Farmacêutica chinesa cria biossimilar do Ozempic

A farmacêutica chinesa Hangzhou Jiuyuan Gene Engineering desenvolveu o primeiro biossimilar do Ozempic (semaglutida), medicamento para diabetes da Novo Nordisk. O laboratório submeteu às autoridades o pedido de aprovação para a comercialização do medicamento no país. As informações são da Reuters.

A empresa destaca que “é a primeira semaglutida biossimilar nacional a ser submetida para comercialização”, e possivelmente do mundo, já que as patentes do Ozempic ainda estão vigentes.

Na China, a patente da semaglutida acaba apenas em 2026, o que significa que, mesmo se aprovado, o biossimilar não poderia ser vendido neste ou no próximo ano.

No entanto, há uma briga judicial no país, iniciada pela Jiuyuan Gene, para tornar a patente da Novo Nordisk inválida, o que abriria caminho para a comercialização imediata do medicamento.

De acordo com a mídia local, a patente chegou a ser considerada inválida em 2022 pelas autoridades chineses, porém a farmacêutica dinamarquesa recorreu da decisão. O processo ainda está em andamento.

No comunicado, a farmacêutica chinesa não menciona a questão da propriedade sobre a molécula, mas já destaca planos de levar o biossimilar a outros países. Diz que vai “se esforçar para levar biossimilares de semaglutida a muitos pacientes necessitados na China o mais rápido possível “ao mesmo tempo em que “realizará ativamente pedidos de registro no exterior”.

Medicamentos inovadores unem Anvisa e startups

Medicamentos inovadores biológicos, fitoterápicos e sintéticos estão na alça de mira da Anvisa. A agência anunciou na última terça-feira, dia 9, um edital de convocação para apoiar startups com atuação na área. As informações são da Agência Brasil.

Por meio de nota, o órgão regulador apontou que a iniciativa é uma forma de fomentar a inovação no mercado de saúde brasileiro. E a solução ficará em casa mesmo, uma vez que o edital foca nas empresas nacionais.
O projeto-piloto de avaliação regulatória escolherá três medicamentos inovadores, um de cada tipo anteriormente citado.

“O objetivo primário é apoiar essas empresas na navegação pelo regramento sanitário desde as fases iniciais de desenvolvimento dos produtos”, explica a Anvisa.

Entre os critérios detalhados no edital para a candidatura, estão pontos referentes ao desenvolvimento do remédio, a capacidade da startup, além de o fármaco ser utilizado no combate de doenças com impacto significativo na sociedade.

Nova fábrica da Hemobrás reforça debate sobre insumos farmacêuticos

A nova fábrica da Hemobrás, a Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia, inaugurada no último dia 4, reforçou um antigo debate: a autossuficiência nacional quando o assunto são os insumos farmacêuticos. As informações são do Corrreio Braziliense.

Apesar de acreditarem no potencial da indústria farmacêutica, os especialistas ressaltam o tamanho do desafio para atender a 100% da demanda local. Atualmente, apenas 5% desse total vem daqui, segundo a Abiquifi.

De acordo com o secretário de ciência, tecnologia, inovação e insumos estratégicos do ministério da Saúde, Carlos Gadelha, os gastos com importação cresceram durante a pandemia e não retornaram ao registrado anteriormente.

“Só na pandemia, as importações aumentaram em US$ 5 bilhões (cerca de R$ 25 bilhões). Estamos importando um patamar de US$ 23 a 25 bilhões (entre R$ 115 e R$ 125 bilhões) por ano”, afirma.

Projeto restringe uso de dados médicos por farmácias

O uso dos dados médicos referentes aos profissionais prescritores é o foco do Projeto de Lei (PL) 330/24.

O texto prevê que farmácias e farmacêuticos não poderão usar os dados presentes em receitas, pedidos de exames e laudos sem o consentimento dos médicos, que poderá ser concedido no próprio documento. As informações são da Câmara dos Deputados.

O PL em análise na casa equipara esses dados aos relativos aos do paciente, que já são de uso restrito com base no consentimento.

Segundo Gilberto Abramo, do Republicanos-MG e autor do projeto, as farmacêuticas se utilizam dessas informações para fazer propaganda médica.

Para ele, com o consentimento, “não há impedimento à livre iniciativa ou uma burocratização e aumento de ineficiência nos processos”, argumenta. Tramitando em caráter conclusivo, o projeto ainda será analisado nas comissões de Saúde, Constituição e Justiça e Cidadania.

Governo lança plataforma que registra pedidos de patente de medicamentos

O painel, chamado de Plataforma de Dados de Patenteamento do Setor Farmacêutico, foi desenvolvido pelo Grupo FarmaBrasil (GFB) e busca organizar as informações a partir de uma base de dados públicos para que se possa extrair detalhes sobre novas tendências e lacunas a serem preenchidas. O objetivo do projeto é potencializar as aplicações industriais e as decisões de investimento em pesquisa no setor.

De acordo com o GFB, a plataforma vai ajudar a centralizar esses dados e estatísticas para auxiliar as entidades do setor. As solicitações de patentes são feitas, principalmente, por universidades públicas, responsáveis por mais de mil pedidos de registros.

“O Brasil peca pela falta de dados que podem ser trabalhados [para melhorar a indústria do país]”, pontuou o presidente do GFB, Reginaldo Arcuri.

O programa deve, ainda, subsidiar o trabalho do Grupo Executivo do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (Geceis), ligado ao Ministério da Saúde e ao Mdic, e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI), que acompanha a execução da Nova Indústria Brasil.

De acordo com Nísia Trindade, é fundamental que exista integração entre as políticas de ciência e tecnologia e as políticas industriais. “Nós temos a missão de levar a política industrial como forma de fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS)”, disse a ministra.

Já Alckmin ressaltou que é fundamental ter uma indústria forte. “Só temos um caminho para um crescimento melhor e mais sustentável, a competitividade”, pontuou. O ministro disse ainda que é preciso que o país estimule a exportação e a desburocratização.

Além do lançamento da plataforma, também foi assinado um acordo de cooperação técnica entre o GFB e o Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (Inpi).

Reajuste de 4,5% nos medicamentos deve proteger margens de farmácias, diz Fitch

O reajuste de 4,5% nos preços dos medicamentos que foi implementado neste mês pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamento (CMED) deve proteger as margens das varejistas farmacêuticas, diz a Fitch.

Os analistas Renato Donatti e Pedro Gonzalez escrevem que o aumento é condizente com as expectativas e está em linha com a inflação do período, por isso não deve exercer maiores pressões no curso normal dos negócios.

“Reajustes bem abaixo da inflação podem impactar negativamente a rentabilidade das empresas e limitar a geração de caixa, uma vez que o setor é intensivo em despesas fixas que acompanham a inflação”, comentam.

A agência de classificação de riscos afirma que as empresas devem aproveitar o aumento dos preços para compensar parcialmente as maiores alíquotas do ICMS em alguns Estados.

Dentre as empresas classificadas pela Fitch, Raia Drogasil deve ser a maior beneficiada pelo reajuste, devido ao maior percentual da receita vinculado à venda de medicamentos.

A Pague Menos, por sua vez, possui um mix ligeiramente menos favorável do que a rival, por conta da controlada Extrafarma. Já a Nisei não captura os benefícios da mesma forma, já que somente 58% das vendas são de medicamentos.

Farmacêutica avalia comprar a Jequiti, do Grupo Silvio Santos

grupo farmacêutico Cimed, de João Adibe, está interessado em comprar a Jequiti, empresa de cosméticos do Grupo Silvio Santos.

A Jequiti é uma das maiores empresas de cosmético do Brasil. Fundada em 2006, está presente em todo o território brasileiro por meio de 260.000 consultoras.

O negócio comercializa produtos de cuidados pessoais e perfumes e possui um amplo portfólio de produtos.

Indústria farmacêutica brasileira investe três vezes mais em inovação e pesquisa do que multinacionais

A principal aposta da indústria farmacêutica hoje é a rota biotecnológica. Até hoje, os remédios atuam a partir da indução de processos biológicos a partir da fermentação. As reações não mais controláveis externamente.

“A rota biotecnológica é uma revolução. Você parte de uma pré-definição do que você quer. Você basicamente partiu para desenhar proteínas que eram excretadas numa forma parecida com o que você quer em células vivas. E, com o poder manipular o DNA dessas células vivas, você pode ter uma proteína desenhada para agir no corpo humano com um objetivo específico”, explica o entrevistado.

Graças a esta nova linha de pesquisa, os remédios do futuro serão capazes de alterar o DNA das células do próprio paciente, que serão reintroduzidas para estimular o processo químico necessário para a eficácia do tratamento.

Arcuri observa que a biotecnologia abriu uma gama de novos tratamentos, a partir dos quais será possível curar doenças crônicas, como Aids e diversos tipos de câncer.

Gustavo Kuerten é o novo embaixador da Biolab Genéricos

“Esporte e saúde andam juntos, por isso, faz todo o sentido convidar um dos grandes nomes do tênis brasileiro. Guga foi um atleta de elite e é exemplo de superação, dentro e fora das quadras. Estamos felizes por ter a nossa marca associada, porque temos muito em comum, começando pela preocupação com o bem-estar”, completa Régis Arthur Teixeira, Diretor da Biolab Genéricos.

Apesar da empresa ter iniciado há pouco tempo nesse mercado, hoje a linha de genéricos já representa 15% do faturamento da Biolab. Seu portfólio contabiliza mais de 50 moléculas de diferentes classes terapêuticas e recebe ampla aceitação entre os pacientes e a classe médica.

“A Biolab Genéricos tem como missão oferecer a mesma qualidade, tecnologia e eficiência utilizados na produção dos medicamentos de marca. Para nós, democratizar os tratamentos de alta tecnologia é uma forma de construir novos caminhos para promover acesso e transformar a saúde de milhões de brasileiros, sem deixar de lado a eficácia e segurança conhecidos por quem já confia em nós”, pontua Cleiton de Castro Marques, CEO Biolab.