EUA são foco de expansão internacional da Eurofarma

No plano de expansão internacional da Eurofarma, uma operação mais robusta nos Estados Unidos é um dos principais objetivos.

Segundo a diretora executiva de operações internacionais da farmacêutica, Rosalba Pantoja, o início, a retomada e o aumento das atividades em ao menos oito países é parte da programação. As informações são do portal Pharmabiz.

O programa batizado como Visíon 2027 ilustra os passos que a empresa planeja cumprir nos próximos três anos. O projeto inclui uma sólida expansão da Genfar, marca de medicamentos genéricos administrada pela Eurofarma no Chile, Paraguai, Uruguai, Bolívia, Venezuela e México.

Uma maior presença nos Estados Unidos, a exploração de novos modelos de negócios e a retomada das atividades na Venezuela são alguns dos próximos objetivos.

Empresas antecipam pagamento de dívida

Companhias aproveitam debêntures baratas para quitar compromissos mais caros

De 72 ofertas registradas no último mês, 28 tinham como destino dos recursos o refinanciamento ou a quitação de dívidas. São exemplos as operações da Tecban, conhecida pela rede de caixas eletrônicos Banco24Horas, e da construtora MRV.

Desse total, 11 ofertas tiveram como objetivo específico o pagamento antecipado de outras emissões de debêntures. Entre elas, estão as ofertas da distribuidora de energia Equatorial Goiás, da fabricante de peças automotivas Iochpe Maxion e da farmacêutica Eurofarma.

O atual interesse das empresas por emissões visando a recompra de debêntures antigas também está relacionado à crise vivida pelo mercado de crédito privado no início de 2023, após a fraude contábil da Americanas vir à tona.

Com a piora da percepção do risco, as taxas dos títulos de dívida subiram principalmente durante o primeiro semestre do ano passado. A necessidade de crédito das companhias, no entanto, não mudou e muitas delas tiveram que captar recursos – no mercado de capitais ou diretamente com bancos – pagando mais caro por isso.

O inesperado milionário do Ozempic: Artista fatura com jingle publicitário

O Ozempic (semaglutida) é líder da lista de medicamentos com maior faturamento nas farmácias no Brasil, sendo o grande responsável pela farmacêutica Novo Nordisk ter movimentado R$ 3,7 bilhões no mercado privado ao longo do ano passado. No exterior, as canetas injetáveis indicadas para diabetes tipo 2 — com o uso “off-label” para emagrecimento ainda mais popular — alçaram a farmacêutica ao posto de companhia mais valiosa da Europa, chegando até mesmo a supera o conglomerado de luxo LVMH.

O “efeito Ozempic” é derramado também sobre outros segmentos, trazendo perdas ou impulsionando ganhos. Por exemplo, à “Bloomberg”, John Furner, CEO do Walmart — que vende alimentos e, também, o próprio Ozempic —, relatou ter notado que os consumidores americanos que compram o medicamento estão consumindo menos comida.

Na outra ponta do efeito dominó, o PIB da Dinamarca, sede da farmacêutica, registrou alta de 1,7% no primeiro semestre de 2023. Não fossem os resultados da Novo Nordisk, o cenário seria de queda de 0,3% da economia, segundo o Ministério da Economia dinamarquês.

Agora, no ramo da publicidade, um hit musical lançado em 1974 voltou a ser cantarolado pelos americanos 50 anos depois, em uma versão ainda mais chiclete que a original — e engordando a conta bancária de um roqueiro de 74 anos.

Essa é a história de David Paton, que fez muito sucesso na década de 70 com a banda Pilot e que viu, graças à caneta injetável, sua conta registrar um valor de sete dígitos de uma só vez.

Sob o crivo da Novo Nordisk, seu verso de sucesso “Oh, oh, oh, it’s Magic” se tornou “Oh, oh, oh, Ozempic”.

No ar desde 2018 nos Estados Unidos, a versão inicial do jingle foi regravada por músicos contratados pela agência que gerenciou a publicidade. Depois, Paton foi chamado para gravar ele mesmo a versão publicitária do hit “Magic”, que assina os créditos de composição com Bill Lyall, cofundador da banda que faleceu em 1989.

A propaganda não é transmitida no Brasil. Por aqui, a Anvisa estabelece que a publicidade de medicamentos para o público em geral só é permitida para os fármacos de venda isenta de prescrição médica. Ozempic é vendido com receita.

PIPELINE: Na venda da Natulab, Pátria assimila o prejuízo

O Pátria fechou a venda da farmacêutica Natulab, aceitando perdas para encerrar um investimento de insucesso da carteira. O comprador foi o fundo Pettra, liderado por Ronnie Motta, ex-presidente da Bombril, com capital de um grupo de empresários do setor de mineração e petroquímica.

O Pettra assumiu a companhia com dívida bancária da ordem de R$ 240 milhões, segundo credores, comprometeu-se a uma injeção de caixa na farmacêutica e vai pagar ao Pátria uma debênture que está na carteira do fundo, emitida para capitalizar a farmacêutica.

Além de congelar juros na debênture, o acordo prevê que o desembolso ao Pátria só começa daqui a três anos e será escalonado ao longo de outros três anos. No último balanço anual do fundo, as debêntures tinham saldo de R$ 220 milhões, praticamente o valor contábil da companhia, marcada a R$ 246 milhões em 2022, conforme documento da administradora BRL Trust – já um ajuste frente aos R$ 388 milhões apontados como valor justo da empresa em 2020.

A quitação ao Pátria pode ser reduzida, conforme contingências. A estimativa do mercado é que, desde 2012, quando comprou a operação, o Pátria tenha desembolsado pouco mais de R$ 450 milhões na companhia, entre equity e dívida. Procurada, a gestora não comentou.

A empresa tem uma fatia representativa de mercado: é, por exemplo, uma das líderes em dipirona, com o Maxalgina, e o calmante fitoterápico Seakalm. É a quarta maior indústria farmacêutica do mercado em volume de unidades vendidas. Mas, para sair do prejuízo em que se meteu, precisava de um novo aporte financeiro – o que o Pátria não estaria disposto a fazer, dado o ciclo do fundo em que o ativo estava. Segundo credores, o resultado da companhia é negativo em milhões, mesmo com receita de quase meio bilhão.

A necessidade da farmacêutica acabou casando com a busca do Pettra por uma vertical de bens de consumo. “A companhia é a quarta maior do mercado de OTC em volume de unidades vendidas. Há diversas oportunidades de ganhos de sinergia com a estrutura do grupo comprador e com o potencial das marcas”, disse Motta ao Pipeline. Ele não comenta sobre a transação com o Pátria ou a composição societária do Pettra.

Drugmakers race to find alternative suppliers as US cracks down on Chinese biotech

Western pharmaceutical companies are in talks with alternative suppliers in response to draft US legislation seeking to restrict an important Chinese drug developer and manufacturer over national security concerns.

In response to the bill, introduced in the US Congress in January, shares of WuXi AppTec and WuXi Biologics have fallen about 50 per cent so far this year in Hong Kong, wiping out more than HK$200bn (US$26bn) in their combined market value.

“Our business and customer relationships remain strong. Our executive leadership team has been regularly in touch with customers to address questions on the legislation and provide relevant updates,” said WuXi AppTec.

Tirzepatide — the active ingredient behind Eli Lilly’s diabetes treatment Mounjaro and weight loss drug Zepbound — is also produced by WuXi Biologics, according to two people familiar with the matter.

While the bill was not expected to be passed until after the presidential election in November, the uncertainty caused by mounting US-China tensions was forcing companies to draft contingency plans, said experts.

In total, 23 US biotechs have flagged their reliance on WuXi production facilities in annual reports since the start of March, according to data from AlphaSense. Five of the companies, including ArriVent Biopharma and Dianthus Therapeutics, informed investors that they were exploring alternative manufacturing options to WuXi.

An amended US Senate version of the bill says it will allow existing contracts to be grandfathered to avoid interrupting the supply of medicines, but it is unclear how this carve-out will work in practice.

Rival contract manufacturers stand to benefit from the bill. “We are seeing an increase in engagement,” said Mario Polywka, interim chief executive of Evotec, a German drug outsourcer that focuses on early drug development.

Usuárias de remédio de emagrecer relatam ganhos em fertilidade

Nas redes sociais, mulheres que usaram Ozempic ou medicamentos semelhantes para diabete ou perda de peso estão relatando um efeito colateral inesperado: uma gravidez-surpresa. O grupo do Facebook “Eu engravidei usando Ozempic” tem mais de 500 membros. Numerosas postagens no Reddit e TikTok discutem gestações não planejadas enquanto tomavam Ozempic e drogas semelhantes que podem acarretar uma perda de peso significativa ao reduzir o apetite e desacelerar o processo digestivo. As drogas são conhecidas como “peptídeo-1 semelhante ao glucagon”, ou drogas GLP-1.

Os relatos de um boom de bebês Ozempic são anedóticos, e não se sabe quão difundido é o fenômeno. Especialistas dizem que a perda de peso significativa pode afetar a fertilidade. Outros especulam que as drogas GLP-1 podem interferir na absorção de contraceptivos orais, causando falhas no controle de natalidade.

PESQUISAS. Pouco se sabe sobre os efeitos de Ozempic e drogas semelhantes em mulheres que querem engravidar ou que engravidam enquanto tomam as drogas, pois elas foram especificamente excluídas dos ensaios clínicos iniciais do medicamento. Um porta-voz da Novo Nordisk, que fabrica Ozempic e Wegovy, disse que a empresa está coletando dados para avaliar a segurança de engravidar enquanto se usa Wegovy, a versão da semaglutida aprovada para perda

Canabidiol ajuda a tratar dependência de crack

Um estudo pioneiro no Brasil demonstrou que o tratamento de usuários de crack com canabidiol (CDB) tem melhores resultados na redução da dependência e de efeitos adversos em relação aos medicamentos convencionais usados nos Caps AD (Centros Psicossociais de Álcool e Drogas).

Realizado pela UnB (Universidade de Brasília) e publicado na revista científica International Journal Mental Health and Addiction, o trabalho envolveu 73 usuários que foram alocados aleatoriamente (por sorteio) em um dos dois grupos (37 no grupo de controle e 36 no grupo CBD). Inicialmente, foram 90 selecionados, mas 17 acabaram excluídos porque não retornaram.

O que você precisa saber sobre o uso de betabloqueadores

Ansioso antes de uma grande entrevista de emprego? Preocupado em dar um discurso? Nervoso para o primeiro encontro?

A solução, sugerem algumas startups digitais, é um betabloqueador, um tipo de medicamento que pode diminuir a frequência cardíaca e a pressão sanguínea —mascarando alguns dos sintomas físicos da ansiedade.

Normalmente, uma visita ao consultório médico seria necessária para obter uma prescrição, mas várias empresas conectam diretamente pacientes a médicos para consultas virtuais rápidas, enviando a medicação para as casas das pessoas.

“Sem mais ‘Tremedeira e Suor'”, prometeu um anúncio online. “Fácil e rápido, 15 minutos.”

Isso preocupa Yvette Sheline, professora de psiquiatria na Escola de Medicina Perelman da Universidade da Pensilvânia.

Novo plano deve causar onda de demissões na Sanofi

Uma nova estratégia global deve levar a uma onda de demissões na Sanofi. Fontes ouvidas pelo Panorama Farmacêutico avaliam que até 2 mil colaboradores poderiam perder seus empregos em nível global, incluindo farmacêuticos e profissionais de força de vendas.

E embora a indústria farmacêutica francesa tenha sido procurada pela redação e declarado ser cedo para falar em impactos no mercado brasileiro, o país não deverá ficar ileso.

Segundo apuração original do portal norte-americano Fierce Biotech, um e-mail enviado no último dia 4 de abril foi usado pela direção do laboratório para revelar as demissões na Sanofi.

O documento com a assinatura de Houman Ashrafian, líder de pesquisa & desenvolvimento (P&D), contém 230 palavras que expuseram as ambições da companhia – entre elas a de construir “uma potência em imunociência, preparada para acelerar lançamentos e transformar a prática da medicina”. Mas…

Mas a mensagem veio acompanhada da previsão de uma “estrutura simplificada de P&D”. O executivo confirmou que, “como esta redefinição de prioridades não pode ser alcançada sem um impacto na nossa força de trabalho, a nossa prioridade é comunicar as equipes afetadas em todas as áreas terapêuticas”.

Como parte desse redirecionamento, a Sanofi também começou a planejar a separação da unidade de MIPs, que agrega marcas renomadas como Buscopan, Dorflex e Novalgina. O Dorflex é o carro-chefe da farmacêutica no mercado brasileiro, sendo um dos 15 medicamentos com maior venda de unidades e um dos dez com maior faturamento.

A Sanofi ainda avalia quais seriam os caminhos para efetivar essa separação, mas a hipótese mais provável é a de uma transação por meio do mercado de capitais. Uma nova empresa seria formada e listada na bolsa de valores da França. Porém, o plano também passa por reduzir custos operacionais.

Com foco na inovação radical em um segmento específico, em detrimento de outros setores, a redução do quadro de colaboradores é uma consequência natural. Entretanto, podem haver mais elementos nessa história.