As principais premissas do cenário de rating da Cimed incluem:
— Crescimento médio de volume de 8% em 2024, de 10% em 2025 e 6% em 2026, por conta da expansão das novas linhas de negócios e de lançamentos de produtos;
— Crescimento da receita acima de 13% em 2024, 18% em 2025 e 13% em 2026, por conta do maior volume e do reajuste de preços de acordo com a inflação do ano anterior, além de um mix de produtos de maior valor agregado;
— Despesas com vendas, gerais e administrativas entre 32% e 34% da receita líquida, impactados principalmente por gastos em propaganda e marketing, apesar de diluição de despesas fixas;
— Investimentos entre 8% e 12% da receita líquida até 2027, por conta de expansão de fábrica, aumento de capacidade, pesquisa e desenvolvimento e tecnologia;
— Novas captações para fazer frente às amortizações anuais, refinanciando sua dívida até 2026;
— Dividendos anuais de 25% a 35% do lucro líquido.
O Rating Nacional de Longo Prazo ‘AA+(bra)’ da Cimed é inferior ao ‘AAA(bra)’ do Aché Laboratórios Farmacêuticos S.A., que possui maior escala, com participação destacada em medicamentos com prescrição médica.
É inferior também ao da Eurofarma Laboratórios S.A. (AAA(bra)/Estável), que apresenta maior diversificação de segmentos e geográfica, com presença em mais de vinte países, sendo a grande maioria ainda em processo de maturação. A menor escala de operações da Cimed e o foco em genéricos e consumerhealth a tornam mais exposta à competição.
O rating da Cimed é equivalente ao da Blau Farmacêutica S.A. (AA+(bra)/Estável), que, apesar de menos alavancada, é mais exposta ao segmento hospitalar, com parte significativa de suas receitas ainda concentradas em poucos produtos.
O rating da Cimed é superior ao ‘AA(bra)’ da União Química Farmacêutica Nacional S.A., que possui maior necessidade de capital de giro e capacidade de geração de caixa operacional abaixo da de seus pares, o que historicamente pressiona sua geração de FCF, apesar da maior diversificação de linhas de negócios e maior escala.