A EMS tem um pipeline de pesquisas robusto em diferentes frentes de inovação. “Um dos destaques é o lançamento da semaglutida, previsto para 2026, após o término da patente no Brasil”, antecipa Moraes. “Na frente de biotecnologia, os projetos da Bionovis estão em andamento, assim como iniciativas de inovação radical lideradas pelas unidades internacionais da EMS, como a Brace Pharma e a Vero Biotech, nos Estados Unidos”, completa.
Na Eurofarma, que também está entre as cinco mais inovadoras do setor, os investimentos em P&D em 2024 passaram de R$ 755 milhões — 23% a mais que em 2023, chegando a 7% da receita líquida anual, o que ampliou o portfólio de produtos. Foram 118 lançamentos no Brasil e 298 nos demais mercados em que atua. Da estrutura de inovação fazem parte o Eurolab, parque de inovação farmacêutica com 21 mil metros quadrados, na unidade da Eurofarma em Itapevi (SP), e mais de 750 cientistas, o que permite à empresa manter 400 projetos ativos em seu pipeline de pesquisas, com foco em áreas como antibióticos, obesidade, sistema nervoso central, oncologia e doenças negligenciadas. O objetivo é ambicioso. “A inovação radical própria é algo sem precedentes na indústria farmacêutica de capital regional”, diz João Siffert, vice-presidente de inovação e P&D da Eurofarma. “Temos dois projetos com possibilidades de entrar em estudos clínicos de fase 1 brevemente.” A aposta passa pelo mercado internacional. “A qualidade e o potencial de internacionalização estão garantidos com a certificação FDA da planta de Itapevi”, afirma Siffert.