Eurofarma se filia à Digital Therapeutics Alliance

A Eurofarma, multinacional farmacêutica de capital brasileiro com atuação em 22 países, acaba de se filiar à Digital Therapeutics Alliance (DTA), entidade sem fins lucrativos que tem como visão avançar no desenvolvimento de soluções terapêuticas digitais para apoiar a transformação do sistema de saúde global. A companhia é a primeira multinacional farmacêutica da América Latina a realizar este movimento de filiação.

“Este é um passo importante para nós, pois nos aproxima das principais empresas de terapia digital do mundo, possibilitando identificar oportunidades de parceria e negócios que beneficiem os pacientes na América Latina”, comenta Érica de Menezes, gerente do EurON Ventures, frente de corporate venture da Eurofarma responsável por investimentos em startups.

Fundada em 2017, a DTA reúne indústrias farmacêuticas globais, healthtechs, operadoras de saúde e outras organizações do sistema de saúde para refinar o entendimento sobre terapia digital e direcionar para o desenvolvimento, aprovação regulatória e comercialização das inovações.

Esse propósito tem conexão com a Eurofarma, especialmente com a frente de Saúde Digital da companhia, que compõe a plataforma EurON. Em 2023, a empresa apresentou ao mercado o Scrolling Therapy, uma iniciativa inovadora e experimental de reconhecimento de expressão facial e alimentada por inteligência artificial, que permite que pacientes com a doença de Parkinson interajam nas redes sociais usando expressões faciais. “Essa foi a nossa primeira entrega oficial de uma solução digital. Com a filiação à DTA, queremos acelerar o lançamento de alternativas complementares aos pacientes em variados campos da saúde”, complementa.

Somente em 2023, foram mais de R$ 680 milhões direcionados para projetos de inovação, incluindo a frente digital e de startups, além de Pesquisa & Desenvolvimento.

Hypera (HYPE3) deve ter outro trimestre suave pela frente – JP Morgan

utro trimestre suave pela frente. É o que espera o JP Morgan para a companhia farmacêutica Hypera (BVMF:HYPE3), conforme relatório divulgado aos clientes e ao mercado nesta segunda-feira, 08. O banco reforçou a recomendação overweight, acima da média, equivalente à compra, mas cortou o preço-alvo de R$44 para R$43, ao destacar que o guidance da companhia segue o mesmo, mas é baseado em uma expectativa de solidez no segundo semestre do ano. Valuation atrativo e boas tendências operacionais de médio prazo motivam a decisão.

“Acreditamos que é muito cedo para solicitar a não entrega do guidance, dadas as comparações suaves do 2S23, além do aumento de novos lançamentos enquanto o mix é menos sazonal e dependente da temporada de gripe”, destaca o analista Joseph Giordano.

O banco não espera que os resultados do segundo trimestre “sejam um divisor de águas para as discussões de curto prazo, já que a receita líquida deve contrair a base anual, dado o ambiente desafiador para produtos para gripe/condições agudas”. A tendência, conforme expectativa de Giordano, é de que em torno de 53% do guidance de lucros seja entregue no segundo semestre, ante 50% no mesmo período em 2023.

Citi espera resultados fracos para empresa farmacêutica no 2TRI24; saiba mais

O Citi espera resultados fracos para Hypera (HYPE3) no segundo trimestre do ano, o que levou o banco a reduzir marginalmente suas estimativas de lucro líquido para 2024 e 2025 em 2% e 3%, respectivamente. O banco manteve recomendação neutra para as ações da empresa, com preço-alvo de R$ 31, o que representa um potencial de valorização de 6% sobre o fechamento de quarta-feira (10).

A expectativa do banco é que a companhia apresente um crescimento orgânico das vendas no varejo de 7% no comparativo anual, abaixo do crescimento do mercado em 200 a 300 pontos-base (bps), e uma queda de 2% nas vendas para revendedores, com recuo de 220 bps na margem bruta e de 110 bps no Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado.

Para o banco, o resultado será especialmente impactado pelo desempenho abaixo do esperado de medicamentos para condições agudas, como, por exemplo, antigripais, síndromes respiratórias e dores. Com isso, o banco estima uma queda de 2% das receitas líquidas no comparativo anual, impactadas pela alta base de vendas no segundo trimestre do ano passado.

Para o terceiro trimestre, o banco aponta que as baixas vendas de antigripais durante o segundo trimestre do ano serão um parâmetro para reacender as tendências de receita da Hypera a partir do terceiro trimestre, embora a persistente pressão sobre as margens e potenciais ventos contrários de custos cambiais também tenham aumentado o “risco de orientação” no nível do Ebitda.

Com “canetinha amarela”, Cimed se prepara para o fim da patente do Ozempic

À medida que a quebra da patente do Ozempic, da Novo Nordisk, se aproxima em 2026, o mercado farmacêutico brasileiro observa uma movimentação intensa. O desbloqueio faz os laboratórios nacionais correrem para fabricar o genérico ou similar do medicamento no País. A Cimed, liderada pelo empresário João Adibe, está pronta para conquistar sua fatia.

O CEO da Cimed, destacou, com exclusividade para o Portal IN, a preparação antecipada da empresa para lançar uma versão do produto assim que a patente do Ozempic expirar. “Eu tenho certeza que na hora que acabar o prazo da patente, no dia seguinte vai ter 10 [produtos similares]”, ao ser questionado se ele teria um medicamento próprio, rindo, concluiu dizendo que estará lá “com a canetinha amarela”, explicou durante almoço do Experience Club Fortaleza.

O que levou a EMS a comprar a startup Vitamine-se

A farmacêutica EMS anunciou nesta sexta-feira, 5, a aquisição da Vitamine-se, startup fundada pelo publicitário Augusto Cruz Neto há três anos com a proposta de oferecer ao cliente um cardápio personalizado de vitaminas. O valor da aquisição não foi divulgado.

Em 2023, a empresa fundada pelo ex-diretor de marketing da Cimed teve receita de R$ 15 milhões. A expectativa da Vitamine-se é fechar 2024 com receita bruta de R$ 50 milhões e dobrar de tamanho em 2025.

A EMS é hoje líder no mercado de genéricos, com receita de R$ 6.7 bilhões em 2023, dos quais 45% são provenientes das caixinhas azuis. Porém, não tem marcas fortes no mercado de vitaminas. A EMS tem suplementos com prescrição, que precisam de receita por conta da alta concentração, e fitoterápicos. Com a aquisição da startup, o plano é ganhar participação de mercado.

Cimed transforma fachadas de farmácias em ativação de Carmed

A Cimed estreou uma nova ação de trade marketing, que vai transformar as fachadas de algumas farmácias em uma experiência imersiva da marca de hidratantes labiais Carmed. A ação mostra a força da união entre a indústria e o varejo farmacêutico, com o objetivo de gerar fluxo para as farmácias e aproximar a marca e o varejo do consumidor final.

Inaugurada nesta semana, na Drogal de Piracicaba (SP), a ação será realizada em farmácias de diversas redes nas cidades de Campos do Jordão e Rio de Janeiro nos próximos meses. A decoração externa das farmácias contará com elementos visuais nas cores marcantes da marca Carmed, usando o design icônico dos produtos. Além disso, as farmácias participantes da ação oferecerão uma área instagramável, permitindo que clientes e visitantes compartilhem suas experiências nas redes sociais.

As farmácias também oferecerão condições especiais e lançamentos de produtos exclusivos, como o Carmed Doces – trio de hidratantes labiais com aromas de Leite Condensado, Doce de Leite e Brigadeiro. Esse último, desenvolvido em parceria com a cantora sertaneja Ana Castela, e que estará disponível nas farmácias a partir desta semana. “Esta é a primeira vez que um varejo farmacêutico realiza uma ação de trade marketing de impacto em parceria com a indústria. Nosso objetivo é agregar valor às farmácias, fortalecer a inovação, trazer resultados em vendas e aumentar o fluxo de clientes nas lojas. Estamos comprometidos em proporcionar uma experiência única aos nossos clientes – que são as farmácias – e, claro, aos consumidores de Carmed”, explica João Adibe Marques, CEO da Cimed.

Filhos de Ricardo Boechat receberão R$ 600 mil de indenização da Libbs

A Libbs foi condenada a indenizar os filhos de Ricardo Boechat, jornalista morto em acidente de helicóptero quando retornava de evento para o qual foi contratado pela farmacêutica brasileira como palestrante. A decisão é da 38ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo, que reduziu o valor da reparação por danos morais de R$ 1,2 milhão para R$ 600 mil – metade para cada um dos filhos.

Conheça a “Vitamine-se” e o novo movimento das farmacêuticas

No meio disso, a EMS fez um movimento interessante, comprando a Vitamine-se, fundada por Augusto Cruz Neto. A proposta da startup é oferecer vitaminas e suplementos de um jeito diferente.

A Vitamine-se trouxe uma linguagem mais simples e aderente aos clientes. Ao invés de vender “Complexo Vitamínico de A a Zinco”, que para as pessoas normais não significa muita coisa, eles simplificaram.

Uma das ideias foi criar a linha “Quero” e falar a língua simples: “Quero Imunidade”, “Quero Energia”, “Quero Concentração”. O cliente compra pelo seu objetivo direto e confia que cada capsula entrega o necessário para isso.

O valor da transação não foi divulgado, mas a Vitamine-se deve terminar 2024 com uma receita de R$50 milhões. E os planos, a partir da aquisição por parte da EMS, é ir muito além disso.

Um bom produto, com uma marca forte e uma proposta de valor que tira a fricção de quem precisa comprar uma vitamina mas não entende muito bem o que significa “Complexo B12”. Deu certo!

EMS adquire a startup Vitamine-se para reforçar atuação em suplementos

“A EMS vai disputar a liderança dessa categoria no Brasil e a Vitamine-se é uma marca estratégica para concretizarmos mais rapidamente esse objetivo,” afirma Marcus Sanchez, vice-presidente da EMS. Já para Cruz Neto, a negociação representa um salto na história da Vitamine-se, com grandes oportunidades de expansão. “Estou muito feliz com esse reconhecimento e maturidade da marca. A EMS é uma grande indústria, líder do setor, e essa integração de portfólio é ideal para alavancar os resultados, aumentando a penetração dessa categoria no mercado brasileiro”, diz.

Em relação à vinda para a EMS, Cruz Neto acrescenta que sua maior especialidade é a arquitetura e construção de marcas por meio do branding e marketing. “O novo desafio profissional me deixa muito animado. É uma grande oportunidade de contribuir na evolução da história da EMS”, completa.

Com três anos de existência, a Vitamine-se alcançou números expressivos. Em 2023, a empresa chegou a mais de 5 mil drogarias, ano anterior mantinha presença em cerca de 300. No mesmo período, a startup alcançou ainda diversos canais alimentares pelo país.

EMS compra Vitamine-se e turbina marketing – efeito Cimed?

A farmacêutica EMS fechou a compra da Vitamine-se, uma startup criada há três anos e que bateu R$ 25 milhões de receita personalizando vitaminas e suplementos. A aquisição marca a aposta da EMS numa categoria em crescimento e que, até agora, era irrelevante para o grupo. Mas não é só.

Com a compra, a companhia traz para dentro de casa o fundador da Vitamine-se, Augusto Cruz Neto, como responsável pela estratégia de marketing das marcas da EMS. Cruz passou pela Lew Lara, fundou sua própria agência de publicidade e foi um dos profissionais a desenhar os primeiros planos de visibilidade da Cimed, concorrente que tem feito barulho com suas táticas de venda e imagem – sinal de que a farmacêutica da família Sanchez também quer bater bumbo.

A maior farmacêutica do país é conhecida como fabricante de genéricos e o entendimento dos acionistas é que falta comunicar mais e melhor no que a empresa se transformou. “O que acontece é que a EMS lidera no varejo farmacêutico há 17 anos consecutivos, mas a estratégia de branding ainda tem que ser melhor resolvida”, reconhece Marcus Sanchez, vice-presidente da EMS. “Temos um tamanho e uma relevância muito maior do que a percepção de nossas marcas. Ficamos focados na execução, mas trabalhar as marcas é tão importante quanto.”