do estado entre 2017 e 2022. 70% do valor foi destinado a apenas 3% dos profissionais do estado. Dez médicos foram beneficiados com mais de R$ 1 milhão cada um.

O que é etarismo e por que o Brasil não está preparado para o envelhecimento da população

Etarismo – também chamado de idadismo ou ageísmo – é um conceito relativamente novo, principalmente no Brasil, onde o envelhecimento se deu com rapidez. Três décadas atrás, era considerado um país de jovens. Hoje, a população acima de 60 anos soma 35 milhões ou 15% do total (27% acima de 50), e cada vez mais a taxa de natalidade é baixa. Dois estados, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, têm mais pessoas idosas do que crianças e adolescentes até 14 anos.

É necessária uma reforma educacional. “O que se precisa não é necessariamente multiplicar o número de geriatras, mas garantir que todos os profissionais de saúde, de enfermeiros a psicólogos, estejam preparados para atender pessoas velhas”, afirma Kalache. Áreas como a de cuidados paliativos, diz Cintra, ainda são especializações raras e recentes. A atuação do geriatra, contudo, é importante para a “orquestração” dos cuidados. “Os idosos não costumam se dar bem com a medicina segmentada e por isso precisam de um profissional que administre diferentes diagnósticos e medicamentos.”