Pesquisa revela potencial dos biomas para fármacos

O laboratório mantém um pipeline com nove projetos de pesquisa em conjunto com farmacêuticas e empresas especializadas em bioprospecção de ativos. Entre os parceiros estão os laboratórios Aché, Cristália e Phytobios, com foco em áreas como oncologia, doenças infecciosas, cardiometabólicas, analgesia, chagas, malária e leishmaniose. Escrutinar as moléculas demanda a combinação de diferentes tecnologias de ponta, incluindo o acelerador de partículas Sirius, o HTS – sistema de triagem biológica de alto desempenho – e a cristalografia de proteínas.

Com oito projetos envolvendo ativos da Amazônia e da Mata Atlântica, o Aché Laboratórios aposta no desenvolvimento de novos fármacos a partir de sua plataforma Bioprospera, que abarca a parceria com o CNPEM e startups. Um dos mais avançados é voltado para o tratamento do vitiligo, mas o pipeline conta com pesquisas em oncologia, dermatologia e cardiometabólica, o que inclui tratamentos para obesidade e diabetes. Para essas finalidades, da biodiversidade brasileira pode surgir uma droga apta a fazer frente à semaglutida, composto ativo do Ozempic, sucesso comercial do laboratório dinamarquês Novo Nordisk.

Adcos tenta atrair público jovem com seu novo cosmético

Durante essas décadas, a Adcos se estabeleceu como uma referência em dermocosméticos no país, com um faturamento de R$ 500 milhões no ano passado e planos de crescer 20% a cada ano, o que, neste ritmo, significaria chegar à casa do bilhão até 2028. A previsão da consultoria Close Up é que o faturamento do mercado de dermocosméticos no Brasil seja de R$ 8 bilhões este ano.

A Elbo vai se restringir aos produtos para tratamento facial nesta primeira fase, com seis itens, e quatro lançamentos a cada ano. “Este mercado cresceu muito na pandemia em função do on-line. Mas o desenvolvimento da Elbo começou ainda em 2018”, diz Matheus Mota.

O desafio que ele e Felipe Mota se impuseram foi criar uma marca brasileira de dermocosméticos dentro da tendência “cleanical”, ou seja clean beauty com ação clínica. E com o mesmo posicionamento premium da Adcos que pratica preços “mais que o dobro da média do mercado, que é de R$ 90.”

“Muitas marcas de clean beauty trabalham com ingredientes naturais, mas sem respaldo científico. E nós temos expertise com Adcos por sermos um laboratório farmacêutico”, diz Matheus.

Mas isso significa que as demais concorrentes do mercado não são eficientes? “Não necessariamente, mas a Elbo entrega muito mais resultados pelas pesquisas e ingredientes”, diz o CEO.

grupo concebeu Elbo dentro de outra tendência internacional, a do “skinimalismo”, que consiste em reduzir as etapas da rotina de cuidado da pele com produtos multifuncionais. “É fundir dois, três produtos em um para ter um ritual mais enxuto. É uma tendência que tem muito a ver com a dinâmica de vida que exige menos tempo com o mesmo resultado”, explicou Felipe.

É o caso, por exemplo, do balm para limpeza facial que também funciona como demaquilante e hidratante ao combinar aveia, ácido hialurônico, esqualano vegetal, manteiga de karité e gengibre. “Mesmo que a brasilidade não seja um dos atributos da marca, todos os produtos foram pensados na diversidade de peles das brasileiras”, diz Matheus.

Elbo terá sua estratégia de comunicação dedicada às redes digitais para conversar com o público-alvo, com foco no Instagram e TikTok, e com suporte de influenciadores de sustentabilidade, bem-estar e skincare.

Brasileiro aumenta compra de dermocosméticos

Agora, a estratégia envolve contratos com influenciadores digitais que dão informações, dicas e recomendações. Na Eucerin, por exemplo, as campanhas serão feitas por influenciadores, como a atriz Cláudia Raia. Ter influenciadores “para comunicar as novidades e serem porta-vozes dos produtos tem sido uma grande aposta desde 2023”, diz Rodrigo Fraga, diretor de marketing da marca que pertence à Beiersdorf.

Não dá para negar a importância desse canal. Uma pesquisa da Iqvia mostra que 46% dos mais de 2 mil entrevistados disseram haver probabilidade de comprar um dermocosmético, se for endossado por um influenciador de rede social. Outros 40% disseram já ter comprado um dermocosmético depois de ver um influenciador usá-lo e recomendá-lo.

Em relação aos produtos em si, o levantamento aponta que 56% dos entrevistados compram dermocosméticos por causa da sua eficácia comprovada por estudos clínicos.

Profissionais do C-level elencam os principais riscos corporativos de 2024

Um estudo com mais de 1.100 profissionais de gestão executiva avaliou os principais riscos corporativos de 2024 e apontou previsões para 2034, no Brasil e no mundo. O levantamento “Top Risks” é feito há 12 anos pela empresa global de consultoria empresarial Protiviti.

Segundo Heloisa Macari, diretora executiva da Protiviti Brasil, as análises podem ajudar os executivos a evitar que os riscos se materializem e também na antecipação de estratégias de contenção para serem aplicadas caso ocorram. “Quem faz trabalho preventivo pode identificar oportunidades e reduzir custos”, avalia.

A segurança cibernética é um dos pontos de maior preocupação apontado pelo levantamento. “O elo mais fraco são as pessoas quando se trata de vazamento de dados. Ele pode vir de fora para dentro ou de dentro para fora”, aponta.

Plurix, do Pátria, compra 2ª maior rede do Paraná

Dados obtidos pelo Valor, coletados pela NielsenIQ, mostram que, depois dos atacarejos e das farmácias, os supermercados foram os que mais cresceram no país entre abril e maio. Os hipermercados ainda aparecem na lanterna.
No passado, empresas como a BR Pharma, do setor de drogarias, quebrou depois de comprar negócios locais e mantê-los autônomos. Conflitos entre acionistas das empresas compradas aceleraram a crise interna. O Walmart fez o mesmo no país, comprando operações que, sem integração de estruturas e sistemas, acabou criando um grande grupo de negócios isolados, que não se conversavam até a saída dos americanos do país.