Perfil do consumidor de medicamento OTC: carioca com mais de 40 anos, das classes A e B, sem filhos

Os cariocas com mais de 40 anos, das classes A e B, moradores da Grande Rio de Janeiro e sem filhos são os maiores consumidores de medicamentos sem prescrição de receita. Eles fazem parte de um grupo que gasta R$ 1,9 bilhão, por ano, com antigripais, vitaminas, analgésicos e antiácido.

Esse público tem um tíquete-médio 15% maior, o índice de frequência de compras é três vezes superior e o total gasto com medicamentos OTC equivale a 1,2% de todas as suas despesas (entram nessa conta despesas como alimentação, lazer etc). Os dados fazem parte de um estudo realizado, pela primeira vez sobre esse mercado, pela consultoria Kantar.

“Há essa concentração por uma combinação de fatores. A começar porque 23% das farmácias do país estão no Rio e também porque muitos cariocas praticam esportes, se preocupam com a saúde”, disse Raquel Ferreira, diretora comercial da Kantar.

Os maiores consumidores, que representam 20% do total de clientes, gastam R$ 3,2 bilhões em farmácias, por ano, sendo que 52% desse valor vai para medicamentos sem prescrição.

Entre os medicamentos isentos de prescrição, o brasileiro consome mais analgésicos. Dos lares consultados pela Kantar, 61% informaram ter remédios para dor. Na sequência vêm antigripal (28%) e multivitaminas (25%). Na média da América Latina, a presença de medicamentos para gripe e vitaminas sobe para 34% e 35%, respectivamente. “Observando os demais países da América Latina é possível concluir que, no Brasil, há potencial de maior consumo desses dois medicamentos, em especial, de vitaminas”, disse Raquel.

Nos últimos 12 meses, encerrado em março, as vendas de vitaminas na Colômbia e Equador subiram 71,2% e 68,5%. No México, subiu 37,7%. Já no Brasil, esse percentual foi de apenas 9%.

Independentemente do perfil do consumidor, os medicamentos para prevenção vem ganhando maior participação. As multivitaminas e antigripais hoje representam 43% das despesas de medicamentos OTC. “Esse comportamento de consumo, inclusive, se equipara ao de países desenvolvidos na categoria, como Equador e Colômbia”, segundo a Kantar.

Pacientes perderam mais peso com Mounjaro do que com Ozempic, diz estudo

Os pacientes perderam peso de forma mais significativa com o medicamento Mounjaro da Eli Lilly do que com o tratamento Ozempic da Novo Nordisk, de acordo com um novo estudo, divulgado no site Jama Internal Medicine. As ações da Eli Lilly subiram mais de 1%, enquanto a Novo Nordisk caiu 1,7% em Nova York.

A análise de 18.386 pacientes obesos ou com sobrepeso selecionados que tomaram os medicamentos descobriu que os usuários do Mounjaro perderam 5,9% do peso corporal após três meses, contra 3,6% do Ozempic. Após seis meses, os usuários do Mounjaro perderam 10,1% do peso ante 5,8% dos usuários do Ozempic. Em 12 meses, os usuários do Mounjaro reduziram seu peso em 15,3% ante 8,3% para aqueles que tomaram Ozempic.

O ingrediente ativo do Mounjaro é a tirzepatida, enquanto o do Ozempic é a semaglutida. A Eli Lilly vende tirzepatida como Mounjaro para diabetes e Zebound para perda de peso. A Novo Nordisk rotula a semaglutida como Ozempic para diabetes e Wegovy para perda de peso.

Viagra estava com imposto zerado e agora será taxado em 40% do IBS/CBS

O grupo de trabalho da Câmara sobre regulamentação da reforma tributária aumentou o imposto sobre o Viagra no parecer divulgado nesta quinta-feira.

O governo Lula (PT) tinha proposto que o Viagra (Sildenafil) ficasse com a alíquota de CBS/IBS zerada, ou seja, não pagasse impostos na compra.

O parecer do GT incluiu o Viagra na lista de medicamentos com tributação favorecida, mas não zerada. Com isso, o medicamento terá tributação de 40% da alíquota do CBS e IBS (que, estima-se, ficará em 10,6%).

Parecer da tributária reduz prazo de revisão de remédios com benefício tributário

Farmácias, drogarias, laboratórios, distribuidores e importadores não podem cobrar pelos medicamentos incluídos nessas listas valores acima do permitido pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED).

Essa lista é divulgada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A redução no prazo visa evitar que medicamentos mais modernos fiquem muito tempo à espera de regulação dos preços.

Além disso, o parecer dá aval para que o Poder Público possa desonerar medicamentos e dispositivos médicos em casos de emergência de saúde pública. A redução de impostos valerá pelo período de vigência da calamidade sanitária.

Por outro lado, o GT rejeitou qualquer alteração nas listas de medicamentos com tributação favorecida. Há três rols: um com alíquota zerada de IBS/CBS, para remédios contra o câncer; um com redução de 60% na alíquota de IBS/CBS, para uma lista de medicamentos; e outro com alíquota cheia, em que estão dipirona, paracetamol e outros anti-inflamatórios.

Farmácia Popular começa a oferecer, de graça, remédios para colesterol alto, Parkinson, glaucoma e rinite

A partir desta quarta-feira (10), o programa Farmácia Popular vai passar a disponibilizar remédios indicados para o tratamento de colesterol alto, doença de Parkinson, glaucoma e rinite gratuitamente em todo o país.

De acordo com a pasta, a expectativa é de que cerca de 3 milhões de pessoas que já fazem uso do programa sejam impactadas, o que pode levar, em média, a uma economia de até R$ 400 por ano aos usuários do programa.

‘Quanto menos exceções, melhor’, diz Haddad sobre regras da reforma tributária

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira (10) que a ampliação da lista de medicamentos com tributação reduzida de Imposto sobre Valor Agregado (IVA) pode aumentar alíquota padrão do novo tributo, projetada para 26,5%. De acordo com ele, a equipe econômica está realizando cálculos e enviará o impacto da medida de isenção para a Câmara dos Deputados.

O mais recente parecer do texto principal da regulamentação da reforma, assinado pelo relator Reginaldo Lopes (PT-MG), prevê a inclusão de remédios populares na lista de produtos com alíquota reduzida de 60%.

O texto mantém uma lista de 383 remédios isentos de tributação e estabelece que todos os outros medicamentos registrados na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ou produzidos por farmácias de manipulação terão a alíquota reduzida. A medida atendeu a uma demanda do setor farmacêutico.

Goldman recomenda vender ações europeias que dependem da China

Os investidores devem vender ações europeias que derivam a maior parte de suas receitas da China devido ao consumo lento e ao aumento das tensões comerciais, disseram estrategistas do Goldman Sachs.

A equipe, liderada por Lilia Peytavin, recomenda, em vez disso, comprar empresas com alta exposição aos EUA, como a farmacêutica Novo Nordisk e a petrolífera BP.

Os estrategistas alertam para um apetite fraco por gastos na China, a intenção do país de tributar bens de luxo e a probabilidade de retaliação contra o aumento tarifário da União Europeia (UE) sobre as importações de veículos elétricos.

Bolsa tem o menor número de empresas listadas em três anos

O Brasil registra, atualmente, a maior seca em ofertas públicas iniciais de ações (IPOs, na sigla em inglês) em ao menos 20 anos. A última estreia na bolsa brasileira foi da empresa de medicamentos Viveo, em agosto de 2021, ou seja, há praticamente três anos.

Segundo dados operacionais divulgados hoje pela B3, em junho a Bolsa tinha 439 empresas listadas, uma queda de 0,7% no mês e de 1,1% em um ano. É o menor nível desde junho de 2021, quando também eram 439 companhias negociadas. O recorde foi registrado em dezembro daquele ano, quando a B3 tinha 463 empresas. Em relação a esse pico, o mercado acionário perdeu 24 empresas.v