Complexo econômico e industrial da saúde luta pela independência
Nova política setorial aposta em inovação e parcerias com o setor privado para aumentar a autonomia nacional.
“Com a implementação de PDPs e a produção local de insumos farmacêuticos, o Brasil pode reduzir esses valores”, destaca Costa. No entanto, diz, é fundamental haver políticas públicas coordenadas que incluam regulação, política de compras públicas e financiamento. Segundo ele, onze empresas associadas à Abifina têm PDPs .
De acordo com o executivo, a iniciativa atual é melhor do que a anterior, uma vez que agora “há uma abordagem mais sistêmica nas políticas de desenvolvimento”. Costa lembra que, no passado, as PDPs resultaram na produção de medicamentos antirretrovirais. “O Efavirenz é um exemplo”, ressalta.
O remédio foi criado a partir do consórcio entre três farmoquímicas — Cristália, Globe e Nortec —, visando à fabricação e fornecimento do princípio ativo para um laboratório oficial, o Farmanguinhos/Fiocruz, fabricar o medicamento. Outras parcerias deram origem a novas unidades fabris inauguradas em abril passado. Uma delas, da Bioom, em Minas Gerais, retoma a produção de insulina no Brasil, além de fabricar outros biofármacos.