Atenta às canetinhas emagrecedoras, Faixa Azul lança chips de queijo

A disseminação das chamadas canetinhas emagrecedoras, medicamentos de GLP-1 que reduzem o apetite e aumentam a saciedade, já começa a influenciar o mercado de alimentos no Brasil. Atenta a esse movimento e ao crescimento do consumo de lanches prontos, a Faixa Azul, marca de queijos do grupo Vigor Alimentos, lançou neste mês chips de parmesão com o objetivo de levar o queijo — até então associado a tábuas e refeições formais — para momentos de consumo mais informais e cotidianos.

A estratégia busca ampliar ocasiões de consumo e atrair novos públicos para além do tradicional consumidor de queijos especiais. O lançamento também se insere em uma categoria de snacks que movimenta cerca de US$ 92 milhões no Brasil em 2024, segundo levantamento da Statista, e que deve ganhar quase 20 milhões de novos consumidores até 2029.

“Há uma adoção crescente das canetinhas emagrecedoras e isso vai impactar bastante o mercado de alimentos. Como esses medicamentos reduzem o apetite, os consumidores passam a selecionar melhor o que vão comer, priorizando proteína e saciedade. Esse é um ponto que deve reconfigurar portfólios e estratégias das marcas”, afirma a diretora de marketing da Vigor Alimentos, Karina Dal Sasso.

O produto é feito de parmesão desidratado, assado em formato de chips, e chega inicialmente em três sabores: parmesão, cebola & salsa e pimenta & salsa. A embalagem destaca 16 gramas de proteína por pacote, além de ser naturalmente sem lactose, característica do parmesão maturado, com preço sugerido a partir de R$ 15,90.

O lançamento tem como público principal consumidores das classes A e B, e também busca se aproximar da geração Z, que impulsiona a tendência de ‘snackification’ e amplia o consumo de lanches prontos em pequenas porções ao longo do dia.

A distribuição começou em redes como Mambo, na capital paulista, e Pague Menos, no interior do estado, com expansão gradual prevista para outros varejistas e regiões ainda em 2025. A embalagem tem fechamento tipo “zip lock” e não exige refrigeração, o que permite consumo fracionado e reforça o apelo de conveniência.

“Nosso parmesão é muito associado a tábuas e ocasiões formais. A ideia com o formato em chips é permitir que ele esteja também em momentos do dia a dia, como no lanche da tarde ou no escritório. Isso amplia a forma como a categoria pode ser consumida”, complementa Dal Sasso.

A estratégia de marketing inclui degustações durante o São Paulo Open, em setembro, dentro do território esportivo que a marca passou a explorar neste ano. A Faixa Azul já havia estreado no Rio Open, sendo uma das primeiras marcas de queijo a patrocinar o tênis no Brasil. Além da presença em eventos esportivos, o plano de comunicação prevê ativações com influenciadores digitais.

“O tênis é um esporte que transmite sofisticação e vem ganhando mais audiência no Brasil. Ao levar a Faixa Azul para esse território, conseguimos dialogar com nosso público atual e também com novos consumidores em um ambiente de alta afinidade com a marca”, diz a executiva.

Fonte: Valor Econômico