Hypera (HYPE3): BBA corta preço-alvo das ações e cita dois motivos

Dois fatores foram determinantes para que as ações da Hypera tivessem redução em seu preço. O primeiro diz respeito aos resultados da farmacêutica no primeiro trimestre de 2024 (1T24), enquanto o segundo é devido às propostas de alterações na utilização dos créditos de PIS (Programa de Integração Social) e Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social), apresentadas por meio de Medida Provisória (MP).

Ambos são contribuições sociais destinadas ao financiamento da seguridade social, que inclui a previdência social, saúde pública e assistência social. A MP restringe a utilização dos créditos tributários relacionados ao PIS/Cofins resultando, na prática, em aumento indireto da carga tributária para as empresas, o que inclui o setor farmacêutico, situação que preocupa os analistas financeiros.
A proposta sugere que os créditos de PIS/Cofins obtidos pela compra de insumos sejam utilizados exclusivamente para compensar débitos dos programas sociais. Atualmente, esses créditos podem ser utilizados para compensar outras obrigações fiscais, mas a mudança proposta restringiria essa aplicação. Essa alteração afetaria empresas que acumulam créditos ao adquirir insumos, mas não possuem débitos de PIS/Cofins suficientes para compensar.

Os analistas do BBA afirmam que, no caso da Hypera Pharma, apenas uma pequena parte de sua receita provém de produtos elegíveis para isenção de PIS/Cofins. Atualmente, a farmacêutica utiliza parte dos créditos acumulados para compensar outros impostos. Com a nova regra, esses créditos ficariam sem uso imediato, resultando em um acúmulo de créditos não utilizados.

De acordo com a análise do banco, caso a MP seja aprovada, o impacto seria limitado a menos de 2% do fluxo de caixa operacional da empresa. “Se começar apenas em 2025, o impacto seria de cerca de R$ 50-60 milhões por ano em 2025 e 2026. No entanto, em 2027, com a fase de implementação da reforma tributária, o impacto negativo no caixa cessaria. Vale também notar que os créditos de PIS/Cofins acumulados até 2027 poderiam potencialmente ser reembolsados no futuro”, escrevem os estrategistas.

Grupo quer aliança para fabricar vacinas e remédios na AL e África

Um grupo de trabalho específico para temas de saúde finalizou na semana passada uma reunião em Salvador, na Bahia, para alinhar as principais propostas que serão debatidas no encontro ministerial do G20 em 31 de outubro, no Rio de Janeiro – evento que vai anteceder a cúpula de líderes de governo programada para 18 e 19 de novembro.

Uma das principais propostas, que está sendo desenvolvida pelos técnicos do grupo das 19 maiores economias do mundo, mais a União Europeia e a União Africana, é a criação de uma aliança para que a América Latina, a África e também os países do Sudeste Asiático passem a produzir localmente mais remédios, vacinas e materiais de diagnósticos em saúde.

AstraZeneca’s next big target can cement its sector darling status

Pharma group believes successful medicines from its clinical trials could generate $20bn in revenue by 2030

There are advantages to being an underdog. A decade ago, AstraZeneca’s growth forecasts were often derided, yet it had the benefit of surprise when it did start to deliver.

Now, as the UK’s most valuable company with a market capitalisation within sight of £200bn, AstraZeneca is one of the darlings of the European pharmaceutical sector. That brings high expectations, as its chief executive Pascal Soriot knows after he set a target last month to nearly double revenues to $80bn by the end of the decade.

Biotechs line up for IPOs in bullish sign for US listings market

Alumis and Upstream Bio, two US start-ups developing medicines for inflammatory diseases, have filed for initial public offerings as dozens more biotechs gear up to go public this year, according to people familiar with the matter.

The biotechs both submitted private filings with the US Securities and Exchange Commission in recent months, with a public offering expected before November’s presidential election, which investors fear could roil markets, the people said.

A new era of personalised cancer treatments

Good news is flowing from the world’s cancer labs. Researchers are reporting encouraging clinical trial results for a diversity of novel treatments, including individualised cancer vaccines, as well as new diagnostic techniques. Various forms of immunotherapy — adapting the patient’s immune system to destroy cancer cells — are proving remarkably successful at extending survival times of some people with refractory tumours.

Propaganda de medicamentos movimenta US$ 2,87 bilhões

Os investimentos em propaganda de medicamentos na indústria farmacêutica aumentaram 14,8% em 2023 na comparação com o ano anterior. É o que aponta um levantamento do Fierce Pharma. Os dez tratamentos que receberam os maiores aportes movimentaram US$ 2,87 bilhões (cerca de R$ 15 bilhões) nos Estados Unidos.

O expressivo fluxo de patentes em queda ajuda a explicar a crescente aposta da indústria norte-americana na publicidade dos medicamentos. Os dez principais fármacos que perderam ou perderão exclusividade em 2024 apresentam um valor de mercado de US$ 4,4 bilhões (em torno de R$ 23 bi), o que vem acirrando a concorrência.

Laboratório oftalmológico quer chegar a 20 mil farmácias

O laboratório oftalmológico Natureye, com sede no Ceará e fundado em 2020, quer triplicar presença no varejo farmacêutico. A meta é ampliar a capilaridade de 6,4 mil PDVs para 20 mil em 2026. Até 2030, a empresa projeta alcançar R$ 100 milhões de faturamento.

A indústria farmacêutica aposta na expansão para o Sul, Sudeste e Centro-Oeste como motor para os próximos cinco anos. Para sustentar esses planos, o foco será o investimento em mão de obra e reforço na visitação médica.

“Hoje, contamos com 25 propagandistas, o diretor médico Dr. Karlos Sacho, uma gerente distrital e um treinador. Em breve, queremos contratar o primeiro profissional no Centro-Oeste. Investiremos R$ 1,5 milhão para dobrar nossa equipe em 18 meses”, revela o sócio-diretor, José Armando Gomes

Bayer prevê € 1 bi em venda de medicamentos

As perspectivas são respaldadas pelos números atuais na venda de medicamentos, que somaram aproximadamente € 750 milhões (R$ 4,29 bilhões) em 2023. Nos primeiros quatro meses de 2024, a companhia registrou um crescimento de 35% em vendas na América Latina em relação ao mesmo período de 2023.

O resultado foi marcado pelo desempenho do remédio para degeneração macular Eylia (aflibercepte); do Nubeqa (darolutamida), voltado para o câncer de próstata; e do Firialta (finerenona), indicado para casos de doença renal crônica.

“Estão previstos ainda lançamentos como as novas dosagens de aflibercepte 8 mg, recém-aprovado pelos órgãos regulatórios no Brasil e na Argentina”, afirma Adib Jacob, presidente da divisão farmacêutica da Bayer Latam e Brasil. O medicamento já é comercializado na versão 2 mg, com seis indicações, entre elas para o tratamento da degeneração macular relacionada à idade (DMRI) e edema macular diabético (EMD).

A região destaca-se ainda mais quando áreas-chave, como oncologia e oftalmologia, são comparadas com os números globais de 2022. Na oftalmologia, a Bayer obteve um crescimento de 42% em vendas, enquanto o avanço geral da farmacêutica no mundo foi de 5,6%. Já o portfólio de oncologia teve evolução de 20%, contra 12,1% de incremento total.