Renda fixa: “Não vejo benefício nos títulos pós-fixados com a alta da Selic”, diz Marília Fontes
A cofundadora da Nord Research falou quais são os melhores títulos renda fixa e o que esperar sobre o Ibovespa
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Mediana do relatório Focus para a taxa Selic no fim de 2024 subiu de 11,50% para 11,75%; economistas do mercado esperam duas altas de 0,50 ponto porcentual nas duas próximas reuniões do Copom
Projeção de economia com revisão de gastos da Previdência em 2025 foi reduzida pela equipe econômica de R$ 9,05 bilhões para R$ 6,8 bilhões
Secretário-geral da organização dos países exportadores, que participa no Rio de Janeiro da maior feira de petróleo do Brasil, aponta ‘excesso de preocupação’ com a economia chinesa
Com desaceleração em cinco das nove classes pesquisadas, IPCA-15 tem alta de 0,13% em setembro, abaixo das estimativas
Gestores veem juros altos por um período mais longo
Ministro rebate críticas de que governo não tem compromisso com questão fiscal
Parcela de títulos pós-fixados avança no ano e mercado vê incerteza fiscal com cautela
Além disso, as decisões relativas à adoção de novos medicamentos, infelizmente, não se baseiam em políticas públicas de saúde pré-estabelecidas, como seria de se esperar quando se persegue o máximo de benefícios para a população. Os números atestam o predomínio do interesse mercadológico: em 2022, 83% dos pedidos de incorporação de medicamentos no País foram apresentados pela indústria farmacêutica. Ou seja, a partir da demanda de quem quer vender, uma evidente distorção.
Não estamos falando de alguma nova dipirona, mas de produtos cuja dose única pode chegar a alguns milhões de reais, como é o caso do Zolgensma, utilizado no tratamento de atrofia muscular espinhal e adotado no Brasil com critérios e preços diferentes para o SUS e para a saúde suplementar. Não se trata de exemplo isolado, mas de algo, como vimos, que tende a se tornar cada vez mais recorrente, com impactos crescentes sobre as contas de saúde nacionais.
Além de caras, muitas dessas tecnologias entram no mercado sem evidências científicas robustas. A literatura internacional é fértil em demonstrar que, nem sempre, aos altos custos cobrados pela indústria estão associados benefícios compatíveis. Um exemplo: dois terços das drogas para tratamento de câncer – cujo custo cresceu dez vezes na última década – aprovadas pela agência europeia de medicamentos entraram no mercado sem evidência de aumento de sobrevida ou de ganho de qualidade de vida. Para as que demonstraram algum benefício, a mediana de sobrevida foi de menos de três meses.
“Reajustes predominantemente acima da inflação têm sido observados em diversas atividades econômicas”, afirma a autoridade monetária no Relatório de Inflação