Por Agências internacionais — São Paulo
15/09/2022 18h10 Atualizado há 2 minutos
Os esforços dos bancos centrais para controlar a inflação podem levar a economia mundial a uma “devastadora” recessão no ano que vem, segundo um novo estudo do Banco Mundial que chama a atenção das autoridades nas principais economias para os efeitos colaterais do ciclo de aperto monetário.
Os bancos centrais de todo o mundo aumentaram rapidamente as taxas de juros neste ano, em um esforço para reduzir a inflação mais alta em décadas. Se o aperto monetário falhar em reduzir a inflação para as metas dos bancos centrais, as autoridades monetárias podem aumentar as taxas acima do esperado, o que pode causar uma recessão, escreveram os economistas do Banco Mundial.
“O crescimento global está desacelerando significativamente, com probabilidade de maior desaceleração à medida que mais países entram em recessão”, disse David Malpass, presidente do Banco Mundial. “Minha profunda preocupação é que essas tendências persistam, com consequências duradouras que serão devastadoras para as pessoas nos países emergentes e em desenvolvimento.”
O Banco Mundial questiona as ferramentas usadas pelos bancos centrais para conter a inflação e diz que a melhor maneira de mitigar os efeitos negativos na economia seria fornecendo uma ajuda direcionada às famílias vulneráveis, ao invés de promover uma política monetária mais rígida.
Os preços da energia e dos alimentos subiram após a invasão da Ucrânia no final de fevereiro, provocando uma crise no custo de vida.
A alta fez com que os bancos centrais do mundo começassem a aumentar suas taxas de juros para controlar a inflação, liderados pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), que nos últimos meses promoveu uma série de aumentos agressivos das taxas
Apesar do receio de recessão global, o Banco Mundial não divulgou novas previsões para a economia global, mas disse que as perspectivas para 2023 estavam piorando, já que países pobres e ricos estão limitando seus gastos para conter a inflação.
Apesar do receio de uma possível recessão global, o Banco Mundial não divulgou novas previsões para a economia global, mas disse que as perspectivas para 2023 estavam sendo revisadas para baixo, já que países pobres e ricos estão limitando seus gastos para conter a inflação.
Fonte: Valor Econômico

