A habilidade mais requerida hoje é a adaptabilidade

Especialistas falam sobre as competências que as companhias mais valorizam na liderança.

Na avaliação de Renata Campos, há um ano na cadeira de CEO Brasil da Eurofarma, empresa do setor de medicamentos presente em 22 países, gestores em transição de carreira devem considerar também as possibilidades de desenvolvimento na nova posição. “É importante questionar como a sua experiência contribui com a evolução da companhia e vice-versa, o que você vai aprender e qual legado deixará”, aconselha.
Campos, que acumula 24 anos de indústria farmacêutica e atuava em Singapura como presidente de mercados emergentes da biofarmacêutica global Takeda antes de chegar à Eurofarma, afirma que considerou um pacote de atrativos para aceitar a convocação. “Foram fatores determinantes as possibilidades de crescimento e o ‘fit’ da empresa com os meus valores”, destaca. Além disso, a oportunidade de voltar ao Brasil e atuar na matriz da companhia coincidiu com um momento pessoal. “Meu filho de dois anos só tinha um quando recebi o convite, o que contou muito na decisão final.”

O futuro passa pelos data centers

Com os avanços da IA, o foco em infraestrutura não pode ser negligenciado.
No setor de saúde, a Insilico Medicine, usando IA baseada em tecnologia Nvidia, descobriu um novo candidato a medicamento para doenças respiratórias raras. Com métodos tradicionais, esse processo teria levado seis anos e custado mais de US$ 400 milhões. A IA reduziu esse tempo para um terço e o custo para um décimo, mostrando o enorme potencial dessa tecnologia para acelerar o progresso científico.

Entenda porque nem todas as iniciativas regulatórias do Trump 2.0 sobreviverão

Trump sinalizou outros planos para mudanças significativas no sistema de saúde dos Estados Unidos, nomeando recentemente o cético da vacina Robert F. Kennedy Jr. como secretário de Saúde e Serviços Humanos. Kennedy prometeu desafiar as indústrias farmacêutica e alimentícia, culpando-as pela crise de doenças crônicas dos Estados Unidos. Trump ecoou esse sentimento, criticando o “complexo industrial de alimentos” e as empresas farmacêuticas por enganar o público em questões de saúde.

O anúncio levou a um declínio acentuado nas ações farmacêuticas e de biotecnologia, com temores de controles de preços de medicamentos abalando Wall Street.

No entanto, a história mostra que a reforma da saúde é notoriamente difícil. Durante seu primeiro mandato, Trump enfrentou vários obstáculos legais e políticos às suas propostas de saúde. Um esforço, uma ordem executiva para impedir que o Medicare pagasse mais por medicamentos prescritos do que as nações de alta renda, foi bloqueada por um juiz federal.

Outra tentativa de permitir que os consumidores dos EUA importassem medicamentos mais baratos do Canadá vacilou devido a desafios legais e regulatórios.