Os balanços de 39 companhias mais afetadas pelas alterações mostram que o ganho fiscal do 1º semestre de 2023 virou despesa com tributos neste ano.
Entre os negócios mais afetados estão empresas de alimentos, bebidas, medicamentos, transportes e diversos segmentos do comércio, que se beneficiavam, de alguma forma, de incentivos sobre investimentos nos últimos anos. Muitas perderam fôlego e reduziram margens com as mudanças nas regras, que incluem novas alíquotas de ICMS nos Estados e Distrito Federal e nova dedução dos Juros sobre Capital Próprio (JCP), o que restringe a base de cálculo e limita eventuais ganhos fiscais.
Houve alta de até 20% no percentual anteriormente cobrado de ICMS. Neste caso, ocorreu repasse direto para os preços, já refletido num aumento da inflação medida internamente pelo comércio varejista. As empresas mais impactadas incluem líderes de mercado como Ambev, M. Dias Branco, Assaí, Mateus, Raia Drogasil, Randoncorp e Marcopolo. Boa parte recorreu à Justiça, com pedido de liminar, e aguarda julgamento.