Hypera: Goldman rebaixa HYPE3 a neutro com queda da rentabilidade e alta concorrência

O Goldman Sachs rebaixou a recomendação da Hypera (HYPE3) de compra para neutro e cortou o preço-alvo para 12 meses de R$ 39 para R$ 37 (ainda um potencial de valorização de 23% em relação ao fechamento de segunda).

O banco reduziu as estimativas de lucro para 2024 e 2025 em 3% e 5%, principalmente devido a uma rentabilidade mais fraca, dada a maior atividade promocional e a concorrência mais acirrada, ficando ligeiramente abaixo da orientação da empresa e do consenso para 2024 (3%).

Em resumo, o banco disse estar progressivamente mais cauteloso em relação ao cenário competitivo da empresa, conforme os movimentos recentes dos concorrentes em várias categorias.

O Goldman comenta que vê isso como um risco para o crescimento e as margens no médio prazo, mas também para que a empresa atinja sua orientação para 2024, que dependerá fortemente dos resultados do 4T24, quando a base de comparação de sell-out (venda ao consumidor final) parece ser mais favorável para a Hypera do que no 3T24.

Fora do hype? Por que o Goldman Sachs rebaixou as ações da Hypera (HYPE3) e cortou o preço-alvo para R$ 37

Os analistas do banco lembram ainda que a venda de medicamentos agudos está abaixo das expectativas até agora, o que pode impactar negativamente as previsões de receita.

“Observamos uma queda nas vendas da categoria de medicamentos agudos (incluindo remédios para gripe, dor, febre e doenças respiratórias, que representam cerca de um terço das vendas da Hypera) de 2% no segundo trimestre de 2024, comparado a uma redução de 6% no ano anterior”, dizem.

O desempenho, segundo o Goldman, contrasta com a expectativa da Hypera, que previa um crescimento modesto para essa categoria em 2024.