O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) informou nesta quarta-feira (26) ter aprovado um financiamento de R$ 690 milhões para a TGR Subholding 1, subsidiária da Casa dos Ventos. O crédito será utilizado na implementação de dois parques eólicos no Rio Grande do Norte, que integram o complexo Serra do Tigre.
A companhia controla a Ventos de Santa Bertilla e Ventos de Santa Isabel, responsáveis pela implantação e pela operação dos parques eólicos e do sistema de transmissão associado, que integram o complexo eólico Serra do Tigre, que compreende municípios do Rio Grande do Norte e da Paraíba.
Do total financiado pelo BNDES, R$ 500 milhões são recursos do Fundo Clima, que opera com taxas subsidiadas de 1% a 8% ao ano, e R$ 190 milhões do BNDES Finem. O projeto prevê investimentos totais de R$ 889,4 milhões.
O financiamento contempla dois parques eólicos: o Ventos de São Rafael 03 e 06, com capacidade instalada de 121,5 MV, e sistema de transmissão associado composto por duas linhas de transmissão com 114 quilômetros e 25 quilômetros de extensão cada um, além de duas subestações coletoras. O complexo se conecta com o Sistema Interligado Nacional (SIN) por meio da Subestação Santa Luzia II, de propriedade do grupo Neoenergia.
Segundo o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, o BNDES é o maior financiador de energia limpa do mundo, com mais de US$ 36 bilhões destinados a projetos para o setor no Brasil desde 2004, segundo uma pesquisa da Bloomberg.
“O projeto aprovado para o Complexo Serra do Tigre está em linha com a missão do Banco de contribuir com a diversificação da matriz energética brasileira, utilizando uma fonte de energia renovável e evitando a emissão de gases de efeito estufa equivalentes a 188,4 mil toneladas de CO2 por ano”, afirmou Mercadante em nota.
“O Complexo Eólico Serra do Tigre será um dos maiores do Brasil e um incremento importante para a matriz elétrica renovável brasileira, acelerando a transição energética do país”, disse Ivan Hong, diretor financeiro da Casa dos Ventos, também em comunicado.
Fonte: Valor Econômico

