O Banco Central Europeu (BCE) manteve a taxa de depósito da zona do euro inalterada em 2% pela segunda reunião consecutiva, como amplamente esperado. A presidente do BCE, Christine Lagarde, sugeriu que os riscos econômicos diminuíram, sem se comprometer com uma trajetória de juros específica. As projeções de crescimento econômico aumentaram, enquanto as de inflação permaneceram praticamente inalteradas.
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A taxa de refinanciamento também foi mantida inalterada, em 2,15%, enquanto a taxa de empréstimo permaneceu em 2,40%, em uma decisão unânime, segundo Lagarde. “A inflação está atualmente em torno da meta de médio prazo de 2% e a avaliação do conselho do BCE sobre as perspectivas de inflação permanece praticamente inalterada”, disse a autoridade monetária, em comunicado.
Após a decisão, o euro se fortaleceu ante o dólar, e os juros de títulos europeus avançaram. O euro chegou a subir 0,30%, negociado a US$ 1,17377. O rendimento dos títulos francês (OATs) de 2 anos subiu 3,5 ponto-base, para 2,220%, enquanto a taxa dos títulos alemães (Bunds) de 2 anos avançou 3 pontos-base, para 1,993%. No mercado de ações, o índice Stoxx 600 avançou 0,55% para 555,33 pontos.
O BCE também atualizou suas projeções econômicas, e elevou sua previsão de inflação para este ano de 2% para 2,1%; de 1,6% para 1,7% em 2026 e reduziu de 2% para 1,9% em 2027. Para o núcleo da inflação, que exclui itens voláteis como energia e alimentos, a projeção permaneceu inalterada em 2,4% para 2025 e em 1,9% para 2026; e caiu de 1,9% para 1,85% em 2027.
Lagarde disse também que “os riscos para o crescimento econômico se tornaram mais equilibrados, já que os acordos comerciais reduziram a incerteza”, em vez de afirmar que estavam “inclinados para o lado negativo” como anteriormente. O BCE aumentou sua projeção de crescimento para a zona do euro para este ano de 0,9% para 1,2% e diminuiu sua estimativa para 2026, de 1,1% para 1%. Para 2027, a expectativa se manteve inalterada em 1,7%.
Fonte: Valor Econômico
