A farmacêutica nasce com valor de mercado de US$ 12 bilhões (11 bilhões de francos suíços)
Por Ivo Ribeiro, Valor — São Paulo
04/10/2023 09h25 Atualizado há 2 horas
A companhia farmacêutica Sandoz informou nesta quarta-feira (4) a sua separação da também suíça Novartis, com ações negociadas na SIX Swiss Exchange, tornando-se uma companhia independente. A empresa afirma ser líder global em medicamentos genéricos e biossimilares.
Conforme informações divulgadas nesta manhã, após o início das negociações dos papéis da Sandoz, a farmacêutica nasce com valor de mercado de US$ 12 bilhões (11 bilhões de francos suíços), informa a Bloomberg.
Em comunicado, o presidente global do conselho da Sandoz, Gilbert Ghostine, afirmou que a cisão marca uma nova era para a companhia como uma empresa farmacêutica independente.
A empresa destacou seu patrimônio científico e legado de inovações médicas desde a fundação da pioneira química Kern & Sandoz, em 1886; do desenvolvimento do Calcium Sandoz, em 1929; passando pela primeira penicilina oral do mundo, em 1951; até o lançamento do primeiro biossimilar, em 2006.
Richard Saynor, CEO global da Sandoz, afirmou, na nota, que, como empresa independente, a Sandoz estará totalmente capacitada para cumprir com sua estratégia que visa liderar o crescente e importante mercado de genéricos e biossimilares de forma sustentável.
Segundo a Sandoz, remédios genéricos e biossimilares equivalem a cerca de 80% dos medicamentos utilizados em todo o mundo, em volume, com um custo total de cerca de 25%. Apesar das fortes pressões competitivas, a indústria deve crescer de forma constante na próxima década, impulsionada pela demanda subjacente por esses medicamentos fundamentais para o sistema.
No Brasil, a farmacêutica está presente desde 1941 e informa que pretende manter-se focada em sua estratégia na democratização do acesso às terapias e tratamentos para diversas doenças. “Estamos muito entusiasmados com nosso novo momento, agora como empresa 100% independente e de capital aberto”, afirma Marcelo Belapolsky, presidente da Sandoz do Brasil.
“Além de trabalharmos com algumas moléculas voltadas ao tratamento de doenças crônicas, como pressão alta ou colesterol, por meio do programa Farmácia Popular, desde 2020, temos atuado junto ao governo em Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDPs) para a produção local de medicamentos biossimilares”, acrescenta o executivo.
No ano passado, a Sandoz gerou US$ 9,07 bilhões em vendas no mundo, a maior parte oriunda da venda de medicamentos genéricos. Gerou lucro líquido de US$ 848 milhões.
A cisão da companhia põe fim a um processo que durou meses para a Novartis. O grupo vai focar no desenvolvimento de novos medicamentos após sair de ativos não essenciais em sua estratégia futura.
A oferta de ações da Sandoz ficou abaixo do valor esperado no processo de cisão, entre US$ 11 milhões e US$ 13 bilhões.
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Fonte: Valor Econômico